- A casa da Clara é igual casa de mãe- o Matheus falou entregando outra cerveja para Pedro- tem espaço pra todo mundo
Estávamos conversando sobre a quantidade de pessoas que tinham vindo para o churrasco da Clara.
Ela havia sido interrompida 3 vezes para ter que recepcionar os amigos dela que estavam chegando.
- Demais lek - o Léo murmurou comendo um pedaço de carne
- Isso que ela ainda nem começou a falar da festa de aniversário dela - comentei me sentando ao lado de Pedro
- Nem dá ideia para louco - o Leo falou rindo
Vi Clara aparecer na cozinha com uns 4 meninos e 3 meninas, aparentemente um pouco íntimos de Clara.
Pedro deu um cheiro no meu cabelo e colocou uma de suas mãos em cima da minha coxa.
- Pronto, esses foram os últimos convidados - Clara falou voltando para perto de nós
- Caralho amor, você chamou 24 pessoas, sem contar a gente, para um churrasco simples?? - o Léo perguntou ao ver Clara parar do seu lado
- Se não chamasse não seria ela - a Cecí respondeu nos fazendo concordar com a cabeça
- Aí gente, só tá aqui quem eu gosto - ela falou tomando um gole da sua caipirinha
- A gente sabe que não tá nem metade de todo mundo que você gosta aqui ami - falei fazendo ela sorrir
Ficamos ali zoando a Clara até a Lari nos chamar para dançar um pagode que estava tocando.
Estávamos dançando nós duas até a Clara e a Cecí se juntarem a nós, senti o olhar de Pedro sobre mim me fazendo virar para o mesmo mandando um beijo no ar para ele.
Vi ele sorrir e negar com a cabeça voltando a prestar atenção na conversa dos meninos.
- Giovanna ja já vai ficar boiolinha pelo Pedro - a Ceci falou
- Ela já tá - a Clara respondeu- ela não ficou assim nem com o Victor
- O Victor era um porre - falei - e não, não vou ficar boiola
- Aham - a Cecí falou - vou nem apostar com você porque daqui uns dias vou voltar para BH
- A mas eu posso apostar - a Clara falou
- Que mané aposta Clara - falei bebendo um pouco da caipirinha- se liga em
- Olha - a Lari falou- já tá até falando igual a ele
- Mas que saco em - falei rindo - vou fazer outro copo, alguém quer?
- Não precisa ficar com vergonha mana - a Cecí murmurou me entrando o copo dela - a gente sabe como é o amor
- Vai se foder Cecília- falei rindo enquanto saía em direção a cozinha
Abri a geladeira pegando alguns limões para fazer a caipirinha, procurei pelas gavetas da cozinha tentando encontrar alguma faca.
Já estava me estressado de tanto procurar quando achei o faqueiro do lado do micro-ondas.
Comecei a cortar os limões em rodelas, estava tão concentrada em cortar o limão em rodela fina que nem percebi a presença de outra pessoa na cozinha.
Ouvi um pigarreio atrás de mim e acabei me assustando e consequentemente cortando meu dedo com a faca.
- Que porra - xinguei lavando meu dedo na água corrente
- Mil desculpas moça - ouvi uma voz masculina se aproximando do meu lado - eu chamei mas você não ouviu
- Relaxa - falei avaliando o corte - não foi tão profundo
- Deixa eu ver - ele falou me fazendo olhar para ele, logo reconheci que era um cada do último grupo a chegar aqui
- Não precisa - falei voltando a lavar meu dedo
- Bom - ele falou - eu posso fazer um curativo se você quiser
- Eu tô bem - falei indiferente- é serio
- Eu sei que você ta bem - ele respondeu- mas um curativo vai te deixar bem melhor
Vi ele sair da cozinha antes que eu pudesse responder e parei de lavar meu dedo vendo que já não escorria tanto sangue.
Pensei em voltar a cortar o limão, mas lembrei que se qualquer gatinha encostasse no corte eu iria chorar pela ardência.
Coloquei as rodelas do limão que eu ja havia cortado dentro doa copos e peguei o resto das coisas parar terminar a caipirinha.
- Pronto - me virei vendo o cara com algodão, um tipo de soro e uma gase
- Você anda com tudo isso no carro? - perguntei vendo ele se aproximar
- Me machuco com mais frequência que o normal - ele respondeu pegando minha mão avaliando o corte - é, parece que não foi tão profundo
- Como eu disse.. - respondi vendo ele molhar o soro no algodão
- Mas de qualquer forma vou colocar a gase só para não cair qualquer resquício de líquido sobre o dedo - ele falou passando o algodão sobre o machucado
Fiquei em silêncio vendo ele fazer o curativo no meu dedo, realmente um band aid resolveria isso 10x mais rápido.
- Obrigado.... - falei e então notei que não sabia seu nome
- Murilo - ele falou como se já soubesse oque eu ia perguntar- e mais uma vez, mil desculpas...
- Gi... - comecei a falar mas logo fui interrompida
- Oque aconteceu Giovanna? - Pedro perguntou apontado para o meu dedo
- Me cortei - respondi simples tirando a minha mão da mão de Murilo
- Ela acabou se assustando comigo e cortou o dedo - Murilo respondeu olhando para Pedro - e como a culpa foi minha fiz um curativo nela
- Relaxa amor - falei para Pedro- não foi um corte profundo
- Tá suave mesmo? - ele perguntou me olhando
- Sim - respondi - mais uma vez, obrigada Murilo
- Por nada Gi - ele respondeu me fazendo perceber que não havia terminado de dizer meu nome, bom, até Pedro me interromper
Murilo colocou o soro em um canto e saiu da cozinha me dando uma última olhada depois de pegar uma cerveja na geladeira.
- Tem certeza que foi só um susto? - Pedro perguntou se aproximando
- Sim Peu - respondi - eu tava tão concentrada em cortar o limão certinho que não vi quando ele chegou
- Não gosto desse moleque - ele falou me puxando pela cintura
- E de quem você não gosta Pedro? - falei dando um selinho nele - termina de cortar o limão pra mim???
- Folgada você em feiosa - falou me dando alguns selinho
Pedro começou a cortar os limões e me mandou ficar sentada enquanto terminação de fazer a bebida.
Me peguei obversando o Pedro novamente, realmente esse homem não tem um único ângulo feio.
Cozinhando, dormindo, tomando banho, estudando ou até mesmo de gravata e terno, minha nossa, gostoso do caralho.
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ENTRELAÇADOS
Teen Fiction[...] Quando você chegou eu perdi os sentidos o seu sorriso quase acabou comigo. Me acertou em cheio esse tal cupido o amor nasceu em mim!