lençóis prateados

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atenção!! esse capítulo se passa numa época alternativa, em que os Forgers eram casados e tinham Anya, que tinha apenas 6 meses. se não lhe agrada ler bebês ou essa realidade em si, sairão episódios normais brevemente ! <3

aproveito para pedir que passem no meu perfil pois saiu uma oneshot fofíssima do casamento dos twiyor!! <3


Um choro ecoava pelo apartamento dos Forgers.

- É sua vez. - Um Loid sonolento resmungou. Eram quatro da manhã.

- Nã'..é sua vez. - Yor, ainda mais sonolenta, respondeu, se aconchegando ainda mais no peito do esposo.

- Amor...

- Vai lá, Lottie. - Pediu, com um sono incontrolável. - Eu estou exausta. - Os olhos chorosos e carregados de sono de Yor confirmavam isso.

- E se for fome, amor?

- Eu enchi uma mam'deira antes de dormir...- Yor fechava os olhos lentamente. Loid assentiu, e começou a sair do lado da esposa. Assim que sentiu os braços de Loid abandonarem seu corpo, Yor reclamou: - Não vai...

- Você está bêbada de sono. - Deu um beijo na testa da esposa, que estava completamente adormecida novamente. - Fala sério. - Exlamou.

Saiu do seu quarto e foi até ao quarto da filha, Anya, que chorava alto. O quarto da menina havia sido pormenorizadamente decorado pelo casal. Os tons cinzas e brancos das paredes e mobília davam uma sensação de conforto automática ao quarto, o que contrastava com os brinquedos coloridos que estavam espalhados pelo chão do quarto. Seu cunhado, Yuri, achava construtivo comprar um brinquedo para a bebê sempre que via uma loja de brinquedos, como se isso definitivamente não a fosse tornar mimada.

Mas, quem ligava? Ela seria mimada de todo o jeito, se dependesse de Loid. Era a princesa dele.

Assim que chegou ao berço, igualmente branco com o colchão forrado com um lençol cinza, viu a bebê completamente chorosa enquanto estava coberta com uma mantinha rosa, com algumas flores brancas estampadas.

- O que há de errado, meu amor? - Loid perguntou, pegando a menina no colo e começando a niná-la. Assim que ouviu a voz do pai, Anya abriu seus olhinhos verdes bem grandes. - Oi, bebê. - Beijou a mão da garotinha. - Porque está chorando?

Enquanto ninava a bebê, Loid percebeu sua fralda cheia. - Ah, então é isso. Vamos trocar essa bebê grandona! - Levou a filha até ao trocador, a deitando. Tirou uma fralda limpa, talco, e uma pomada, começando a trocar a bebê. - Sabe, filha, mamãe tem andado cansada. Você precisa de parar de dar sustos na gente todas as madrugadas. - Fez cócegas na barriga da bebê, que estava exposta pelo body subido. Anya riu, mostrando que seu primeiro dentinho estava prestes a nascer. - Minha bebê está tão grandinha. - Pensou alto, vendo o "dente" na boca da filha. - Pronto. - Disse, vestindo a bebê, descartando a fralda e depois a pegando no colo. - Papai vai te ninar até você dormir.

Começou a ninar a filha, cantando a única música que se lembra de ter ouvido da boca de sua mãe.

- Oh, minha doce princesa, debaixo dos seus lençóis prateados, debaixo dos seus lençóis prateados...

E Anya dormiu.


- Amor, veja! Está quase!

- Mais um pouquinho filha, vai!

O objetivo daquela manhã na casa dos Forgers era fazer com que Anya aprendesse a ficar sentada sozinha, mas não estavam obtendo muito sucesso. Entretanto, Anya adormeceu no sofá e o casal foi preparar o café da manhã juntos, até Yuri aparecer na porta.

- Oi, maninha!

- Fale baixo, Yuri. Anya está dormindo. - Yor avisou.

- Entendi. Oi, Loid!

- Olá, seja bem-vindo novamente! - Loid respondeu. - Ela está no sofá. - Avisou, já sabendo que seu cunhado queria ver a sobrinha.

O casal se distraiu preparando o café da manhã enquanto trocavam beijos e carinhos, que quase esqueceram do facto da filha estar no sofá dormindo, ainda sem conseguir sentar. Assim que terminaram de montar os três pratos, Yor foi até ao quarto com Loid, ainda checando se a filha estava dormindo, para que pudesse fazer uma mamadeira de leite materno. Era um processo doloroso e como tal, Loid sempre estava por perto nesses momentos, mesmo se a esposa estivesse amamentando diretamente a filha ou fazendo as mamadeiras.

Quando saíram do quarto, sorriram eufóricos, vendo a filha sentadinha no sofá, ao lado de Yuri.

- Yuri! - Yor gritou - Como você conseguiu?

- An? Do que você está falando?

- Olhe para Anya! - Loid disse. - Ela está sentada, sozinha!

- Ué, ela acordou e ficou balbuciando para a TV, aí sentei ela para ver melhor. É...motivo para celebrar?

O casal se entreolhou. Como pais de primeira viagem, estes liam montes de blogs e manuais de como criar sua filha da melhor maneira, com um monte de preocupações nas costas. Talvez, mas só talvez, às vezes a melhor forma de criar um filho fosse o simples e lógico, como Yuri.

- É que ela não costumava ter equilíbrio. - Yor esclareceu.

- Como assim? Eles não sentam desde que nascem? - Yuri estava confuso. - Eles não têm coluna vertebral como a gente? - Falava, desesperado, olhando as costas da sobrinha.

- Yuri. - Loid chamou. - Não tenha filhos.

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