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Victor On

Já passava das 7h da manhã.

Eu estava exausto, mas tinha muita coisa para fazer. Fiquei na festa até o ultimo segundo, até por que a festa era minha.

Gostei da minha “surpresa”, naquele vídeo tinha amigos que eu nunca mais vi.

Nem sei como Suzana descobriu o paradeiro deles, mas gostei de ver todos.

Agora estou aqui, entrando no apartamento de Bárbara, pois não a vir depois da homenagem.

Sei que ela foi embora, nem esperou pelos parabéns, e Gusta disse que ela não estava com a cara muito boa.

Quando abrir a porta dei de cara com uma escuridão, as cortinas estavam fechadas, e um enorme silêncio.

Com certeza ela deve está dormindo.

Andei lentamente até o quarto e quando abri a porta encarei a cena confuso.

Ela estava sentada na cama, olhando pro nada, como se estivesse em outro mundo, me aproximei e ela me olhou.

A morena usava uma roupa de dormir, cabelos bagunçados, seu rosto ainda tinha alguns resto de maquiagem.

Mas era visível as orelhas, ela não dormiu?

-Bom dia, Bárbara!-Desejei.

Me inclinei para beija-la, nossos lábios se tocaram e ela se afastou como se não quisesse me beijar.

Mesmo que a gente tenha dado apenas um selinho, sentir o gosto forte de álcool em sua boca.

-Tudo bem?-Perguntei, ela apenas resmungou.

-Tem certeza?-Outro resmungo.

-Você gostou da festa? Veio embora e nem se despediu...

-Você estava ocupado, gostou da surpresa?-Sua voz saiu arrastada.

Olhei confuso.

-O que está acontecendo com você?

-Conheci Suzana ontem...-Se levantou.

-A gente trocou algumas palavras no banheiro... Ela é tão bonita!

-Sim, ela é! Mas o que tem isso?-Ela apenas rir fraco.

-Seus pais também estavam lá... Você se parece com ele, calmo e sério. Mas os traços são da sua mãe!-Tocou meu rosto.

Ela acariciava a minha bochecha, e enquanto ela falava eu sentia o cheiro de álcool.

-Sua esposa me perguntou da onde eu te conhecia...-Riu pelo nariz.

Se afastou, dando passos para trás.

-O que respondeu?

-Que não te conhecia, que eu estava ali por que estava acompanhando o Arthur.-Ela começa  a rir.

Encarei ela mais confuso, não entendi o por que dela está rindo.

Não quero acreditar que ela está  bêbada.

Aos poucos as risadas vão parando e seus olhos marejam.

-Não pensou que eu fosse dizer que sou sua amante, embora eu seja. Pensou?

Fiquei calado, tentando raciocinar.

O que ela está falando?

Como chegamos a esse assunto?

-Ela é tão bonita...

Parecia lembrar de algo.

-Educada, elegante, poderosa. Ela exalava poder!-Sua voz estava trêmula.

𝓐𝓶𝓪𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓸 𝓶𝓪𝓯𝓲𝓸𝓼𝓸.•𝙱𝙰𝙱𝙸𝙲𝚃𝙾𝚁•Onde histórias criam vida. Descubra agora