capítulo-12

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Rubi

Teto: Balança e bafora, bafora e mama - reviro os olhos.

A bateria desse cara definitivamente não descarrega. Estávamos na praia e desde que ele chegou tá pulando e dançando por aí, o que a maconha não faz com os outros. Tínhamos saído com Clara e Tuê para jantar em um restaurante perto do hotel, o que também foi gravado pro clipe porém apenas mostrado Teto. Dormi a tarde inteira, segundo a chaminé várias pessoas entraram e saíam do quarto o tempo todo e eu nem me mexia na cama, tava cansadona. Não queria voltar pro hotel agora, o casal lá devem tá pulando carneirinho agora (😏)  e eu aqui com um cara que tá mais brisado que não sei o que.

Rubi: Vem chaminé vamos pro hotel - levanto e ele continua parado olhando pro mar.

Teto: Pra que? Olha esse tanto de água aí - reviro os olhos.

Rubi: Vamos logo Teto.

Teto: Vai lá, vou ficar aqui.

Rubi: Não posso ir e te deixar aqui.

Teto: Por que não?

Rubi: Olha o estado que você tá - digo como se fosse óbvio - Se eu perguntar pra você quanto é dois mais dois você não sabe responder.

Teto: É cinco ó - ele faz um dez com a mão, bufo e me sento do lado dele.

Rubi: Vamos chaminé, eu tô com frio.

Teto: Não tô te impedindo garota.

Rubi: Olha como você é, se eu fosse filha da puta eu te deixava aqui.

Teto: O céu tá preto ou é impressão minha? - respiro fundo tentando não surtar.

Rubi: Acho que Deus deve ter deixado a tinta preta cair, aí por isso o céu tá preto.

Teto: Você quer? Tem sabor de morango - ele me estende um beck, pego e trago o devolvendo pra ele em seguida - Vamos rolar na areia? - ele pergunta já rolando.

Fico sentada observando ele até me tocar que ele já tava indo pro fundo do mar e como não tem noção do que tá acontecendo vai acabar se afogando. Corro até ele o puxando pelas pernas com um pouco de dificuldade de volta pra areia.

Teto: Não mãe, eu não quero tomar banho - bufo.

Rubi: Vamos pro hotel vem - ele nega com a cara emburrada.

Teto: Tá doendo.

Rubi: O que tá doendo?

Teto: Meu pé, ele tá cortado.

Rubi: Tem que ser muito besta também pra usar tênis com o pé cortado, deixa eu ver - ele tira o tênis e eu vejo um corte bem pequeno ali.

Teto: Ai não encosta que dói - reviro os olhos e vejo começar a sangrar. Pego minha blusa de frio e rasgo ela colocando em volta do pé dele - Faz carinho? Tá doendo.

Rubi: Tá de palhaçada né? - ele nega. Vou passando a mão devarinho em volta do pano até ouvir ele rindo - O que é?

Teto: Bonequinha toda metidinha preocupada comigo. Que gracinha!

Rubi: Pelo visto você já tá bem né?

Teto: Nunca estive mal - bato no braço dele e vou andando a caminho do hotel - O que foi?

Rubi: Vai se fuder! - mostro o dedo.

Teto: Fica assim não amiga de quarto, vamos fazer as pazes? - mostro o dedo e do nada ele me pega no colo saindo correndo comigo até o mar.

Rubi: TETO MEU CELULARRR - grito.

Teto: Tá no meu casaco em cima da pedra - ele diz e eu sinto meu corpo chocar na água gelada.

Rubi: Eu vou te matar! - pego a cabeça e enfio ele debaixo d'água.

𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora