Empowered Women - A história de Kate

25

Kate
Acordo com o toque de beijos por todo meu pescoço. Meu corpo tá completamente dolorido, sinto algo quente embaixo do meu corpo e só então abro os olhos. Hero está sorrindo, seus olhos parecem cansados, mas seu rosto continua perfeito. Dormi em seus braços, e provavelmente ele não conseguiu dormir nessa cama ruim, me sinto envergonhada por não ter percebido que adormeci com ele ainda aqui. Olho para as minhas mãos, elas não estão mais enfaixadas, apenas com um curativo em cada palma, sorrio mais uma vez, involuntariamente.
- Troquei seus curativos. - Hero sorri. - Mas você precisa tomar alguma coisa para dor.
- Estou bem. Não é como se eu nunca tivesse passado por isso. - Encaro minhas mãos.
- Eu estava falando sobre aqui em baixo. - Sua mão envolve meu sexo, trazendo um calor bem vindo para a dor.
- Não preciso de remédio, fui estuprada por anos lembra? Eu aguento uma dorzinha ou outra. - Beijo sua boca, mas ele me afasta.
- Kate, é sério. Você se machucou. - Seus dedos acariciam minhas coxas. - Não me provoca.
- Eu preciso de um alívio para a dor. - Puxo minha blusa de moletom de uma vez. - E você não vai me negar.
- O que você quer só vai te machucar mais. - Sua voz falha quando beijo seu pescoço. - Kate é sério.
- Eu aguento. - Me esfrego em seu colo, mas o atrito da calcinha com a minha pele me faz parar.
- Não, você não aguenta. - Ele me beija e me coloca sentada na cama. - E é muita tentação o que você está fazendo.
Hero se levanta, alongando o corpo. Ele fica lindo só de cueca e com carinha de sono, queria ter a sorte de acordar ao lado desse homem todos os dias. Alongo o corpo também, estralando todas as articulações e ele ri.
- Você sempre acorda assim? Se quebrando inteira? - Seus dedos tocam meu rosto.
- Uma bailarina não se mantém em pé sem alongamentos. - Sorrio beijando seus dedos.
- Posso te ver dançar? - Sua pergunta sai acompanhada de um sorriso tímido.
- Agora? - Me levanto.
- Você consegue dançar machucada assim?
- Eu consigo dançar em qualquer situação Hero. - Beijo seus lábios e me afasto. - Vou tomar um banho e me arrumar. Sei que a cama é ruim, mas dorme um pouco. Meu estúdio é aqui perto.
- Não preciso dormir. - Hero cruza os braços.
- Precisa sim. - Sorrio e entro no banheiro.
Quando saio do banho, ele está apagado na cama, enrolado no meu edredom, parece um anjo. Visto minhas roupas com calma, ele precisa descansar depois de passar a noite toda cuidando de mim. Saio do quarto e minha mãe está apagada no sofá, procuro algum comprimido para dor, e só para não passar mal, como duas torradas com chá. Quando vou dançar por prática, eu gosto de estar toda a caráter, mas no caso de hoje, moletom e a única coisa que consigo vestir, tudo machuca e incomoda. Minutos depois estamos estacionando na frente do estúdio. Destranco a porta e deixo ele entrar, trancando logo em seguida, hoje é domingo então não é uma boa ideia correr o risco de algum curioso entrar. Abro minha sala e me sento no chão para vestir as sapatilhas, enquanto isso Hero parece nervoso encarando todos os espelhos. Não pensei exatamente no que vou dançar, então demoro um pouco a mais de tempo amarrando as sapatilhas. Escolho uma música no celular e conecto no som da sala, e deixo a melodia me guiar. Gosto da liberdade de poder criar, reinventar aquilo que eu já sei. Vejo borrões de mim e de Hero ao girar e saltar pela sala pequena, meus músculos estão guiando meus movimentos, fazendo aquilo que aprenderam durante anos. Deixo toda frustração do que aconteceu ontem sair na ponta dos pés, a melodia é calma mas a dança é triste.
A música acaba e minha mão é puxada até meu corpo se chocar com ele. Não percebi que estava chorando até Hero enxugar minhas lágrimas. Suas mãos estão na minha cintura, e por algum motivo, seus olhos queimam em puro tesão.
- Você nasceu pra isso Kate. - Sua voz falha. - Se todos que te conhecem soubessem desse talento. Você não demonstra seu lado delicado com as pessoas.
- Não. Só meu lado forte. Assim ninguém pode me machucar. - Sorrio.
- Ninguém vai te machucar baixinha, não mais. Eu te prometo. E se alguém tentar, eu vou estar lá para te proteger. - Sua boca toma a minha em um beijo desesperado.
