cap 40

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Acordei ouvindo alguém me chamar, não dei muita importância e virei para o lado voltando a dormir.

Meu sono foi interrompido novamente por uma voz masculina que me chamava ao mesmo tempo que me sacudia.

- Vamo feiosa, acorda - ouvi a voz de Pedro

- Me deixa aqui Pedro - reclamei- deixa eu dormir

- Tá toda torta aí menina, vai deitar na sua cama - ele falou voltando a me sacudir

- Tô confortável assim - murmurei sentindo meu corpo cansado

- Se você não for eu vou te levar - ele falou parando de me sacudir

- Eu tô bem aqui Pedro, é sério- murmurei novamente

Senti uma das mãos de Pedro passar por de baixo das minhas pernas e a outra segurar minhas costas.

Pedro começou a caminhar em direção ao meu quarto, me colocando na cama com todo o cuidado possível.

- Eu tava super confortável lá- choraminguei me ajeitando na cama

- Tava sim, amanhã ia acordar com torcicolo - ele falou - Bom, quer mais alguma coisa feiosa?

- Não, só quero dormir - respondi

- Então eu já vou indo - ele falou pegando o telefone - tá tarde e você quer descansar

- Negativo, você não vai embora uma hora dessa - falei vendo o relógio em cima da gaveta ao lado da minha cama

- Relaxa feinha, ninguém vai me sequestrar - ele brincou guardando o celular

- To falando sério Pedro - esbravejei - dorme aqui comigo hoje

- Que isso cara, nem fui embora e já tá com saudade de mim - ele falou indo até a sala me deixando em dúvida

Ouvi barulho de sacola, ração da Pandora e das luzes sendo apagadas, logo Pedro voltou com um copo de água e meu celular na mão.

- A água é pra você tomar - ele falou- agora

- Obrigado - falei me sentando pegando a água e meu celular da mão dele

- De nada gata - ele falou se sentando na cama

Liguei meu celular vendo que a Cecí havia avisando que não iria dormir em casa hoje, alertei mais uma vez para tomar cuidado e bloqueei o telefone.

Tomei a água e me ajeitei na cama, Pedro tirou a camisa e se deitou também e apagou a luz do abajur.

Senti Pedro me puxar para perto dele e depositar alguns selinhos na minha boca.

- Isso tá virando rotina em - ele falou me dando mais alguns selinhos

- Hahaha nem me fale - falei - sei que você gosta de dormir agarrado comigo, pode assumir

- Gosto mesmo - ele falou fazendo um cafune em mim

Pedro levou sua mao até a minha nuca me puxando para um beijo, um beijo calmo sem segundas intenções.

- Boa noite Peu - falei dando um selinho nele e me deitando em seu peito

- Boa noite feiosa - ele murmurou voltando a fazer cafune

O clima estava perfeito, cafune, friozinho, um boy, realmente faltou apenas uma chuvinha.

O cafune estava tão gostoso que adormeci poucos minutos depois, aproveitando a sensação.

Despertei novamente, dessa vez sentindo uma dor insuportável, me contorci na cama na tentativa de aliviar a dor.

Virei para o lado já sentindo as lágrimas se formar nos meus olhos, levei minhas mãos até a minha barriga abraçando a mesma.

Comecei fazer uma massagem na minha barriga mas não adiantou muita coisa.

  - Que foi? - ouvi Pedro perguntar- tá com dor?

  - Sim, mas já vou pegar o remédio- falei com a voz de choro sentindo as lágrimas caírem

  - Deixa que eu pego - ele falou acendendo a luz - onde tá?

  - Buscopan, dentro da caixinha de remédios no meu guarda roupa- falei sentindo doer mais

Pedro caminhou até a cozinha voltando com um copo d'água, abriu a porta do meu guarda roupa pegando a caixinha de remédios.

  - Tem bolsa de gel? - ele perguntou me entregando o remédio - porra você tá pálida Giovanna

  - Tenho - respondi tomando o remédio- dentro da geladeira

Me deitei novamente fechando os olhos, Pedro voltou alguns minutos depois com a bolsa de gel.

Ele a enrolou em uma toalha e colocou na minha barriga tomando cuidado para não me queimar.

  - Quer uma massagem? Comer alguma coisa? - ele perguntou se sentando ao meu lado

  - Não Peu, pode voltar a dormir - murmurei olhando para ele

  - Com você pálida igual uma doida do meu lado? - ele falou - Relaxa, só vou dormir depois que a dor passar

  - A palidez é por conta da dor - falei - não vou infantar, fica tranquilo

  - Menos mal, não tenho dinheiro para pagar o PAF - ele brincou voltando para o outro lado da cama

  - Hahaha engraçadinho - falei fechando os olhos

  - Po de deixou mó assustado - ele comentou - já é branca, aí fica pálida já achei que era a noiva cadáver

  - Para de fazer eu rir Pedro - falei tentando não rir

Pedro murmurou um pedido de desculpas e me puxou para deitar perto dele.

Me virei para o lado contrário sentindo ele me abraçar por trás tomando cuidado com a bolsa de gel.

Pedro apagou a luz do abajur e logo senti ele depositar um beijo na minha cabeça e entrelaçar sua mão na minha.

  - Eu gosto de ficar assim com você feiosa - ele confessou com a voz rouca - É bom depois de um dia estressante, mesmo que seja com você morrendo

  - Eu também gosto de ficar assim com você Peu - falei fechando os olhos

Senti a respiração pesada de Pedro poucos minutos depois, indicando que o mesmo estava dormindo.

Sua mão descansava sobre a minha cintura, comecei a fazer um carinho na mesma.

As palavras de Pedro me fizeram pensar se nós não estávamos indo rápido demais.

Eu me conheço bem, sei que se continuar desse jeito vou acabar me apegando.

Em outras palavras, sou emocionada, Pedro é um puta de um gostoso maravilhoso, isso eu não nego.

Não quero compromisso agora, imagina só, menos de 2 meses em São Paulo e já entro em hm relacionamento.

Mas eu também nem sei se o Pedro quer um relacionamento, talvez seja só ficamento e depois amizade.

Meu Deus eu vou ficar doida se eu não der um rumo para essa situação.

Eu sei que, aqui, agora, abraçada com ele eu me sinto segura, ver a sua cara de preocupado quando eu fiquei com dor, sua atenção no que eu cantava e dizia sobre os filmes e sua voz rouca dizendo que gosta de ficar assim comigo.

Serio, se isso não é motivo para eu querer grudar nesse homem, eu não sei oque é.

Peguei o meu celular vendo que já passava das 3 da manhã, vi pelo reflexo que Pedro estava dormindo tão fofo.

Tirei uma foto e bloqueei o telefone colocando-o sobre a mesinha ao lado da cama, fechei meus olhos adoecendo poucos minutos depois.

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