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Nate

Abro a porta do apartamento com Kate agarrada na minha cintura. Eu não sei se foi o anel no seu dedo, ou seu ciúmes da atendente do cartório. Mas quando meus lábios tocaram os seus, acabamos aqui. Não sei como dirigi, não sei em que momento minha jaqueta desapareceu, ou onde foi parar seu blazer. A única coisa que prestei atenção foi em seu gosto, no toque da sua língua e em suas mãos pelo meu corpo. Em como ela arrepia inteira ao ser beijada perto da orelha esquerda, e como suas unhas arrancaram minha pele quando agarrei seu corpo, prendendo suas pernas em mim. Eu preciso me controlar, ou no próximo momento de consciência vou estar dentro dela. Chuto a porta para fecha-la e Kate ri, se ajeitando no meu colo.

- Você precisa parar de fazer isso. - Prendo suas costas contra a madeira da porta, beijando seu pescoço. - Vou perder o controle.

- Exatamente isso que estou tentando fazer. - Sua língua brinca na minha clavícula. - Sua pele tem um gosto bom.

- Você joga sujo. - Desço suas pernas, até seus saltos tocarem o chão.

- Nunca disse o contrário. - Ela limpa alguma coisa no meu queixo. - Tem batom em você inteiro.

- Em você também. - Sorrio e me afasto, preciso de ar.

Preciso esquecer como sua cintura se encaixa perfeitamente entre minhas mãos, como seu beijo e seu gosto são os melhores que já provei. Preciso esquecer os sons que escaparam da sua boca quando suguei a pele do seu pescoço, das suas unhas marcando meu pescoço, do seu quadril tentando se esfregar contra meu jeans. Preciso esquecer das suas mãos dentro da minha camiseta, tocando minha pele, explorando meus músculos. Preciso esquecer os elogios ao meu corpo, aos meus lábios, minhas mãos.

- Vamos beber! - Seus olhos vão direto para a garrafa de whisky ao lado da tevê. - Talvez o álcool me ajude a quebrar essa sua marra.

- Você já me viu bêbado. Não muda nada. - Flashes dela ensinando minha irmã a fazer um boquete voltam. - Fico ainda mais consciente do meu corpo.

- Foda-se marido. Quero beber. - Seus dedos envolvem o gargalo da garrafa. - E você vai me acompanhar.

- Como você quiser. - Gosto muito de vê-la assim, apaga as memórias de uma outra Kate. - Quer um..?

Antes que eu consiga oferecer um copo, a garrafa já está em sua boca. Por algum motivo Kate ama whisky, apesar da bebida ser extremamente forte. Vejo sua garganta mexer algumas vezes enquanto o líquido desce. Ela termina, sorri e me estende a garrafa. Repito o que fez, bebendo o suficiente para minha garganta arder. Seus saltos se arrastam até a cozinha, escuto o armário abrindo e o isqueiro. Apesar de saber o quanto isso prejudica sua saúde, é sexy vê-la fumando, principalmente porque só faz isso comigo. Sigo seus passos sabendo que vai estar sentada na janela.

- Gosto de você me chamando de marido. - Deixo a garrafa na mesa. - E gostei de te ver com ciúmes.

- Aquilo... - Kate solta a fumaça, preenchendo o ambiente. - Aquilo não foi ciúmes Nathaniel.

- Ah, foi sim. - Puxo suas pernas, e ela cruza na minha cintura. - Não gosta de me imaginar com outra garota?

- Claro que não. Você gosta de me imaginar com outro? - Ela bebe mais um pouco. - Que horas é seu vôo? Precisamos arrumar suas coisas.

- Não, eu não gosto de te imaginar com outro. - Tiro a garrafa da sua mão. - Mas me acostumei a vê-la com outro e controlar meu ciúmes. - Coloco mais whisky na boca e beijo Kate.

Isso é divino. O gosto do cigarro e da bebida em seus lábios. Tudo isso misturado a sensação da sua pele na minha, do seu corpo no meu. É como se meu corpo queimasse, ter tanto e não fazer nada. Minha promessa era que não tocaria nela até se casar comigo, e agora que oficialmente carrega meu sobrenome, é quase impossível me controlar. Sua mão livre puxa minha camiseta para cima, e pela primeira vez em quase seis meses, não me importo. Ela merece, nem que seja um pouco.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora