Minha segunda-feira começou com S de socorro meu Deus que dor de cabeça da porra. Por pouco não joguei meu celular na parede quando o despertador tocou.
Me levantei somente a cara porque a coragem ficou deitada na cama quentinha. Peguei minha toalha e fui para o banheiro tomar um banho para ver se melhora essa minha cara de quem foi atropelada.
Liguei o chuveiro no morno aproveitando para amarrar meu cabelo em um coque, não estava com vontade nenhuma de lavar e secar ele.
Optei por vestir uma calça de alfaiataria azul e um cropped de amarração branco, calcei meu tênis da Nike e procurei pela minha bolsa azul para dar um charme no look.
Passei um pouco de corretivo para esconder as olheiras que estavam começando a aparecer ao redor dos olhos. Aproveitei para passar meu blush o mais claro possível um gloss rosa.
Borrifei um pouco do meu body splash e adicionei alguns acessórios, sai do meu quarto mandando uma mensagem para Clara avisando que iria passar para pegar ela.
- Bom dia nenens - falei me abaixando para fazer carinho nos filhotes que brincavam de se morder no chão
Coloquei um pouco de ração para eles e fui preparar o meu café da manhã, fiz um pão de forma com nutella e tomei o suco de laranja natural que estava na geladeira.
Voltei para o banheiro apenas para escovar os meus dentes e dar uma ajeitada no meu cabelo já que eu não estava com vontade de fazer nada muito elaborado nele.
Tomei um remédio para dor de cabeça e peguei o pingo no colo vendo que a Pandora já estava choramingando.
- Filha a mamãe vai ter que levar ele embora - me abaixei deixando ela se despedir do pingo - Quando der ele volta tá bom?
Ela me olhou e deitou a cabeça um pouco para o lado fazendo a carinha mais fofa do mundo, quando eu cogitei tirar uma foto ela saiu correndo.
Peguei minha bolsa e a chave de casa após conferir mais uma vez se estava tudo fechando e tudo longe do alcance da Pandora.
Desci de elevador até a garagem entrando no carro para poder colocar o pingo no banco do passageiro.
- Desculpa pingola - murmurei dando partida no carro - eu até ficaria com você, mas infelizmente seu dono é um cachorro pior que você
Liguei o som do carro deixando a rádio local tocar, cantarolei o pagode que estava tocando quando meu celular começou a tocar.
Olhei rapidamente para o visor indicando que Pedro estava me ligando, resolvi não atender já que ainda falta algumas ruas para chegar até a casa dele.
O trânsito da cidade pareceu estar colaborando com a minha manhã tranquila, o tráfego dos carros estavam até que ok nas ruas principais.
Entrei na rua do Pedro estacionando o carro em frente a sua casa, peguei o pingo no colo e respirei fundo antes de sair do carro.
- Qualquer dia a mamãe pega você tá meu amor - falei enquanto andava em direção a casa do embuste - e se aparecer alguma esquisita aqui você morde a canela dela pingo
Pingo fez um barulho como se tivesse entendido o que eu havia dito a alguns segundos atrás. Toquei a campainha da porta e esperei até que alguém aparecesse.
- Por que não atendeu o telefone? - Pedro falou com a voz grossa ao me ver na porta
- Porque eu estava dirigindo Pedro - murmurei sem emoção - tchau pingola, te amo muitão
Entreguei o pingo para Pedro e me virei para voltar ao meu carro ouvindo Pedro me chamar, me virei rapidamente para olhá-lo.
- Você tá linda - ele falou meio sem graça
- Obrigado! - respondi sem dar chance de Pedro falar mais alguma coisa
Continuei seguindo meu caminho até o meu carro dando uma última olhada nos dois meninos que estavam na porta me olhando entrar no veículo.
Dei partida no carro ligando para avisar a Clara que estava a caminho da casa dela, ela murmurou um "vamos parar em alguma padaria" me fazendo rir sabendo que ela estava com dor de cabeça assim como eu.
Cheguei na rua de Clara estacionando o carro em frente a casa dela, apertei a buzina duas vezes e esperei até que o raio de sol saísse.
- Bom dia margarida - falei vendo Clara entrar no meu carro
- Bom dia mana - Clara falou com a voz cansada - acho que duas noites de bebedeira não me fizeram bem
Dei risada vendo ela colocar o sinto e abaixar um pouco o banco do passageiro para que ela pudesse ficar um pouco deitada.
- Eu só queria minha caminha agora - ela reclamou pegando o celular que começou a tocar - Bom dia amor, já chegou na empresa?
Não precisei nem perguntar para saber que ela estava falando com o Léo no telefone, prestei atenção nas ruas em que dirigia.
Clara colocou o telefone no vivo a voz onde o som da voz do Léo saiu mais alto me possibilitando de ouvir a conversa.
- Bom dia Giih - o Léo falou do outro lado da linha
- Bom dia Léozao -murmurei fazendo uma curva
- Você e o Pedro brigaram hoje? - ele perguntou me fazendo murmurar um "não" - o cara tá puto da vida aqui, quase apanhei quando fui levar o relatório para ele
Léo me fez rir conforme ele foi falando sobre como a manhã dele e a de Pedro foram totalmente opostas uma da outra.
- Não vou nem brincar sobre esse mau humor dele - o Léo comentou - do jeito que tá capaz de ele me demitir
- E fora que esse mau humor dele vai continuar até vocês se acertarem - a Clara falou me olhando
- Verdade - ouvi a voz do Léo mais uma vez - estava começando a me acostumar a ver o Pedroca andando na linha
Revirei os olhos sorrindo, esse assunto já estava começando a ficar chato.
- Por que vocês não abrem um podcast pra falar sobre minha vida e a de Pedro? - perguntei irônica vendo Clara e Léo rir ao mesmo tempo
Clara tirou o telefone do vivo a voz após alguns minutos avisando a Léo que já estávamos chegando na loja.
Estacionei o carro em frente a loja e peguei minha bolsa descendo do carro. Abri a loja sentindo o meu coração bater mais forte ao entrar nesse lugar.
Apesar de estar cansada a sensação de vir aqui e fazer tudo do meu jeito, saber q estou conseguindo deixar várias pessoas felizes com o mínimo de roupa possível enche o meu coração.
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ENTRELAÇADOS
Teen Fiction[...] Quando você chegou eu perdi os sentidos o seu sorriso quase acabou comigo. Me acertou em cheio esse tal cupido o amor nasceu em mim!