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Kate

Acabei de perceber que chupei um pau na frente de duas pessoas. Faz muito tempo desde que fiz isso, meus corpo perdeu o controle, quando vi estava tentando seduzir um pau de borracha preso na parede. Me afasto devagar, trocando olhares com Mercy. Ela está assustada, mas alguma coisa estranha ocupa seu olhar. Concordo com a cabeça, abrindo espaço para ela tentar mais uma vez.

Amarro o cabelo e decido olhar para Nate, graças a Deus ele está de olho fechado. Não sei o quanto ele viu, mas pelo jeito que seu peito se move, e como as mãos estão agarradas ao tecido do sofá, suponho que viu o suficiente. Desço o olhar só um pouquinho, para achar exatamente o que eu imaginava, um volume esquisito na calça jeans. Essa abstinência de sexo vai matar nós dois a qualquer momento. Eu sei que ele não transou desde que veio morar comigo, o que significa que estamos vivendo a um passo que explodir. Escuto Mercy engasgar, e desvio o olhar.

- Como você faz isso sem morrer? - Ela ri, completamente alheia a nossa situação.

- Se você tentar respirar na hora errada, você vai estar colocando saliva e um pau na sua traquéia. - Coloco seus dedos na minha garganta. - Você precisa abrir a passagem para o esôfago, forçando um pouquinho. Assim. - Repito o movimento tão costumeiro. - Sentiu?

- Não. - Mercy ri, colocando os dedos no próprio pescoço. - Não faço ideia do que você fez.

- Força a língua para baixo. - Seguro eu mesma seu pescoço. - Com mais força.

- Isso é impossível. - Ela tosse mais um pouco. - Credo.

- São anos de prática. - Sorrio e pego minha taça do chão. - Não é do dia pra noite que você vai conseguir passar um pau pela sua garganta.

- Eu precisava começar com um tão grande? - Ela pega a própria taça, e bebe todo o conteúdo. - Isso da sede.

- Sim, tem muito ar descendo junto. - Viro minha taça também.

- Ele morreu? - Mercy cutuca a perna do irmão com o pé.

- Algo parecido com isso. - Nate responde rouco. - Preciso de um segundo.

- Quer ir no banheiro? - Me levanto para buscar mais queijo.

- Se eu me mexer vai ser pior. - Ele respira fundo. - Só me deixa quietinho aqui.

- Caralho. - Mercy bate palmas quando me sento na sua frente de novo. - Você nem tocou nele.

- Se comporta. - Coloco o pote de queijo no chão, e sirvo nossas taças. - Ele precisa respirar.

- Um dia vou crescer e ser como você. - Ela pega um queijo e morde.

- Não diga isso. - Olho feio pra ela.

- Ah Kate, enfie sua modéstia no cu. - Adoro Mercy bêbada. - Olha o estado do meu irmão só de te ver chupando aquilo. Eu não tenho um pau e quase gozei.

- Eu tenho um. - Nate abre os olhos. - E eu te entendo maninha. - Ele leva a taça até os lábios, bebendo um pouco. - É impressionante.

- Ah vão a merda. - Começo a rir. - Eu me empolguei tá bom? Não era pra ter acontecido isso.

- Como que se empolga sendo asfixiada por borracha? - Mercy as vezes deveria calar a boca.

- Primeiro que eu não estava me asfixiando com o Jhonyy. - Pego mais um pedaço de queijo. - Segundo que estou privada dos meus prazeres.

- Que péssima hora para começar a terapia. - Ela ri, encarando o irmão.

- Fico feliz em saber que duas semanas de abstinência te deixaram assim. - Nate estica o braço para pegar o queijo. - Imagino que quando se casar comigo, vou receber a versão melhorada dessa falta de controle.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora