Entre livros

17. Desenho

Meredith Pov.

Acordo com o cheiro de café exalando pela minha casa. Amelia e Jo dormiram comigo hoje depois que o Andrew foi embora.

-Bom dia Barbie catarrenta.

Amelia fala ao me ver entrar na cozinha. Jo vem me abraçar e toca na minha testa verificando minha temperatura.

-Por que você não pode ser fofa assim como a Jo?

-Porque você precisa de alguém como eu na sua vida, não só essas pessoas que te mimam o tempo todo, caso contrário você pode se tornar uma chata mimada.

-Nada a ver garota, eu não sou mimada.

-Não? Tem certeza? Você sabe que é encantadora demais e as pessoas não resistem, mas eu sou muito forte aos seus encantos, por isso preciso te perturbar pelo menos uma vez por dia. Aliás, o italiano gostoso é outro que já está se arrastando aos seus pés, o que foi aquilo tudo ontem?

-Cala a boca, não foi nada demais.

Eu digo e sento a mesa do café da manhã.

-Vocês estavam dormindo abraçados no sofá como um casal, eu achei tão fofo Meredith, e preocupante também, afinal vocês estão se jogando muito rápido nisso tudo, eu falo vocês, porque ele também aparentemente está muito na sua.

Jo comenta enquanto enche sua xícara de café.

-Eu vou pegar minha chave reserva de vocês duas.

-Não vai não. Olha, a Jô tem razão, você está se apaixonando por ele, Meredith. E vocês acabaram de se conhecer. Ele parece ser incrível, estava todo preocupado e cuidadoso com você, mas vai com calma, garota.

-Amy, não é isso.

-É sim, você precisava ver a cara de vocês dois se olhando, conversando e sorrindo, eu já estou vendo onde isso vai dar.

-Nossa gente, vocês falando assim parece que eu sou uma pessoa que vive completamente fora da realidade. Eu sei o que está rolando, nós estamos ficando, nos conhecendo, e isso tem sido bom, se der certo deu, se não der tudo bem. Nós estamos desenvolvendo uma amizade independente de qualquer coisa. Vocês precisam se acalmar, eu não sou de vidro, apesar de ter quebrado algumas vezes, eu me reergui em todas elas. Eu amo que vocês se preocupam tanto comigo, vocês são minha família, mas eu também preciso viver o que meu coração manda, não quero viver com medo o tempo todo achando que tudo vai dar errado sempre.

Elas se olham sérias e depois dão um sorriso.

-Ela tá caidinha,.Jo.

-Não é uma queda não, é um tombo dos grandes, e pelo que eu vi é bem recíproco.

As duas começam a rir alto.

-Eu não... ah vocês não tem trabalho não hein?

Eu começo a rir também e coloco minhas mãos no rosto, e por pior que pareça elas estão cobertas de razão.

-Jo, ela já está expulsando a gente para ficar com o italiano agarrada no sofá, você sentiu isso?

-É, agora que ela tem um gostosão para cuidar dela, ela dispensa as melhores amigas. Eu estou me sentindo ofendida.