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Kate

Deito a cabeça no meu travesseiro as oito da manhã, depois da noite mais incrível da minha vida. Ainda posso sentir o gosto daquele beijo, o cheiro daquele corpo, a textura de sua pele, a maciez de seu cabelo entre meus dedos. Hero é o que posso chamar de pedaço de mau caminho. Aquele homem me levou a lugares jamais explorados dentro do espectro do prazer. Consigo sentir o vazio que aquele pau deixou dentro de mim, além de inchada e dolorida, é claro. Ele não tem fim, não cansa, não esgota, simplesmente não para até seu corpo não aguentar mais. Não consigo acreditar que gozei dez vezes em um noite, dentro de um carro apertado, tenho medo de descobrir do que ele é capaz com uma cama a sua disposição. Bom, posso descobrir isso a qualquer momento, agora que seu número está salvo no meu celular, e tenho passe livre para usá-lo.

Por mais que eu queira sentir o cheiro de sua pele para o resto da minha vida, meu corpo pede um bom banho quente. Meus músculos estão esgotados, parei de sentir minha coxa na terceira vez que transamos, meus dedos não possuem mais força e tenho certeza de que vou andar estranho quando a adrenalina passar. Passo os dedos sob os lábios inchados pela última vez, minha ficha não caiu e tenho certeza de que estou apaixonada. Não da maneira que achei que estaria, querendo buquês de flores e um vestido branco, estou falando de paixão de carne, meu corpo está apaixonado.

Levanto da cama já abrindo a saia e o top, minha aparência diante do espelho assusta e impressiona. Olheiras fundas estampam meus olhos, vermelho vivo tinge meus lábios, é visível o quanto meu mamilos estão vermelhos e sensíveis e vários pequenos vergões se espalham por todo meu corpo. Do pescoço aos pés tenho marcas que comprovam que passei a noite toda com alguém, até consigo diferenciar as mais novas das primeiras. Meu quadril parece que foi atacado por um cão raivoso, marcas profundas de unhas se intercalam com pequenos roxos e arranhões. Minhas pernas sustentam uma infinidade de marcas de dedos, ainda consigo sentir a pressão que suas mãos faziam sobre elas enquanto ele gozava, virando os olhos.

Passo alguns minutos tocando cada lembrança de que sou uma mulher independente, livre e dona do meu próprio prazer. Marcas que antes, feitas por outro e em outras circunstâncias, me deixavam a mercê de roupas compridas e de golas altas, hoje, feitas por Hero, se transformaram em pequenos prêmios. Nunca me senti mais bonita, nunca amei tanto meu corpo como nesse momento. São marcas de uma mulher livre. Traço, com as pontas dos dedos, as pequenas marcas de dente no meu pescoço, seios e barriga. Hero me devorou inteira, da melhor maneira possível. Sua voz dizendo que não vê a hora de me jogar em uma cama e me chupar até eu esquecer meu nome ainda ecoa na minha cabeça, foi um belo jeito de se despedir. Tudo o que eu mais quero agora é aquela boca trabalhando entre as minhas pernas. O modo como ele me fez me sentir como a pessoa mais linda do mundo, nunca vai sair da minha cabeça. Nada pode me tirar desse momento de paz e de autoamor.

- Morgan? Você chegou? - Até a voz da minha mãe ecoar no corredor.

- Sim. - Respondo vestindo um roupão.

- Você passou a noite toda fora? - Sua voz reverbera nas paredes do meu quarto ao abrir a porta.

- Sai com uns amigos mãe. - Termino de fechar o roupão e solto meu cabelo.

- Amigos Morgan? - Seus olhos estão vidrados, provavelmente usou algum tipo de droga de novo. - Uma vadiazinha como você não tem amigos. - Suas mãos arrancam a faixa do roupão. - Olha só, eu estava certa.

- Mãe! - Grito tentando me esconder.

- Você é uma vadia ingrata sabia? - Lá vem ela com essa conversa.

- A senhora não vai conseguir me ofender, não hoje mãe. - Seguro seus ombros e a puxo para um abraço. - Eu te amo.

- Me solta sua vagabunda! - Ela se debate mas não consegue se soltar. - Você fede a sexo.

Empowered Women - A história de KateOnde histórias criam vida. Descubra agora