CAPÍTULO 6

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Rever meu pai no aeroporto foi tão maravilhoso, o abraço apertado, a sensação de ainda ser somente uma garotinha de dez anos recebendo atenção, ainda queima em meu peito.

A saudade que sinto de estar com meus pais é tão grande, mesmo não nos vendo todos os dias em são Paulo devido aos plantões intensos, eu sabia que eles estavam ali, a uma hora de distancia, que a qualquer momento eu poderia ir até o apartamento deles, comer a comida da minha mãe, dormir no sofá, sentir meu pai massageando meus pés, dizendo que era porque ficava muito tempo em pé, são pequenas coisas que formam um todo tão grande.

A saudade que sinto de estar com meus pais é tão grande, mesmo não nos vendo todos os dias em são Paulo devido aos plantões intensos, eu sabia que eles estavam ali, a uma hora de distancia, que a qualquer momento eu poderia ir até o apartamento de...

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O carro estacionou em frente a uma casa bonita, olhei em volta vendo as ruas limpas, todos os jardins extremamente bem cuidados, inspirei o ar com mais vontade o sentindo puro em meus pulmões. No mesmo instante o som de um motor potente me chamou atenção, virei meu rosto para ver uma camionete preta se colocando em movimento, um por de olhos extremamente claros me encarou com intensidade, observei o homem bonito que mais parecia ser um deus grego ( se Thor for da mitologia grega, claro) sair da casa ao lado sentindo um frio no estomago.

- Então, gostou do lugar princesa?

- Amei pai.

Ouvi o som do porta malas sendo fechado, o braço de papai passou por meus ombros me puxando para um beijo em meus cabelos.

- Filha!

Minha mãe surgiu na porta da casa, vindo em minha direção com os braços abertos. Sabe aquele momento que seu coração se aperta, seus olhos umedecem e a vontade chorar vem, pois é, foi assim, o pensamento de que nada é para sempre veio com tudo, faz dois anos que perdemos vovó e logo depois um irmão de mamãe morreu em trágico acidente. Me dei conta de que meus pais não ficarão aqui para sempre, e eu definitivamente não quero ficar tão longe deles.

- Como você está meu amor?

Minha mãe seguiu me puxando para dentro de casa, enquanto íamos nos atualizando sobre os últimos acontecimentos. Minha mãe não parava de falar em como é bom estar mais perto da família outra vez (meus pais nasceram, cresceram e se casaram aqui) e que a única coisa que falta para tudo ser perfeito, é eu me mudar também.

Senti uma pontada em meu coração ao relembrar os pensamentos de poucos minutos atrás.

- Como está vovô Isidoro?

Papai me olhou com lágrimas nos olhos, eu só tenho ele de avô vivo, e depois que minha avó morreu ele vinha definhando aos poucos, desconfio que esteja sofrendo de uma depressão profunda aliado a uma enfisema pulmonar de quem fumou por mais de quarenta anos.

- Está indo filha, o medico disse que não tem muita previsão de melhora.

- Quero visitá-lo amanhã.

- Já marquei com sua tia Jandira de almoçarmos lá amanhã. - Mamãe conta indo em direção ao que parece ser a cozinha.

Sorri por saber que com certeza minha tia maluquinha vai reunir a família toda, pelo simples fato de eu estar aqui, ela sempre uma fofa.

- Você se lembra que moramos aqui filha.

Tinha que ser você!Onde histórias criam vida. Descubra agora