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Babi ON

Estava deitada pronta para dormir, estava espalhando o creme pelo meu corpo quando o celular tocar. 

Olhei para a tela do aparelho “Victor" brilhou na tela.

Quase pulei da cama.

Segurei o aparelho em minhas mãos e arrastei o dedo pela tela atendendo a ligação.

Ligação On

-Oi!-Falei assim que eu atendi.

-Oi, gostosa!

-Tudo bem? Você não é de me ligar.

-Saudades!

Eu rir, ouvindo passos do outro lado.

-Quero saber como você está? Estou longe, porém, de estou de olho.

Augusto foi viajar está com alguns dias.

Nunca imaginei que sentiria tanta falta.

-Estou bem, e você? Como estão as coisas?

Me deitei na cama, jogando o lençol pelo meu corpo.

Já faz mais ou menos uns nove dias que Victor foi pra essa tal viajem.

Nove dias que não o vejo, que não o toco, que não o beijo.

Estou ficando sedenta, sedenta por ele.

Quando ele veio se despedir, almoçou comigo e Maria, depois estávamos no quarto tranzando.

Na hora de da tchau foi a pior.

Maria ficou tristinha com o coração na mão, até chorou.

Parece que estava adivinhando algo, mas, até agora está tudo bem.

-Por aqui está tudo sobre controle.

-Quando tudo isso termina? Poxa, só faz nove dias e para mim é como se fossem meses.

-Ah, morena... Têm que se acostumar, minha vida tem dessas. Sempre estou nessas viagens.

-Sinto que essa viagem não trás boas coisas.

Meu coração se apertou.

-Está tudo sobre controle. Vaso ruim não quebra.

Suspirei, tentando mentalizar que ele tem razão.

Não que eu esteja dizendo que ele é um vaso ruim, mas, sim que ele sabe o que faz, e que vai ficar tudo bem.

-Atenda minha chamada por vídeo. Quero te ver!

Aceitei a sua solicitação de vídeo chamada.

Logo ele apareceu na tela.

Estava deitado assim como eu, a diferença é que ele estava sem a parte de cima da sua roupa.

Cabelos bagunçados, e algumas olheiras, achi que não deve dormir direito.

Um sorrisinho de lado apareceu no seu rosto.

-Ta linda!-Elogiou.

Sorria boba, parei quando a preocupação me atingiu.

-Você está dormindo Victor?

-Estou!

O encarei desconfiada, e ele sustenta o olhar.

Quando eu iria argumentar, ele disse que alguém estava batendo na porta.

Largou o celular na cama, e foi ver quem era.

Na tela so aparecia o teto branco forrado, e eu conseguia ouvir tudo.

-O que você quer, Guxta?

-Vim te chamar pra uma rodada de truco.

-Eu estou ocupado!

-Fazendo o que? Não tem nada de interessante nesse quarto. Vamos lá em baixo, o pessoal estão bebendo, jogando.

-Vocês nem deveriam está bebendo, vamos começar os ataques amanhã. Eu não quero ninguém de ressaca, muito menos de corpo mole. O primeiro “ai” que eu escutar, estouro a cabeça.

-Uii, que medo! Coringa, o fodão está de volta.-Diz uma terceira pessoa.

Coringa?

-Cala a boca Mob! Você já está bêbado?

-Não...-O tal Mob rir.

-O cheiro de álcool está vindo aqui. Você quer ter outra overdose?

Outra overdose?

-Quem liga? A mulher da minha vida, vai ser obrigada a casar. E você... Você está se fudendo pra sua cunhada.

Cunhada?

-Guxta, olha a bosta que está acontecendo. Acabou bebida, acabou farra. Joga o Mob debaixo do chuveiro, amanhã a gente conversa.

Escuto a porta bater, acho que ele bateu a porta na cara desses tal Guxta e Mob.

Escuto seus passos, e ele aparece de volta na chamada.

Primeiro, por que eles o chamam de coringa?

Segundo, Quem são aqueles dois?

Imagino que são muito próximos, já que, Victor nunca deixaria ninguém falar com ele, como o tal Mob falou.

Terceiro, ele tem uma cunhada? Ela vai ser obrigada a casar?.

-Por quer eles te chamam de Coringa?

-É assim que os mafiosos me conhecem. Acha que eu saiu dizendo meu verdadeiro nome pra todo mundo?

-Quem são eles?

-Meus braços direito, e esquerdo. Estão comigo desde o início.

Agora faz todo sentindo.

-E...-Interrompida.

-Chega de perguntas! Você que saber demais, não gosto de falar sobre a máfia.

-Tudo bem!-Sorri torto.

-Vou ter que desligar! Beijo, morena.

Desligou!

Respirei fundo, colocando o celular no criado-mudo.

Eu sei que Victor não gosta de falar sobre a máfia, é sempre tudo muito sigiloso.

Mas, eu com a minha boca grande, e a minha curiosidade, não consigo segurar.

Me virei para o lado, e tentei dormir.

[...]
 

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