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Kate
Odeio a ideia de ir até o apartamento novo dos dois, mas a necessidade e a saudade falam mais alto. Josephine me odeia, eu sei disso, mas só porquê posso estar nos lençóis com aquele que tanto deseja. Os dois são burros de não perceber o que sentem, e de negar a atração estampada em seus olhos. Quero irrita-la de propósito, não porque não gosto da garota, mas porque eu posso fazer isso. Esta um frio cortante lá fora, mas escolho uma saia de couro e um top que não pede o uso de um sutiã. Me olhando no espelho, pareço a mesma Kate daquele dia no bar, mas ao mesmo tempo, não me reconheço.
É incrível como eu cresci nesse um ano, não literalmente, já que não ganho centímetros desde os doze anos, mas a mulher que sorri pra mim é uma que não conheço ainda. Troco a calcinha propositalmente, Hero ama uma renda vermelha. Peço um Uber, chegando rápido demais ao prédio. Hero vai demorar mais cinco minutos, o que me dá algum tempo com a loira lá em cima. Cumprimento o porteiro, avisando que vou subir, com um pouco de charme, e decote de sobra, ele não me anuncia. Espero alguns segundos para chamar o elevador, sorrindo para o homem que me liberou. Quando paro diante da porta, meu celular apita, Hero chegou. Mando uma mensagem para esperar um minuto para subir e toco a campainha. Josephine me recebe mau-humorada, claramente precisa de sexo, só pelo meio sorriso que recebo em resposta.
- Ah, você? Não acredito que Hero já te chamou.
- Posso entrar na casa do meu namorado? - Sorrio propositalmente, testando sua reação. Ciúmes ferve de seus olhos. Porque eles não acabam logo com isso?
- Entrar você pode, mas tenho certeza de que não tem namorado nenhum aqui. - Ela se irrita quando entro de uma vez. - Hero não chegou ainda.
Não respondo, espero a campainha tocar e saio rebolando para atender. Consigo sentir o olhar assassino em mim, então arrumo meu decote, e sorrindo, abro a porta. Hero está olhando para o celular, mas pelo modo que desvia do meu corpo, sei que me viu. E depois de despejar qualquer coisa que seja em Josephine, me encara. Sinto os olhos verdes queimarem meu corpo, e quase derreto ao ver a língua molhar os lábios. Porco sujo. Ele sabe o que está fazendo comigo.
Fico parada encarando a cena dos dois abraçados, e entendo perfeitamente Josephine, é incrível. Preciso conter as lágrimas ao ver a pureza com que os dois se tocam, a calcinha de Jo é minúscula, mas Hero a segura pelas coxas ao abraça-la. Como o homem que me ajudou a quebrar um estúdio de ballet pode ser tão carinhoso com uma mulher semi nua? Eu o amo.
Josephine se vira, e até os meus olhos se fixam na bunda extremamente redonda que a vagabunda tem. Hero ri pra mim.
- Ela poderia vestir um shorts para te ver né?
- Quem? Jo? Ela está sem? Não percebi. - Mentiroso. A porta bate e ele ri de novo. - Vai lá, aposto que seria uma cena e tanto.
- Você deve sonhar com isso todos os dias. - Mostro o dedo para ele.
- Não tinha passado pela minha cabeça, mas vou guardar pra quando precisar. - Seus olhos encontram meu decote. - Tudo isso para Josephine?
- Vai a merda por favor. - Saio andando pelo corredor, e ele me segue.
- Quem diria baixinha, babando em uma mulher assim. - Hero fecha a porta do próprio quarto e encara o lugar. - Ela tem bom gosto.
- Eu diria que é cega. - Chuto os saltos e ele me encara. - Deixando passar um homem desses.
- Josephine não é como a gente, ela não precisa do sexo para... Você sabe. - Hero puxa a camiseta para cima.
- A garota precisa de sexo urgentemente, parece uma velha ranzinza. - Encaro a cama. - Me diz por favor que essa parede não dá para o quarto dela?
- Parece que sim. - Hero solta a calça jeans no chão, mostrando o volume já marcado na cueca branca. - Depois eu vou me redmir, estou duro desde aquela foto.
- Quantos dias? - Solto o top e a saia e seu olhar queima meu corpo.
- Desde a sala de ballet.
É a última coisa que ele diz, antes de revindicar minha boca, com tanta pressa, que me tira o ar. Seus dedos se enroscam nos cabelos da minha nunca, e sinto a parede nas minhas costas. Seu desejo é palpável, literalmente, a ereção se choca com a minha barriga. Conhecendo o suficiente, três dias sem sexo pedem medidas drásticas. Cruzo as pernas em sua cintura e ele geme em aprovação. Não sinto a renda rasgar, nem sei como ele vestiu a camisinha, mas sua entrada é arrebatadora. Hero me preenche tão rápido e tão fundo, que meu estômago reclama de não ter comido alguma coisa antes.
Não me importo de ser exatamente o que ele precisa, de deixar que gaste sua energia acumulada dentro de mim, é exatamente isso que eu quero, distração. Gozo quatro vezes, sem privação ou joguinhos, apenas o puro prazer de um orgasmo. Ele consegue, mesmo sem se dedicar, fazer meu ventre se contorcer de puro prazer. Hero xinga quando aperto seu pau dentro de mim, segurando meus pulsos para cima, enquanto vai de encontro com sua libertação. Ainda contra a parede, ele beija minha têmpora e sorri preguiçoso.
- Desculpa. - Ele deixa minhas pernas escorregarem até o chão.
- Você não precisa se desculpar, não comigo. - Mal sinto o piso de madeira sob os pés. - Estou aqui pra isso.
- Cama. - Hero amarra a camisinha cheia de joga no chão. - Vamos ver o quanto você ainda pode aguentar.
- Você é mau. - Sorrio e caminho cambaleando, até cair no colchão macio.
- Eu sei que não preciso repetir, mas, não quero ouvir um barulho escapando dos seus lindos lábios. - Ele se ajoelha na minha frente.
- Você fala demais. - Sorrio ao ver os olhos brilharem com a provocação.
Eu amo essa tortura deliciosa de sua língua, sentir o prazer por longos minutos, sem poder explodir de uma vez. Na primeira vez achei que iria partir em pedacinhos, aos poucos me acostumei com a sombra do que estava por vir. Eu não sei como alguém consegue chupar tão perfeitamente. Consigo sentir os choques elétricos pelo meu corpo, todos partindo de um só ponto, abastecido com terminações o suficiente para me fazer delirar. Não sei qual a mágica que ele tem, ou a precisão, mas tenho certeza de que se passaram dez longos e tortuosos minutos até meu orgasmo realmente acontecer. Senti a onda de prazer invadir meu corpo com tanta força, que cortei o lábio para impedir qualquer som de escapar da minha boca. Com certeza o orgasmo mais longo da minha vida, ele sempre consegue se redmir.
- Temos um novo recorde. - Hero beija minha barriga, rindo. - Sete minutos e meio. - Ele joga o celular ao meu lado.
-  Parecem horas. - Giro para o lado, sem sentir as pernas.
- Sem molhar o quarto inteiro. - Seu pau ainda está duro, pedindo por muito mais. - Muito bem treinada. - Sua mão acerta minha bunda, fazendo o local formigar.
- É mais intenso... - Balanço o quadril o chamando.
- Pelo visto não o suficiente. - Ele abre a gaveta ao lado da cama, pegando uma camisinha.
- Tem muita coisa na minha cabeça ainda. - Fico de quatro, jogando o cabelo.
- Vamos esvazia-la então.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora