Praguejei no exato momento em que abri os olhos, uma onda forte de dor invadiu minha cabeça me fazendo fechar os olhos com força.
Fiquei imóvel apenas sentindo o braço de Pedro me prendendo ao seu corpo pela minha cintura enquanto sua respiração pesada batia contra a minha orelha.
Fui obrigada a me levantar quando o calor e a vontade de fazer xixi se fizeram presentes no meu corpo.
Fiz o mínimo de movimentos possíveis para me livrar do braço de Pedro, finalmente consegui me sentar na cama.
- Droga, cadê a minha roupa? - perguntei para mim mesma ao notar que estava pelada
Tentei puxar o lençol para cobrir o meu copo, mas logo desisti e corri para o banheiro, choraminguei ao entrar no banheiro e notar a claridade vinda da janela.
Me olhei no espelho notando marcas vermelhas arroxeadas em algumas partes do meu pescoço e seios, além do cabelo totalmente desgrenhado.
Liguei o chuveiro no morno, me recuso a tomar banho na temperatura gelada, mesmo com um sol pra cada um lá fora.
Entrei debaixo da água deixando-a cair sobre meu cabelo me trazendo flashs da noite passada, sorri instantaneamente com as lembranças.
As mãos de Pedro percorrendo o meu corpo enquanto nos beijávamos como dois loucos a caminho do quarto dele.
A gente transando na cama, banheiro e até mesmo sofá como dois sedentos por sexo. Realmente, a noite foi muito quente.
Acabei demorando um pouco mais do que pretendia no banho, a dor na minha cabeça aumentava a cada movimento.
Lavei meu cabelo com os produtos que tinham dentro do box do banheiro de Pedro, alguns eram de marcas extremamente duvidosas.
Me enrolei na toalha seca que estava pendurada no gancho da parede. Limpei o espelho embaçado com a mão e me olhei no reflexo.
- Eu tô acabada, sangue de Jesus - murmurei abrindo a embalagem da escova de dentes
Escovei os dentes e procurei por um hidratante facial no armário do banheiro, acabei me contentando somente com o protetor solar que eu havia achado.
Sai do banheiro feliz pelo quarto ainda estar um pouco escuro devido as cortinas, vesti a camiseta que Pedro havia me dado ontem e vasculhei o chão do quarto em busca da minha calcinha e o samba canção.
Achei um pedaço de pano rasgado perto da cama, revirei os olhos ao ver que era a calcinha que eu estava usando ontem.
Andei até a gaveta do guarda roupa do Pedro e peguei uma cueca boxer na cor vinho, parecia ser nova já que ainda estava com a etiqueta.
Acabei desistindo de procurar o samba canção, ficando apenas de blusão e cueca. Cogitei a ideia de ir procurar um remédio, mas descartei assim que eu percebi que eu não sabia aonde eles ficavam.
Me deitei na cama ao lado de Pedro que ainda respirava fundo com o rosto sereno e o corpo relaxado enquanto dormia.
Peguei meu celular que estava sobre a cômoda e abaixei o brilho do telefone vendo que ainda não passava das uma da tarde.
Abri o WhatsApp rapidamente notando que nenhum dos meus amigos tinham acordado, então desligo o meu celular e decido fazer o mesmo que eles.
- Peu - chamei baixinho - ei, gatinho
- Fala - ele responde quase inaudível
- Deixa eu me ajeitar aqui be - falei ouvindo ele murmurar um "deixo" como resposta
Pedro abriu os braços deixando com que eu me aninhasse em seu peito, senti um beijo ser depositado na minha testa enquanto sua mão começava a fazer carinho no meu cabelo.
Apenas fechei os olhos e me permiti relaxar mais uma vez nos braços de Pedro, a sensação de tranquilidade me invadiu trazendo consigo o sono.
- Amor, acorda - ouvi uma voz de fundo me chamar
A voz que eu logo reconheci ser de Pedro continuou a me chamar até que eu abrisse os olhos por completo.
- Achei que não fosse acordar mais - Pedro brincou deixando um selinho na minha boca
- Tô com dor de cabeça Pe - murmurei - eu acordei primeiro que você, tomei um banho e voltei a dormir
- Tava mortão também - ele falou se deitando ao meu lado - nem vi você levantar
Peguei meu celular conferindo as horas, tomei um leve susto ao ver que já passava das quatro da tarde, me sentei na cama sentindo meu corpo cansado.
- Quer um remédio? - Pedro perguntou se levantando
- Quero - disse me levantando também - você já comeu?
- Não vida, levantei agora a pouco também - falou saindo do quarto
Fui até o banheiro lavando meu rosto e escovando os dentes rapidamente, penteei meu cabelo que já estava seco e fui para a cozinha.
- Vou fazer alguma coisa pra gente almoçar - falei - vai ser difícil encontrar algum almoço no delivery essa hora
Pedro concordou me entregando um comprimido junto com um copo de água. Comecei a preparar um macarrão ao molho branco, já que essa era a única opção rápida.
Pedro se encarregou de ir comprar um refrigerante me deixando sozinha naquela casa, o cheiro da calabresa fritando estava fazendo o meu estômago roncar de fome.
Misturei a calabresa junto com o molho enquanto cantarolava uma música que eu mal sabia a letra, mas a melodia não saia da minha cabeça.
- Tá falando em árabe feiosa? - Pedro murmurou
- Haha engraçadinho - falei irônica - pega uma travessa pra mim vai
- Travessa? - Pedro perguntou guardando o refrigerante na geladeira
- É Pedro - falei desligando o fogo - aquelas negócio de vidro grande, tipo tijela
- Ata, esse aqui - ele murmurou pegando a travessa dentro do armário
- Isso meu lindo - disse indo até ele - merece até um beijo
Deixei a travessa sobre a mesa e depositei um selinho na boca do Pedro, suas mãos foram para a minha cintura me puxando para um beijo.
- Trouxe chocolate pra tu - ele murmurou me fazendo sorrir
- Nossa, agora você merece mais dois beijos - falei beijando ele novamente
Pedro me encostou no armário enquanto me beijava com voracidade, suas mãos curiosas exploravam cada parte do meu corpo.
- A gente precisa comer Pe- murmurei aproveitando os beijos que agora estavam em direção ao meu pescoço
- Concordo, o prato principal tá aqui né - ele falou
- Me solta vai, palhaço - falei deixando um tapa fraco no braço do Pedro
Pedro me soltou após deixar um tapa estralado na minha bunda, revirei os olhos e coloquei o macarrão da panela na travessa.
- Eu não vou servir você - falei colocando os pratos sobre a mesa
- Chatona em - ele reclamou pegando o prato
Pedro colocou a comida dele e sem eu pedir ele serviu o meu prato também, agradeci a ele e peguei o refrigerante servindo para nós dois.
Terminamos de almoçar e eu aproveitei para fazer o grude do Pedro lavar a louça do almoço, ele ficou reclamando pra deixar pra lavar depois, mas logo me obedeceu.
- Lindinho, assim que eu gosto - brinquei tirando uma foto dele
Pedro mostrou a língua para mim mas logo voltou a se concentrar na louça, subi pro quarto e me joguei na cama, aproveitando aqueles lençóis macios.
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ENTRELAÇADOS
Novela Juvenil[...] Quando você chegou eu perdi os sentidos o seu sorriso quase acabou comigo. Me acertou em cheio esse tal cupido o amor nasceu em mim!