Rafaela, uma médica dedicada, uma menina mulher, que mora em São Paulo. Quando seus pais se mudam para outro estado, sua vida começa a desmoronar.
Uma traição causa tanta dor que ela decide seguir em frente, mas a mudança trás um homem bruto, rustic...
Entrei no vestiário na terça feira a procura de Magali e Renata. Nos cumprimentamos e tive que narrar a elas todos os detalhes da viagem, claro que não deixei de fora o que Lucas fez, sua grosseria.
- Não tem uma fotinha pra gente ver? - Renata perguntou juntando as mãos, como se implorasse.
- Não está louca!
- E como ele se chama?
- Lucas.
Minha amiga revirou os olhos, antes de perguntar.
- o sobrenome besta.
- Acho que é Vasconcelos, não sei bem não.
Renata começou a digitar no celular feito uma louca, fazendo caras e bocas enquanto lia alguma coisa.
- Puta que pariu Rafa, ele é um gostoso!
Arregalei meus olhos, observando se alguém nos ouvia.]
- Fala baixo Rê, o que você achou aí.
A ruiva louca vira o telefone para nós com uma foto de Lucas.
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- Uau! Ele é .... - Magali comenta de boca aberta.
- Rustico? - Pergunto.
- Um lenhador que deve ter um machado enorme!
Renata nos faz rir, Deus minha amiga precisa de filtro.
- Onde você encontrou isso? - Magali aponta para o telefone como o Lucas fosse sair dali a qualquer momento para pegá-la.
- Ele é filho dos vizinhos dos meus pais. Onde você achou essa foto Rê?
- no instagram dele, mas só tem mais duas. - suspira como se aquilo fosse um insulto.
Me admira que ele tenha uma rede social, aquele homem grosseiro não deve interagir com muitas pessoas, não sei como pode ter uma carreira como advogado, imagina ele de terno, com aquela cara de mal, sacudo a cabeça, na intenção de impedir a mente de viajar, não seria uma boa.
- O que tem de bonito tem de arrogante, ofusca toda a beleza dela.
- Duvido, já viu esses olhos?
Olho minha amiga maluquinha e sim eu já vi esses olhos, bem de perto! São intensos e convidativos, meu Deus, o que está acontecendo comigo.
- Chega, vou procurar o que fazer, vocês duas hoje estão para o crime.
Coloco meu crachá indo em direção a porta.
- E o Arthur, está tudo bem entre vocês.
Virei observando Magali que não é de fazer esse tipo de pergunta, minhas amigas se olham como se algo estivesse muito errado.
- Está sim por quê?
- Por nada Rafa, só fiquei preocupada com você, afinal tem uns dias que a gente não se fala, queria saber se está tudo bem.
