Silence

Parte 34

NOSSO PASSADO VII
Klaus

Eu me perdi entre bebidas, cigarros e mulheres. Os nerds que andavam comigo me veneraram por ter tantas gatas me ligando. Eles achavam que tinha dado a volta por cima, assim como minha mãe que adorava Isabela, por ser tão mesquinha quanto ela.

Mas quando ninguém tava me olhando, me deitava no escuro do meu quarto, e  colocava os fones para ouvir Alicia cantar, isso fazia com que me odiasse ao ponto de ligar, para qualquer uma que quisesse transar.
O  problema foi que uma das garotas que só queria uma noite de sexo comigo, era ninguém menos que a própria Lici, pois segundo a mesma realizar tais atos comigo era melhor do quê com um estranho, e ainda que o sexo tenha sido maravilhoso, me senti totalmente despedaçado ao ponto de pedir Isabela em namoro.

 Eu tinha que tirar essa súcubo da minha cabeça, antes que fosse tarde demais, e acabasse voltando a beber como um condenado. Só que após 8 meses de namoro com a enjoada da Isabela que encontrou minha conversa com a minha ex, a louca passou a se vestir como ela, mudando o vestido rosa pelo preto, na tentativa de se tornar o meu tipo.

Para piorar, Alicia voltou a frequentar a roda de amigos, com roupas ainda mais provocantes do quê o normal, enquanto assumia um estilo mais feminino do quê bizarro, e ainda que ela andasse de rosa e preto, com seu cabelo colorido de vermelho.

De novo eu me via tentado pela maldita boneca de porcelana que me arrancava sorrisos, com conversas no chat. Não importava se estava de preto, batom vermelho ou cor de boca. O quê me atraia nela, é que era a minha Alicia. Bebi. Bebi mais um pouco, e quando dei por mim fui até a mesma, sem me importar se Hirama nos veria.

_E ai ? Tudo na morals?

Perguntei assim que notei a mesma quieta em seu canto. Então ela ergueu a cerveja com um meio sorriso sem vida. Eu queria sentir raiva. Mas ao ver seus olhos castanhos, tive a certeza de quê Finório era tão abusivo quanto Janaína havia alegado antes.

_Sim.

Respondeu em voz baixa. Sem seu tom enérgico ou vasão para continuar uma conversa.

_Hey posso te abraçar?

Disse sem pensar e ela permitiu meio sem jeito. Nos abraçamos, e por um minuto senti que ainda a amava, por isso me afastei o mais rápido que pude. Amá-la quase me destruiu antes, não poderia permitir que acontecesse de novo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOSSO PASSADO VIII
Klaus

Depois do maldito abraço, Alicia voltou a conversar comigo, e se tornou ainda mais difícil esquecê-la, por isso me esforcei para nos afastarmos, lhe contando sobre minhas aventuras infiéis com o intuito de desencantá-la, mas Lex Satanicus estava certo, as garotas preferem o cara mal, e por mais que lhe dissesse que era tarde para querer voltar a minha vida, aquela maldita, ficava cada vez mais perto, como se desejasse reatar a qualquer
momento.

Com o passar das semanas, imaginei que tinha conseguido, mas quando cheguei a nossa roda de amigos, a louca bebeu mais do quê devia, e em vez de abraçar na hora de ir, me roubou um beijo na frente de todos que naturalmente retribui.

Era de Alicia que estávamos falando, não de Lúcia, Gisela, Rafaela,  Isabela ou qualquer outro casinho que tive, e por falar na minha namorada, a maluca  surtou naquele momento, ao ponto de gritar comigo, só que em vez de discutir com ela, a minha ex tomou a frente e destruiu meus planos de continuar a enganar Isabela sobre as puladas de cerca que dei antes.