cap 47

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  - A casa da Clara é igual casa de mãe- o Matheus falou entregando outra cerveja para Pedro- tem espaço pra todo mundo

Estávamos conversando sobre a quantidade de pessoas que tinham vindo para o churrasco da Clara.

Ela havia sido interrompida 3 vezes para ter que recepcionar os amigos dela que estavam chegando.

  - Demais lek - o Léo murmurou comendo um pedaço de carne

  - Isso que ela ainda nem começou a falar da festa de aniversário dela - comentei me sentando ao lado de Pedro

  - Nem dá ideia para louco - o Leo falou rindo

Vi Clara aparecer na cozinha com uns 4 meninos e 3 meninas, aparentemente um pouco íntimos de Clara.

Pedro deu um cheiro no meu cabelo e colocou uma de suas mãos em cima da minha coxa.

  - Pronto, esses foram os últimos convidados - Clara falou voltando para perto de nós

  - Caralho amor, você chamou 24 pessoas, sem contar a gente, para um churrasco simples?? - o Léo perguntou ao ver Clara parar do seu lado

  - Se não chamasse não seria ela - a Cecí respondeu nos fazendo concordar com a cabeça

  - Aí gente, só tá aqui quem eu gosto - ela falou tomando um gole da sua caipirinha

  - A gente sabe que não tá nem metade de todo mundo que você gosta aqui ami - falei fazendo ela sorrir

Ficamos ali zoando a Clara até a Lari nos chamar para dançar um pagode que estava tocando.

Estávamos dançando nós duas até a Clara e a Cecí se juntarem a nós, senti o olhar de Pedro sobre mim me fazendo virar para o mesmo mandando um beijo no ar para ele.

Vi ele sorrir e negar com a cabeça voltando a prestar atenção na conversa dos meninos.

  - Giovanna ja já vai ficar boiolinha pelo Pedro - a Ceci falou

  - Ela já tá - a Clara respondeu- ela não ficou assim nem com o Victor

  - O Victor era um porre - falei - e não, não vou ficar boiola

  - Aham - a Cecí falou - vou nem apostar com você porque daqui uns dias vou voltar para BH

  - A mas eu posso apostar - a Clara falou

  - Que mané aposta Clara - falei bebendo um pouco da caipirinha- se liga em

  - Olha - a Lari falou- já tá até falando igual a ele

  - Mas que saco em - falei rindo - vou fazer outro copo, alguém quer?

  - Não precisa ficar com vergonha mana - a Cecí murmurou me entrando o copo dela - a gente sabe como é o amor

  - Vai se foder Cecília- falei rindo enquanto saía em direção a cozinha

Abri a geladeira pegando alguns limões para fazer a caipirinha, procurei pelas gavetas da cozinha tentando encontrar alguma faca.

Já estava me estressado de tanto procurar quando achei o faqueiro do lado do micro-ondas.

Comecei a cortar os limões em rodelas, estava tão concentrada em cortar o limão em rodela fina que nem percebi a presença de outra pessoa na cozinha.

Ouvi um pigarreio atrás de mim e acabei me assustando e consequentemente cortando meu dedo com a faca.

  - Que porra - xinguei lavando meu dedo na água corrente

  - Mil desculpas moça - ouvi uma voz masculina se aproximando do meu lado - eu chamei mas você não ouviu

  - Relaxa - falei avaliando o corte - não foi tão profundo

  - Deixa eu ver - ele falou me fazendo olhar para ele, logo reconheci que era um cada do último grupo a chegar aqui

  - Não precisa - falei voltando a lavar meu dedo

  - Bom - ele falou - eu posso fazer um curativo se você quiser

  - Eu tô bem - falei indiferente- é serio

  - Eu sei que você ta bem - ele respondeu- mas um curativo vai te deixar bem melhor

Vi ele sair da cozinha antes que eu pudesse responder e parei de lavar meu dedo vendo que já não escorria tanto sangue.

Pensei em voltar a cortar o limão, mas lembrei que se qualquer gatinha encostasse no corte eu iria chorar pela ardência.

Coloquei as rodelas do limão que eu ja havia cortado dentro doa copos e peguei o resto das coisas parar terminar a caipirinha.

   - Pronto - me virei vendo o cara com algodão, um tipo de soro e uma gase

  - Você anda com tudo isso no carro? - perguntei vendo ele se aproximar

  - Me machuco com mais frequência que o normal - ele respondeu pegando minha mão avaliando o corte - é, parece que não foi tão profundo

  - Como eu disse.. - respondi vendo ele molhar o soro no algodão

  - Mas de qualquer forma vou colocar a gase só para não cair qualquer resquício de líquido sobre o dedo - ele falou passando o algodão sobre o machucado

Fiquei em silêncio vendo ele fazer o curativo no meu dedo, realmente um band aid resolveria isso 10x mais rápido.

  - Obrigado.... - falei e então notei que não sabia seu nome

  - Murilo - ele falou como se já soubesse oque eu ia perguntar- e mais uma vez, mil desculpas...

  - Gi... - comecei a falar mas logo fui interrompida

  - Oque aconteceu Giovanna? - Pedro perguntou apontado para o meu dedo

  - Me cortei - respondi simples tirando a minha mão da mão de Murilo

  - Ela acabou se assustando comigo e cortou o dedo - Murilo respondeu olhando para Pedro - e como a culpa foi minha fiz um curativo nela

  - Relaxa amor - falei para Pedro- não foi um corte profundo

- Tá suave mesmo? - ele perguntou me olhando

  - Sim - respondi - mais uma vez, obrigada Murilo

  - Por nada Gi - ele respondeu me fazendo perceber que não havia terminado de dizer meu nome, bom, até Pedro me interromper

Murilo colocou o soro em um canto e saiu da cozinha me dando uma última olhada depois de pegar uma cerveja na geladeira.

  - Tem certeza que foi só um susto? - Pedro perguntou se aproximando

  - Sim Peu - respondi - eu tava tão concentrada em cortar o limão certinho que não vi quando ele chegou

  - Não gosto desse moleque - ele falou me puxando pela cintura

  - E de quem você não gosta Pedro? - falei dando um selinho nele - termina de cortar o limão pra mim???

  - Folgada você em feiosa - falou me dando alguns selinho

Pedro começou a cortar os limões e me mandou ficar sentada enquanto terminação de fazer a bebida.

Me peguei obversando o Pedro novamente, realmente esse homem não tem um único ângulo feio.

Cozinhando, dormindo, tomando banho, estudando ou até mesmo de gravata e terno, minha nossa, gostoso do caralho.

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