"O amor é quando começamos por nos enganar a nós próprios e acabamos por enganar a outra pessoa." - Oscar Wilde
O carro parou em frente ao prédio que eu moro. Pedro desligou o motor e me olhou como sempre faz, diferente das outras vezes eu não queria que o ele subisse comigo, hoje eu pude ver o que minha mãe e Magali tanto falam, que nosso querer começam a caminhar por lados opostos, ele sentiu ciúmes do Lucas, mesmo não dizendo uma palavra sobre o assunto, eu sei, eu senti e não gostei.
- Tchau Pedro.
Beijei seu rosto, logo me virando para abrir a porta do carro e ir embora, ele segurou meu braço, me fazendo olhá-lo.
- Não posso subir?
Eu não sabia como falar com ele sem magoá-lo, mas também não podia deixar passar, chegou o momento em que eu tanto temia ao misturar as coisas entre nós, vamos seguir em frente como se nada tivesse acontecido ou nossa amizade acaba aqui?
- Acho melhor não Pê.
- Porque não? - seu olhar confuso mexeu comigo.
- Você está começando a levar isso entre nós a sério?
- Tanto quanto você.
Suspirei frustrada, ele não me falaria a verdade, não quando sabia que ela nos afastaria ainda mais.
- Não quero te machucar, isso entre nós, para mim, é algo casual Pê.
- E por mim tá tudo bem.
- Não está, você espera mais de mim e eu não posso te dar. Eu te amo muito, mas não da forma que você espera que eu te retribua, e te prender a mim dessa forma não é justo.
Abri a porta do carro saindo sem olhar para trás, não posso mais magoar meu amigo dessa forma, mesmo amando o Pedro, não sou capaz de corresponder da forma que ele quer e merece, nem sei se um dia serei, não é justo prendê-lo a mim dessa forma.
(...)
Estacionei meu carro chegando para mais um plantão, no Pronto Socorro desta vez. Contrariando as expectativas o dia correu tranquilo, quando olhei o relógio em meu pulso faltava pouco para ir embora, suspiro aliviada enquanto caminho até a salinha de descanso, para tentar comer uma fruta.
- Podemos conversar?
Me assusto ao ver Arthur entrar logo atrás de mim e fechar a porta, não que eu tenha medo dele ou algo do tipo, foi o susto por não perceber que ele estava atrás de mim, venho tentando ao máximo não encontrá-lo pelo hospital.
O encaro de braços cruzados, ele se aproxima, parando a minha frente, perto demais.
- Oi amor.
Observo o homem que um dia eu julguei amar me perguntando, será que foi amor? Como poderia ser, se o sentimento acabou tão rápido? Essa é uma pergunta que venho me fazendo muito ultimamente, será que eu o amei um dia?
Sua mãos ladeiam meu rosto, sinto a raiva crescer em mim por relembrar tudo que conversamos quando terminamos.
- Não começa Arthur.
Dou um passo para trás me livrando do seu agarre.
- Só quero te fazer uma pergunta Rafa. - olho para ela com uma sobrancelha erguida, incrédula com a audácia dele. - É verdade que você está saindo com o Pedro?
- É, nós sempre fomos amigos, sempre saímos todos juntos, eu, ele e as meninas.
- Não foi isso que perguntei.
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Tinha que ser você!
RomansaRafaela, uma médica dedicada, uma menina mulher, que mora em São Paulo. Quando seus pais se mudam para outro estado, sua vida começa a desmoronar. Uma traição causa tanta dor que ela decide seguir em frente, mas a mudança trás um homem bruto, rustic...