Parte 19

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A ESCOLHIDA
Sandra

_É sabido pelos nossos que há 13 famílias poderosas que controlam a sociedade há algum tempo. Mas o quê o quê a maioria trata como verdadeiro, não é bem um fato.
Dona Luísa inicia enquanto nós duas caminhamos pelo chão de terra e folhas secas, em meio a árvores murchas por causa do outono que acabara de começar.

Eram para haver 15 famílias em vez de 13, mas a linhagem Romano e Callegari foi afastada do poder pelo próprio Adam Weishaupt por traição, pois enquanto os Rothschild, Rockfeller, Kennedy, e seus semelhantes se focavam em usar a magia apenas como símbolos para controlar os menos favorecidos, com o propósito de dominar a sua economia, os Romano e Callegari trabalhavam com a mesma em busca de um poder real, porquê ainda que a moeda comprasse a verdade, ela não mudava os fatos e os corpos se acumulavam aos montes.
Em vez de ensinar aos filhos que o dinheiro era poder, e o homem o seu próprio Deus, como se este fosse o Centro do Universo, os Romano e Callegari ensinavam que não havia um centro, mas sim um redemoinho de milhares de espécies que ora eram melhores que o ser humano, e nas outras, mil vezes piores tanto em intelecto quanto na questão da truculência, e que se eles soubessem trabalhar com essas criaturas magníficas, poderiam ter acesso ao verdadeiro poder que é, dobrar e manipular a realidade de acordo com a sua vontade.
Adam teve pavor a ideia. Porquê isto significaria que a sua filosofia estava errada e haviam seres que poderiam destruir sua adoradora organização Illuminati. Por isso quando Ivan Romano e sua irmã por parte de pai Fiorella Callegari se tornaram híbridos reptilianos, ele os expulsou da nata da elite, penalizando também os seus descendentes, para que sua Ordem jamais fosse destruída.
Infelizmente para o Sr. Weishaupt. Os híbridos já tinham preparado o seu golpe, e como os seres humanos são criaturas ambiciosas, muitos se bandearam para o seu lado, fazendo com que assim os Illuminatis se dissolvessem em boatos e mentiras que culminaram no seu fim, para dá origem ao que só os iniciados e inumanos conhecem como "A Grande Cúpula".

_E você pequena Sandra Lima, é parte deste legado como herdeira da descendência dos Romanos. Aqueles que dominaram os poderes do tempo, para ver através das cordas que moldam a realidade, e descobriram os segredos do passado, presente, e futuro.

Diz-me minha mãe com um sorriso, e nós duas vamos até a floresta, onde há uma bela fogueira acesa em honra aos nossos ancestrais que segundo ela, agora carregam os genes daqueles que vem das profundezas do universo.














O BAR
Sandra

Era de noite. Mais uma vez tinha me drogado para tentar apagar os demônios que circulavam por minha mente. "Você é a escolhida, é filha da família Romano, há um destino grandioso te aguardando." Eles diziam enquanto acendia o meu cigarro, e depois que a maconha fazia efeito, começava a rir porquê as vozes pareciam com discos ao contrário.
Entrei num bar, estava com roupas extravagantes e curtas. As minhas favoritas. Contudo infelizmente meu gosto mudaria naquela noite. Um homem bem vestido se aproximou. Ele era um típico mauricinho que parecia ter tudo o quê queria. Só que a mim não ia ter, ou pelo menos assim acreditei.
No fim da noite ele me levou para os fundos. Eu estava muito bêbada para tomar qualquer atitude. Então o mesmo me jogou contra a parede, e abriu o zíper da minha calça colada. Coloquei as mãos na frente, mostrando que não queria. Todavia o mesmo prosseguiu, arriando suas calças, e enfiando aquela coisa grotesca dentro de mim.
Estava seca. Era como se uma barra de madeira me perfurasse. Os únicos gemidos que emitia eram de dor. Me debati várias vezes. Tentei gritar. Só que sua mão enorme e peluda tapou a minha boca. Chorei. Então fechei os olhos suportando aquele vai e vem incessante.
Passaram-se 5 minutos que para mim foram horas intermináveis. Ele terminou e sorriu satisfeito, me deixando caída no chão frio. Uni minhas pernas e comecei a chorar me sentindo culpada pelas vestes que usava.
Só que quando estava prestes a mergulhar em depressão, fui despertada pelo som dos passos de mais alguém, seguido de gritos abafados e o barulho de ossos sendo quebrados. Imediatamente sequei as lágrimas e me levantei. O quê quer que fosse, poderia me matar também.
No entanto não tinha medo da coisa, eu queria vê-la de perto, para me entregar como seu sacrifício em forma de agradecimento por devorar aquele homem nojento.
Escondida atrás da cabana, vi o corpo do sujeito estraçalhado na terra. Havia uma enorme poça de sangue. No entanto o quê me chamava a atenção era a criatura. Não era necessariamente um monstro, mas um homem de longos cabelos castanhos que tinha sinuosos olhos laranjas, chifres e pés de bode.
Alguém que os católicos conheciam como Satanás, e que através dos meus estudos secretos, eu sabia que se tratava apenas de um sátiro sanguinário e faminto. Nossos olhos se encontraram. Ouvi alguém vindo ao nosso encontro.

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