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Kate
Sinto a pressão na entrada, pedindo passagem lentamente para dentro de mim. Com uma calma quase assassina Hero puxa meu quadril para trás, me fazendo acolhe-lo centímetro a centímetro, rasgando lentamente meu corpo, como se nunca estivesse dentro de mim antes. Solto o peso dos braços, jogando minha bunda ainda mais para cima, enfiando o rosto no travesseiro. Um tapa forte acerta minha bunda, tirando um gemido alto de dentro de mim. Sorrio involuntariamente quando sinto o entrar e sair lento, torturante, me impedindo a pedir mais. Impulsiono o quadril contra a investida, fazendo barulho ao chocar os corpos.
Hero da duas voltas com meu cabelo no braço, me fazendo voltar a posição inicial, e sentindo-o mais fundo. Eu sei que ele ama puxar meu cabelo, já disse isso algumas vezes, e não posso negar que o sentimento é recíproco. Outro tapa, mais forte, e outro gemido alto me escapa, ele está fazendo de propósito.
- Se quer que eu grite é só pedir. - Sorrio por cima do ombro, e ele puxa meu cabelo mais forte, chocando o corpo mais forte, mais fundo.
- Se quiser... - Não consigo ver, mas sei que está sorrindo.
- Não é Nate que está no quarto ao lado. - Digo e recebo um tapa como resposta.
O som estralado do vai e vem compassado preenche o ambiente, abafando os tapas que queimam em minha bunda. Hero parou de brincar, o suor já cobre nossos corpos, e o ritmo acelerado faz a cama gemer. Escuto algo bater na parede oposta, Josephine está incomodada. Sinto o puxão no cabelo mais forte, levando minhas costas de encontro com seu peito. Sua mão solta meus cabelos, mas só até encontrarem meu pescoço. Nessa posição sinto meu corpo ser aberto sem dó, sinto a prova dos meus orgasmos escorrer pelas coxas, e nosso suor se misturar.
- Quero você cavalgando em mim até não ter mais forças. - As palavras saem entre dentes, e Hero puxa minha pele com eles também. - Goza linda.
Sua outra mão encontra meu clitóris, sem qualquer resquício de delicadeza, me levando ao delírio automaticamente. Caio na cama exausta, ainda com as contrações do orgasmo, e escuto Hero rindo. Ele encara meu rosto, e se deita, exibindo a prova de está bem longe de estar satisfeito. Demoro alguns segundos para reunir as forças necessárias para mover o corpo, tempo suficiente para que ele envolvesse o pau, já sem camisinha, com a mão, brincando para cima e para baixo.
- Tenho outros planos. - Seus olhos estão encarando minha boca.
- Achei que não fosse pedir nunca. - Me ajoelho, prendendo o cabelo, ainda encarando seus movimentos lentos. - Está pensando na imagem que sugeriu mais cedo?
- Você fala demais. - Hero usa minhas palavras de propósito.
- Vai negar que não se imaginou entre nós duas? - Substituo sua mão pela minha e ele fecha os olhos em aprovação.
- Com aquela bunda, não tem como pensar em outra coisa. - Sua voz sai arrastada. - Pena que nunca vai acontecer.
- Josephine nunca iria pra cama comigo. - Envolvo a cabeça de seu pau com os lábios e ele xinga.
- Eu sei. Mas um homem tem direito de sonhar. - Sua mão segura o coque em meu cabelo, e seu celular toca. - Merda.
Hero atende, tentando fingir que não está com o pau entalado em minha garganta, e só pelo seu olhar, sei que é ela. Chupo com mais força, ignorando a conversa, apenas aproveitando o que aquela homem tem a oferecer. Olhos verdes me advertem para ir mais devagar, mas faço o contrário. Envolvo o pau com as duas mãos, afastando a boca só o suficiente para sussurrar: "convide ela para se juntar a nós". Hero fala alguma coisa entre dentes e joga o celular no chão antes de me fazer engasgar com todo seu orgasmo preenchendo minha garganta.
- Isso foi golpe baixo. - Ele sorri ao limpar com o polegar a porra escorrendo em meu queixo. Seu dedo invade minha boca, e eu o sugo com força. - Agora sim.
- O que ela quer? - Me sento, encarando a semi ereção diante de mim.
- Ela saiu. - Hero ri. - Não vai ter o que quer baixinha.
- Cala a boca, você está fantasiando isso sozinho.
- Admito que seria uma cena e tanto, mas estamos falando de Josephine Langford. - Ele se senta. - Primeiro que nem comigo ela toparia.
- É o que vamos descobrir em breve. - Limpo o suor em sua testa. - Quarto bonito.
- Ela me conhece. - O fogo de seus olhos já se foi. - Mas até eu me impressionei.
- Quando você vai contar?
- Nunca. - A dor em seus olhos encontra a minha, como se fossem almas gêmeas.
- Você a ama caralho, para de se privar.
- Desculpa. - Hero seca uma lágrima que eu não senti escorrer. - Desculpa por não ser fácil assim.
- Faça isso por mim então. Só... Só não deixe que esse sofrimento seja em vão. - Respiro fundo. - De a ela o que eu não posso ter.
- Kate porra! - Ele se levanta. - Não faz sentido.
- Não era pra acontecer Hero, não se culpe. - Me ajoelho na cama, ficando na altura de seus olhos. - Você tentou.
- Não desisti ainda. - A verdade no verde de seus olhos dói. - Não é o fim.
- Pare de tentar, por favor. - Beijo seus lábios. - Não precisa. Não sou a garota que você conheceu, não é o fim do mundo pra mim.
- Mas e o que você sente?
- Eu sei lidar com isso. - Sorrio. - Você avisou que não namorava, entrei naquele carro porque quis.
- Eu... Eu... - Cubro sua boca com meus dedos.
- Não fala. - Sorrio de novo. - Não sem ser verdade.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora