CAPÍTULO 23

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Não consigo deixar de pensar em Rafaela desde aquele maldito beijo, em como teria sido se fossemos além, se a vontade que sinto de tocar sua pele, sentir seu cheiro sumiria depois que a gente finalmente transar.

Nunca me senti tão atraído por mulher nenhuma, é como se ela tivesse despertado algo em mim que a deseja mais que tudo, um desejo primitivo de possuir seu corpo, me entranhar em sua pele como ela faz comigo. O tesão que sinto por ela é anormal, me causa arrepios só de imaginá-la sem roupa, com os seios em minha boca, porra, só de pensar fico excitado!

Depois daquele beijo Ben não me deixa em paz é claro que ele tinha que ter visto, amo meu irmão, mas a vontade de bater nele tem vezes que é maior do que o suportável!

Olho no relógio em meu pulso são dez e meia, muito tarde para terminar uma reunião com um cliente importante.

- Quer passar lá em casa?

- Não.

- A Larissa ia pedir pizza, você come e depois vai embora, tenho certeza que não vai comer nada antes de dormir Lucas.

- E não vou mesmo, é um banho e cama.

- Fala sério, amanhã é sábado, não temos compromisso, e dormir com fome não é legal.

- Tudo bem idiota eu vou.

- Também te amo, pequeno dragão faminto. - ele bate em minhas costa de leve enquanto caminhamos em direção ao estacionamento.

Segui até o apartamento já arrependido por ter aceitado ir, quando paramos na porta o som de risadas e o que parece ser choro surge lá de dentro.

- Tem alguém aí?

- Não sei, Larissa não me disse nada.

Ben abre a porta e eu a vejo, a doutora de costas, os cabelos loiros, a mão delicada segurando uma taça, é ela. Quando as duas se viram as vejo com os olhos vermelhos, chorando|?

- O que aconteceu? - meu irmão pergunta.

- O Jack morreu! - Larissa responde secando os olhos fazendo Rafaela rir.

- Fala sério, vocês já saíram da adolescência.

As duas riem mais enquanto nos aproximamos, só então ela parece me perceber.

- Oi Lucas.

- Oi doutora.

O revirar de olhos irritado dela me deixa extasiado, adoro provocá-la. Vamos até a mesa comer a pizza fria.

- Quer esquentar?

- Não. - respondo observando a coisinha pequena de cabelos loiros secar os olhos.

- Sabe o que não entendo. - Ben começa a divagar. 

- Porque eles não dividem a tabua? - pergunto.

- Exatamente! - Ben ri como se fosse engraçado. - No lugar dele eu teria ficado.

- Aí não teria graça. - Larissa comenta com os olhos grudados na tela.

Terminamos de comer a pizza, tomando vinho enquanto discutimos o caso do cliente da reunião, não percebi em que momento estamos os quatro na sala, acomodados no sofá, relaxados conversando amenidades e tomando vinho, até que Rafaela olha o relógio tomando um susto.

- Nossa já é tarde, preciso ir.

- Fica aqui Rafa.

- Não, minha mãe vai ficar preocupada. Vou pedir um carro por aplicativo.

Já passa de uma da manhã sem chance de deixar ela ou qualquer outra mulher pegar um carro por aplicativo ou taxi sozinha.

- O Ben te leva, não leva amor? - minha cunhada já tem a voz enrolada, com certeza efeito do álcool.

Tinha que ser você!Onde histórias criam vida. Descubra agora