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Kate

Nate fica me encarando um tempo, seus olhos se perdendo pelo meu corpo. Ele sorri e avança mais um pouco para dentro da sala, avaliando as coisas ao redor. Finalmente ele sorri e começa a empurrar o sofá para dentro do seu antigo quarto, volta e leva a televisão para o mesmo lugar. Tento ajudar, empurrando o raque, mas ele se livra disso também.

- Ok. Prenda o cabelo. - Ele sorri. - Você tem muito cabelo, é fácil te imobilizar a partir dele.

- Sim senhor. - Faço um coque com os fios embaraçados.

- Me ataque. - Ele cruza os braços e para a pouco menos de um metro de distância.

- Como assim?

- Você derrubou Victoria facilmente pelo que me contaram. - Ele sorri. - Sabe alguma coisa de luta?

- Ela caiu porque não sabe andar de salto. - Sorrio. - Você é um guarda roupa, não tem como eu te derrubar.

- O tamanho do seu inimigo não é importante se você sabe onde bater. - Nate continua de braços cruzados. - Afaste as pernas na altura do seus quadris, o lado dominante atrás.

Faço o que ele disse, tentando inutilmente não me distrair com seu corpo semi nu na minha frente. Ele sorri.

- Você sabe que sou mais forte e que sei me defender. Como você me derruba? - Ele continua ali, parado, de braços cruzados.

- Um chute no saco? - Sorrio.

- É uma boa escolha, mas é a mais inteligente? - Nate separa as pernas um pouco. - Chuta.

- Oi? - Saio da posição. - Não vou te chutar aí, gosto dele.

- Não vai me machucar. - Ele ri. - É só chutar, com toda sua força.

Espero que ele saiba o que está fazendo. Preparo meu chute e antes que meu pé chegue ao objetivo, Nate agarra meu tornozelo e me gira, me derrubando no tapete. Sinto o impacto no ombro, mas o tapete amacia a queda. Ele me estende a mão e me ajuda a levantar.

- Use o joelho se for atingir um homem entre as pernas. - Seus lábios tocam os meus por um segundo. - É fácil perder o equilíbrio se alguém segura seu pé. Se você usar o joelho, pode se segurar na pessoa.

- Você podia ter falado isso antes de me derrubar. - Amarro o cabelo outra vez.

- Não tem tanta graça. - Ele ri e se afasta. - Soque meu rosto.

- Você é masoquista ou algo assim? - Sorrio. - Não quero te bater.

- Como você quer aprender então?

- Não sei, com protetores, luvas e um colchão no chão?

- Se você aprender a socar de luvas, e com protetores, sua mão vai quebrar se precisar fazer isso sem. - Ele sorri. - Foi assim que meu irmão estourou a mão batendo em Alex.

- Eu não quero te bater. - Cruzo os braços.

- Você não vai me machucar. Eu juro que não vou quebrar seu braço. - Nate cruza os braços mais uma vez. - Nem te derrubar no chão.

- Um soco? - Pergunto.

- Se você conseguir acertar mais de um. - Ele da de ombros. - Não vou me defender ou desviar, quero ver sua força só.

- Ok. - Sorrio e arrumo as pernas como ele disse. - Onde?

- Onde você quiser. - Ele solta os braços. - Você quem sabe onde deve acertar, não é seu inimigo que escolhe.

Fecho a mão como Hero me ensinou, espero não quebrar os dedos dessa vez. É só acertar os nós dos dedos com força,  eu consigo. Sorrio e acerto seu peito com a mão direita, escutando o estalo da pele, mas só sinto uma parede de músculos no impacto. Nate ri e segura minha mão, procurando por alguma coisa quebrada.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora