doçura ou travessura

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nota: me desculpem a demora, questões de luto. 🤍

Loid terminava de vestir Anya, sofrendo um pouco para arrumar seus cabelos para que ficassem igualzinhos a uma bruxinha, para que ele pudesse colocar o chapéu nela.

- Filha, por favor, fique quieta,

- Tá. - Anya afirmou, mas não ficou. Estava tão animada que mal podia se conter. Havia combinado com Becky que ambas iriam de bruxinhas, esperando passar o Halloween juntas. O que, devido às suas diferenças sociais, seria impossível. Anya passaria seu Halloween de forma humilde com seus pais, enquanto Becky o faria de forma luxuosa, usando várias fantasias ao longo do dia.

- Prontinho. - Loid disse, depois de conseguir colocar a trança da filha pra trás e seu chapéu em cima. - Você está tão fofa!

- Não pode ser fofa, papai! É para ser assustadora!

- Então você quer ser uma bruxinha assustadora...- Loid disse, como se estivesse pensando. - É impossível! - Disse, pegando a filha no colo e fazendo cócegas nela, ouvindo apenas gargalhadas como resposta.

- P-para, papai! - Anya dizia, entre gargalhadas.

- Então está acontecendo um ataque de cócegas às 9 da manhã do meu apartamento? - Yor disse, de repente. Loid olhou para a porta, vendo a esposa de pijama, uma camisola bege curta, encostada na porta. Sua barriga parecia estar aparecendo aos poucos e suas bochechas haviam crescido. Loid se sentiu o homem mais sortudo do mundo naquele momento.

- M-mamãe! Faça o papai parar! - Anya pedia, rindo alto.

- Seu pai é tão bobo, credo! - Yor disse, se aproximando do seu esposo e de sua filha, mas fingindo se assustar momentos antes. - Você me assustou, bruxinha! Eu deveria fugir!

- Viu só, papai? - Anya disse, enquanto sentia sua mãe a colocar no seu próprio colo. - Anya não é uma bruxinha fofa. É assustadora! Assustou a mamãe!

- Acho que é verdade. - Se rendeu. Loid viu a esposa sair do quarto com a filha indo em direção à cozinha e decidiu acompanhar.

- Amor, sairá connosco para pedir doçuras e travessuras?

- O quê? - Loid entrou em choque. Não sabia desses planos.

- Você vai se mascarar de vampiro. E eu de gato preto. - Yor disse. Um olhar sedutor diretamente para Loid, que ficou atrapalhado, devido à presença da criança.

- C-credo, amor! Nem pensar! Um espião nunca chama a atenção.

- Aqui, você não é um espião. É Loid Forger. Um marido e papai bobão que faz de tudo pelas suas duas garotas e sua semente, certo?

Loid se deu por vencido pela milésima vez desde que as conheceu e prontamente disse: - Certo.

🤍

Anya estava no meio dos pais, uma das suas mãos estava ligado a um deles. Desciam as escadas do prédio já que, devido à chuva lá fora, só iam nas portas do edifício. Era Loid quem segurava um potinho em forma de abóbora.

Chegaram no primeiro apartamento. Yor usava um vestido preto justo, salto alto e umas orelhas de gato pretas na cabeça. Loid usava apenas um terno preto, e um detalhe de sangue perto da sua boca, para simular que era um vampiro. Anya, por sua vez, usava uma fantasia comprada de bruxa e um chapéu adorável.

E, mais escondido, Yor tinha um chupão em seu pescoço, escondido pelo cabelo. Afinal, estava casada com um vampiro.

A primeira vizinha abriu a porta, escutando a voz da garotinha.

- D-doçuras ou travessuras?

-Ah, meu amor! - A vizinha sorriu, reconhecendo a família que tanto acarinhava. - Como você está assustadora, que bruxa má! - Anya sorriu para o pai. A vizinha se inclinou e pegou alguns doces, se voltando para a garota. - Cadê seu potinho?

- Papai!

Loid prontamente mostrou o pote para a vizinha, que colocou os chocolates no mesmo. - Ah, meu Loid. - Olhou para a mulher. - Meu Deus, minha querida! Sua barriga já tem um volume tão bonito! - Voltou a sorrir.

- Muito obrigada. - O casal sorriu. - Anya. - Loid chamou. - O que você diz agora?

- O-Obrigada!

- Não foi nada, meu amor. - A mulher sorriu. Era impossível não se apaixonar pelos Forger. - Assuste mais pessoas no prédio, sim? - Anya assentiu.

- Um resto de boa noite. Nos desculpe qualquer incómodo. - Loid agradeceu prontamente, antes da vizinha se despedir e fechar a porta com um sorriso. - Qual será nossa próxima vítima? - Olhou para a filha, que estava fascinada com os chocolates.

- O apartamento 126!

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