04

1.3K 46 16
                                    

Babi On

Acordei as 8:00, o que para mim é cedo. Depois de espera minha alma volta, levantei da cama, e abrir as janelas estava um belo dia de sol. Fui em direção ao banheiro, me olhei no espelho, minha cara estava amassada, parecia uma bolacha/biscoito. Escovei os dentes, tirei a camisola e entrei no banheiro tomando um banho rápido. Ao sair dei de cara com Maria, arrumando minha cama.

-Bom dia!-Sorriu para mim.

Ela é tão adorável!!!

-Bom dia!-Sorrir de volta.

-Sabe que eu poderia fazer isso...-Apontei para a cama.

Odeio me sentir inútil, já não trabalho, não faço nada nessa casa, e ainda não posso arruma minha cama.

-É meu trabalho, Babi!-Puxou a colcha de cama.

-Eu sei, mas quero fazer alguma coisa, me sinto inútil desse jeito.-Fiz bico, e ela rir fraco.

Andei até o closet, acho que hoje é um dia ótimo para pegar um bronze. Escolhi um dos meus biquíni e optei pelo vermelho, como ainda iria comer alguma coisa anted, vestir um shorts de crochê branco. Peguei meu celular, e fui para a cozinha. Maria já estava lá, lavando umas vasilhas, essa mulher é o flash?

-Que cheiro bom!-Disse puxando o ar.

-É do bolo de chocolate, acabei de fazer.-Se virou para mim.

E só agora eu vir uma travessa com um bolo e uma suculenta calda de chocolate por cima.

-Ainda bem que não têm frescura com comida.-Enxugava as mãos em um pano.

-Não mesmo!-Neguei.

Comer é comigo mesmo, apesar do meu corpinho "fitness" em como muito, coisas saudáveis que Maria sempre prepara é claro.

-Esse bolo é o preferido do Victor.-Comentou.

Peguei um prato, uma colher, e uma espátula de corta bolo. Cotei um pedaço enquanto escutava Maria.

Soltei um "hum..." ao colocar um pedaço na boca.

-Victor, sempre foi um menino esperto, parecia que era ligado em uma tomada de 250volts. Corria pela casa, quebrava todos os vasos caros da mãe dele.-Rimos.

Não conheço os pais deles, vejo algumas reportagem de programa de fofoca. Afinal ele são ricos, e com o crescimento da empresa, eles são foco no assunto econômia. Mas não sei nada "afundo" sobre eles.

-Lembro que quando ele era criança, deveria ter uns 3/4anos. Correndo pelo jardim, caiu de cara no chão, e arranhou o joelho. Dramático como sempre foi, chorou rios porque estava saindo algumas gotas de sangue. Só parou quando prometi fazer esse bolo, e ele não saiu do meu pé até eu fazer.-Rimos.

Imagino essa cena, é a cara dele fazer isso.

-Mas ai, ele teve que crescer, que vira chefe da máfia...-Abaixou o olhar.

Olhei para ela curiosa, sempre quis saber sobre esse lado da vida dele. É a sua versão mais perigosa, porém, é a que me deixa mais interessada.

-Sempre foi o sonho dele, sabe?-Me olhou.

-Desde o dia em que seu pai, contou para ele que era chefe da máfia, que tinha carros, armas, dinheiro. Victor sempre gostou, aprendeu a atirar muito cedo. Ele assistia filmes sobre máfia, dizendo que seria como os personagens dos filmes, explodindo galpões e usando terno.-Ela sorriu meio boba e triste.

-Tive uma ideia!-Apontei para meu cérebro.

-Faz uns dias que ele não vem aqui, que tal chamarmos ele para vim comer essa maravilha?-Apontei pro bolo, e ela assentiu.

𝓐𝓶𝓪𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓸 𝓶𝓪𝓯𝓲𝓸𝓼𝓸.•𝙱𝙰𝙱𝙸𝙲𝚃𝙾𝚁•Onde histórias criam vida. Descubra agora