CAPÍTULO 18

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Entramos no táxi em direção ao hotel, meu pensamento estava distante enquanto observava as luzes da cidade que nunca dorme.

- É sério? - Ben chama minha atenção. - Não vai levar nenhuma mulher desconhecida para o hotel ou beber além da conta?

- O quê?

Meus pensamentos estão longe, na verdade estão naqueles um metro e meio de gente, a doutora.

- Tá pensando em que porra? - Ben empurra meu ombro com o seu.

- Em nada!

- Já sei, na tal Renata ou Magali as amigas da Rafa, porque não chamou uma delas para vir com você?

Olhei meu irmão de soslaio sem paciência para suas gracinhas.

- Não fode, Ben.

- Puta que pariu! - o idiota gritou para em seguida começar a gargalhar. - Você está pensando é na Rafaela! - bradou como se tivesse descoberto algo muito importante.

- Você bebeu demais.

- Claro que é! Isso explica essa sua cara de idiota, porra Lucas, você se apaixonou por ela.

Virei para encará-lo com brusquidão.

- Você tomou bala na boate? Só pode estar alucinando!

- Fala a verdade para seu irmãozão aqui Luquinhas, queria estar se pegando com a loirinha agora não queria?

- Fala sério Ben, já viu aquela carinha de santa? Aquela mulher deve ser ruim de foda, aquela coisa sem graça.

- Falou ele doido para descobrir!

- Ah vá se foder.

Voltei minha atenção para a rua outra vez.

- Escuta uma coisa Lucas. - seu tom de voz agora era sério. - Se você se apaixonar pela Rafa está fodido, ouviu bem fodido, ela é o tipo de mulher por quem você vai ficar de quatro e querer se casar.

- Não se preocupe. - o encarei uma ultima vez antes de encerar a conversa. - Isso não vai acontecer! Não vou ficar com ela, muito menos me apaixonar.

Parado na porta dos vizinhos dos meus pais tentando criar coragem para tocar a merda da campainha, me pergunto onde eu estava com a cabeça quando aceitei vir buscar a doutora, eu tenho merda na cabeça, só pode!

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Parado na porta dos vizinhos dos meus pais tentando criar coragem para tocar a merda da campainha, me pergunto onde eu estava com a cabeça quando aceitei vir buscar a doutora, eu tenho merda na cabeça, só pode!

Tão claro quanto o dia é a intenção do meu irmão e cunhada de me forçar a ir com eles encontrar a doutora, e eu idiota cai, se vamos sair os quatro, é claro que será como um encontro, porra!

Puxei uma lufada de ar generosa, passei as mãos pelos cabelos e apertei o botão que anunciou minha chegada. A porta se abre em segundos.

- Boa noite Gustavo.

- Deve ser a Larissa. - a voz suave vem surgindo na sala

- Acho que não. - Gustavo responde abrindo a porta. - Boa noite Lucas entra.

Tinha que ser você!Onde histórias criam vida. Descubra agora