Todo o controle que Hero estava demonstrando lá no quarto se desfaz, não existe cuidado na forma como me beija, em como suas mãos reivindicam meu corpo. É impossível não se entregar em meio a tanto desejo. Meu corpo está em chamas, seus beijos fazem maravilhas em meu pescoço, transformando a dor em meu sexo em calor e umidade. Sua blusa vai parar no chão em segundos, seguida da minha. Meu top de academia faz Hero rir, provavelmente porque eu nunca estou usando algo em baixo da blusa. Abro sua calça, me atrapalhando toda com o cinto, mas preciso tocar, preciso desse alívio que ele me trás.
- Você tem camisinha? - Pergunto envolvendo seu pau com os dedos.
- Não quero te machucar... - Sua voz sai rouca e arrastada. - Porra...
- Você não vai me machucar. - Imploro enquanto masturbo seu pau.
- Não posso dar o que você quer.. - Hero segura meu pulso. - Estou com saudades demais para prestar atenção linda.
- Não precisa. - Pisco os cílios o mais sexy que consigo. - Eu gosto.
Alguns segundos se passam enquanto Hero encara meus olhos. Eu sei que ele está morrendo de tesão, seu pau pulsa na minha mão, pedindo mais, não vai aguentar me negar por tanto tempo. Suas mãos se livram do meu top, mas algo em seu olhar mudou.
- Mantenha suas mãos aqui. - Hero da dois tapinhas na barra a minha direita.
- Na barra? - Estou confusa.
- Eu não sei o nome disso Kate. - Ele sorri e fecha o zíper da calça. - Só não tire suas mãos daí.
Concordo com a cabeça e me seguro onde ele mandou. Hero faz um sinal com os dedos, me mandando ficar de frente para o espelho, me viro e fecho os olhos. Não gosto do meu reflexo, nunca gostei, muito menos com pouca roupa, e pior ainda quando meu corpo está machucado. Sinto minha calça descendo pelas coxas, e ajudo ele a se livrar do tecido, o mesmo com a minha calcinha. Estou completamente nua, só de sapatilha, em uma sala de ballet. Controlo a ansiedade, é só Hero, você confia nele. Meu cabelo é preso, o que me faz arrepiar. Até hoje não perguntei como ele é tão habilidoso em prender cabelos. Algo toca minha mão direita, subindo lentamente até meu ombro, onde sinto sua respiração me arrepiar.
- Abra os olhos Kate. - Sua voz voltou a carregar toda a vontade que tinha antes.
Abro os olhos e me espanto com o que vejo, nunca me vi tantas vezes, de tantos ângulos, é como se eu me olhasse com outros olhos. Hero beija meu pescoço, sua mão direita segura minha cintura, e a esquerda solta uma das minhas mãos da barra. Estou nervosa, mas ao mesmo tempo estou curiosa com tudo isso. Hero apoia minha mão na minha barriga e sorri através do espelho. Encaro seus olhos, o verde neles é de uma exitação diferente. Tento tirar minha mão da dele, mas ele nega com a cabeça e volta a beijar meu pescoço. Minha mão é arrastada até meus seios, e se ele espera que eu me toque diante dele, pode ir tirar o cavalinho da chuva.
- Você tem noção do quanto você é linda? - Hero encara meu reflexo no espelho.
- Eu não vou fazer isso. - Tento me soltar de seus braços, mas é inútil.
- Você é uma mulher incrível Kate, só você não vê. - Seus dentes puxam o lóbulo da minha orelha. - Sua pele é tão macia.
- Hero é sério. Eu não vou fazer isso. - Minha voz falha quando sua mão envolve meu pescoço.
- Você precisa amar seu corpo. - Sua mão leva a minha até o meio das minhas pernas. - Você não disse que precisava ser distraída?
- Por você. - Sua mão solta meu pescoço e ele se afasta. - Hero...
- Se você não tá preparada pra isso, tudo bem, mas eu te conheço baixinha. - Seu sorriso safado me faz sorrir também. - Sexo é prazer, é amor, é se doar para a outra pessoa. E você está precisando se doar um pouquinho para você mesma.
- Você quer que eu me masturbe na frente de um espelho? Em pé? - Levanto as sobrancelhas e ele ri.
- Eu não quero nada. - Hero da de ombros e desce o zíper da calça, deixando o tecido cair no chão. - O corpo é seu, você faz o que quiser com ele lembra?
- E você vai ficar parado aí me olhando? - Encaro o volume em sua cueca e volto a olhar seus olhos.
- É uma bela cena para um domingo. - Hero da de ombros. - Não tenho o dia todo.