Acordei sentindo meu corpo um pouco dolorido, sem muita coragem de abrir os olhos, remexo na cama, sentindo o corpo nu de Pedro ao meu lado. Suas mãos tocam meus cabelos, seus lábios tocam os meus.
- Bom dia. - respondo abrindo os olhos com preguiça.
- Bom dia princesa.
Achei que ficaríamos em um clima estranho, mas não aconteceu. Pedro é um cara leve, além de tudo somos amigos.
- Essa com certeza foi a melhor noite da minha vida. - o comentário me pega de surpresa. - Quem diria que você com essa carinha de santa é um verdadeiro furacão na cama.
O comentário sem filtro me faz rir, escondendo o rosto entre as mãos.
- Você não é nada mal também.
- Aí. - Sua mão vai até o coração seguido por uma cara de sofrimento. - Essa doeu. - ainda deitados lado a lado, seu olhar intenso se fixa em minha boca. - Não foi bem isso que você estava dizendo ontem a noite.
- E o que eu estava dizendo ontem a noite? - perguntei o montando. - Acho que me esqueci.
- Consigo lembrar de te ouvir dizer que meu pau era uma delicia.
Sua mão grande e habilidosa de cirurgião desliza por meu rosto em uma caricia suave, uma mecha de cabelo é colocada atrás de minha orelha.
- E é mesmo!
Pulei da cama indo em direção ao banheiro.
- Onde vai?
- Tomar banho Pê, se não se lembra morro de fome pela manhã!
Minha intenção era claramente tomar uma ducha rápida e ir tomar café, podia sentir meu estomago roncando. A ducha não aconteceu já que um certo moreno delicioso se convidou para meu banho, e terminamos em mais uma rodada de sexo quente, quando terminei de secar meus cabelos, pude sentir o cheiro delicioso do café.
Caminhei até a cozinha onde Pedro já estava sentado com uma xicara em mãos.
- Quer que eu saia para comprar pão?
- Não. - respondo abrindo a geladeira. - Tem presunto e queijo e pão de forma.
Terminamos de tomar o café e aí sim o clima ficou estranho, Pedro pegou sua camisa no chão da sala, a vestiu e veio em minha direção.
- Preciso ir, a Chanel está sozinha a muito tempo.
Chanel é uma bulldog inglesa, de pelagem preta e branco, com olhos azuis, uma coisa linda.
- Tudo bem.
E assim ele se vai.
(...)
Na semanas seguintes tive aguentar Renatinha em uma implicância sem fim, dizendo que sabia que eu sempre tive uma quedinha pelo Pedro, oque não é verdade, o nosso lance é só sexo, nem tanto como eu queria. Afinal em quase dois meses depois que ficamos pela primeira vez, só o encontrei duas vezes, nossos plantões não batiam mais, o que suspeitei ser obra de Arthur que ainda não me deixava em paz.
Desci para almoçar quando entrei na salinha de descanso encontrei Magali.
- Oi Ma.
Fui até ela beijando seu rosto.
- Oi Rafa.
Sentei na poltrona reclinável a sua frente, já a deitando por completo.
- Posso te fazer uma pergunta?
Olhei minha amiga de lado.
- Que tipo de pergunta é essa? Achei que não existia esse tipo de coisa entre nós.
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Tinha que ser você!
RomanceRafaela, uma médica dedicada, uma menina mulher, que mora em São Paulo. Quando seus pais se mudam para outro estado, sua vida começa a desmoronar. Uma traição causa tanta dor que ela decide seguir em frente, mas a mudança trás um homem bruto, rustic...