mudaria

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Loid e Yor desceram as escadas do prédio onde moravam depois de uns longos minutos aproveitando (e muito) a companhia um do outro. 

A mesa ficou por arrumar.

Ao abrirem a portaria do prédio, deram de cara com a filha e com Yuri, ambos brincando com Bond, que parecia estar mais interessado em tentar pegar um inseto no chão.

- Vamos? - Loid perguntou, enquanto segurava a mão da esposa. - Você leva o Bond, Yuri?

- Eu levo, papai! - Anya teimou, tentando pegar a coleira da mão do tio.

- Se você quiser que Bond te faça voar, pode levar. - Loid disse, com pouca emoção.

- Hoje o titio leva, Nini. Tudo bem para você? - Yor se agachou, sem soltar a mão do mão do marido. - Bond deve estar com saudades do titio também.

- Verdade, mamãe. Anya não pensou. - Anya finalmente concluiu. Yor sorriu para a filha e se levantou, olhando para o esposo novamente. - Titio, cuidado com o Bond, ele é neném ainda.

- Ele é maior que você, Anya.

- Neném. - Anya refutou. Ela era a mamãe/irmãzinha. Ela quem sabia.

- Bem, vamos, crianças? - Yor sugeriu, rindo.

- Hm, amor...não é como se você fosse a mais crescida daqui.. - Loid respondeu.

- Não me estresse, Sr. Forger. - Yor alertou, enquanto via a filha e o irmão se afastando. - Tenho mantido o sofá tão limpinho, acho que umas noites lá não seriam tão más...

- Tudo bem! Você é a pessoa mais madura daqui, nunca atingirei tal maturidade. - Loid respondeu, interrompendo a esposa. A ideia de dormir sem ela era infernal. - É para me ajoelhar aos seus pés agora?

- Por ora, quero aproveitar minha tarde em família. - Yor disse, tentando passar uma imagem séria, mas ainda sorrindo.

- Por ora, é?. - Loid repetiu, com uma cara sem vergonha.

- Vamos para o parque, Loid Forger.


Yuri nunca correu tanto na sua vida. Nem mesmo em todos os seus treinamentos para policial, seus anos duros na escola onde precisava correr para casa e nem mesmo quando malhava só para manter a forma.

Nunca correu tanto atrás de uma criança que mal tinha pernas para andar e de um cachorro gigante. As semanas que passou fora o desacostumaram à energia infinita da sobrinha.

- Titio, veja! Bond está indo dar alguma coisa para o papai! - Anya apontou, eufórica.

- É. - Yuri limpou a testa, que estava toda molhada de suor. - Seu pai podia vir correr por mim, você deve ter sido atleta na sua vida passada. Não dou conta.

Anya riu. - Titio bobo!

- Bobo e bem cansado. - Yuri pegou a sobrinha no colo quando viu que o cachorro tinha se sentado no chão, ao lado do banco onde estava sua irmã e seu cunhado. - Que tal irmos descansar um pouco? Sua mamãe trouxe um lanche.

- Lanche! Eu quero!

Tio e sobrinha caminharam até ao pequeno banco de madeira, onde Loid estava sentado lendo um livro enquanto tinha a cabeça de Yor no seu colo, quase dormindo. Seria cómico, se não fosse extremamente fofo. - Já cansado, Yuri? Você não tem jeito mesmo.

- Eu não tenho culpa se vocês criaram uma corredora profissional, ok? - Loid riu. - O que tem para comer hoje?

- Você não leva jeito de verdade, maninho. - Desta vez, foi Yor quem falou. - Fiz sanduíches de manteiga de amendoim e trouxe alguns sucos. Loid insistiu em trazer vinho.

- Mas não para você beber.

- Que seja, seu chato. Também trouxe algumas frutas. - Disse Yor, enquanto pegava a pequena cesta que havia trazido consigo. - Amor, me ajude a montar a toalha. - Pediu.

Breves minutos depois, a família aproveitava um lanche completamente relaxado, apenas falando sobre coisas banais. Até mesmo Bond aproveitava alguns snacks para cachorro que Anya tinha escolhido em casa, naquela manhã.

A mesma saboreava uma sanduíche de manteiga de amendoim, enquanto de vez em quando tinha seu rosto limpo por seu pai e bebia um suco caseiro que o ele tinha preparado. Yuri por sua vez, dividia uma garrafa de vinho com o cunhado, enquanto Yor bebia o mesmo suco que Anya. - Havia prometido não beber enquanto a menina estivesse por perto. Já Loid não ligava muito para a comida.

Ele na verdade, enquanto dividia o vinho com Yuri, se sentiu ser tomado por pensamentos profundos. Talvez fosse efeito do álcool, mas ainda assim, eram pensamentos. 

Olhava para a família que tanto demorou para criar. Para sua filha, com a boca completamente suja de manteiga de amendoim. Sua esposa, que cortava pequenos pedaços de um biscoito para cachorros e dava na boca de Bond e até mesmo para seu cunhado, que conversava com ele com uma maturidade incrível. Loid nunca pensou que alguém o pudesse entender tão bem quanto aquele garoto.

Nunca foi uma pessoa religiosa. Nem em ele mesmo acreditava, iria acreditar em alguém que nunca viu?

Mas agora, mais do que nunca, Loid pensava que, se existisse um Deus, ele estava eternamente grato ao mesmo. Eternamente grato por viver. Eternamente grato por ter feito tudo o que fez.

E mesmo com todas as dificuldades que passou, Twilight, ou melhor, Loid, tinha uma certeza. Ele não mudaria nada.


alô alô, gente! 

1 semana de Amour!!!

queria agradecer novamente por todo o apoio que Amour está recebendo <3

eu sei que muita gente gosta dos momentos twiyor (eu também amo escrevê-los) mas essa fic não contém conteúdo +18, então tudo o que posso trazer são capítulos fofos completamente dedicados a eles.

e é isso que farei no próximo capítulo! irei trazer um capítulo mais longo completamente dedicado aos twiyor e à relação deles como casal e não somente como pais da Anya.

espero que tenham gostado do capítulo de hoje, espiãozinhes! <3

AmourOnde histórias criam vida. Descubra agora