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 Babi ON.

Abri ao olhos, mas os fechei rapidamente.

Minha cabeça rodou, e doeu como se alguém tivesse me dado uma paulada.

Fui abrindo os olhos devagar, o quarto estava escuro, e bem frio.

Rolei pela cama, meu celular estava em cima do criado-mudo, liguei ele a luz brilhou nos meus olhos, me xinguei mentalmente por isso.

Abaixei o brilho, tentando visualizar as horas...

03:00 da madrugada!

Meu deus!

Havia dormido muito, mas estava totalmente exausta, e com uma enorme dor de cabeça. 

Com muito esforço me levantei e fui pra o banheiro, liguei a luz, me acostumando com a claridade.

Encarei o espelho, minha cara não era uma das melhores.

Cabelos bagunçados, rosto amassado, eu estava derrotada.

Me sentei no vaso sanitário, pensando em como seria bom um banho.

Mas eu ainda estava tentando raciocinar, algumas imagens veio a minha cabeça.

Lembro que cheguei da festa, lembro o quão triste, e desnorteada estava.

Lembro que chorei muito, chorei de soluçar, gritava contra travesseiro.

Não sei o por que fiquei tão atordoada daquele jeito.

Não sei por que chorei, não sei por que meu coração doía.

Acho que acabei confundindo um pouco as coisas, acho que eu estava carente.

Carente de cuidado, de atenção, e quando recebi acabei confundindo tudo.

Lembro que bebi um pouco, na verdade bebi mais do que eu sou acostumada, ou seja mais de dois copos.

Já era tarde, eu não conseguia dormir, e tomei o comprimido.

Estava na minha cama, esperando fazer efeito, quando Victor chegou...

Victor!

Eu falei varias coisas para ele, não me lembro bem, engraçado que essa são as únicas coisas na qual eu não lembro com clareza.

Lembro de ter chorado mais, sei que gritei, e a sua expressão era de total confusão.

Nessa de tentar lembrar o que rolou, eu terminei o banho, que nem sei quando comecei.

Saí do banheiro só de toalha, entrei no closet, vestir uma camisa que vinha até minha coxa, e penteei os cabelos.

Senti meu estômago roncar, estou a mais de 24hrs sem comer.

Quando abrir a porta, me assustei.

Augusto estava deitado na cama, junto dele uma bandeja.

Sua expressão não era uma das melhores.

Ele vestia apenas uma calça, seu peitoral desnudo.

Me aproximei, vendo que na bandeja tinha comidas. Um suco, panquecas, pão, geleia, frutas.

-Coma!-Disse, antes de se levantar e afastar.

Me sentei na cama, comendo devagar.

Augusto estava em pé, longe de mim.

Apenas me encarava, braços cruzados, sério.

Bebi o suco de laranja, e olhei para ele.

-Faz tempo que você chegou?

𝓐𝓶𝓪𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓸 𝓶𝓪𝓯𝓲𝓸𝓼𝓸.•𝙱𝙰𝙱𝙸𝙲𝚃𝙾𝚁•Onde histórias criam vida. Descubra agora