capítulo-56

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Rubi

Saio do carro e após dar a mão pra Cleriton entramos em uma casa linda, toda rosa claro com a estética antiga.

Rubi: Você ainda não me disse o que a gente vai fazer.

Teto: Surpresa - diz empurrando uma porta e entramos em um cômodo que parecia ser uma sala de estar.

Rubi: Quem mora aqui?

Teto: Minha vó - arregalo os olhos e ele ri - Relaxa não estamos assumindo um namoro pra minha família, só que minha mãe te viu ontem na festa e quis te conhecer, por isso te trouxe aqui... tudo bem por você? - assento.

Agora já não tem mais o que fazer né?

- Cleriton meu lindo! Cadê o amor da vovó? - uma senhora dos cabelos grisalhos diz após sair de um cômodo e topar conosco.

Teto: Oi vó essa aqui é a Rubi - a senhora olha pra mim e dá um sorriso adorável e vem me abraçar.

- Rubi que nome lindo! Forte né? Como  uma pedra preciosa...posso te chamar assim? De preciosa?

Rubi: Como a senhora preferir dona...?

- Nina! - assento e ela pega na minha mão me puxando pra um corredor.

Andamos um pouco até chegar numa varanda onde tinha até bastante gente o que me causou um nervosismo na hora.

Nina: Prestem atenção aqui! - todo mundo olha pra ela - Essa é a minha amiga Rubi, amiga por enquanto né? Quem sabe o destino queira você como neta hein? - sorrio com vergonha e a mãe de Teto vem até nós.

Adriana: Então você é a famosa Rubi?

Rubi: Famosa eu não sei, mas sou eu sim! - rimos - Muito prazer em conhecer a senhora dona Adriana.

Adriana: Oxi! Tá doida é? Que papo de dona Adriana mulher, me chame de sogra...quer dizer de tia - assento - Fica a vontade meu amor.

Rubi: Obrigada!

Teto: Cadê Adriely mais o meu pai?

Adriana: Tiveram que voltar pra Jacobina resolver umas coisas da faculdade dela - Teto assente.

Dona Nina me puxa pra um canto onde tinha várias mulheres sentadas em um círculo, certeza que essa é a parte fofoqueira da família.

[...]

Adriana: Rubi meu amor tem certeza que não quer levar mais um pouco de moqueca.

Rubi: Acho que nem se eu quisesse eu ia conseguir - ela ri.

Eu adorei a família do Teto, todos me trataram super bem tanto que agora tô voltando com um saco de mexerica, um pote cheio de rapadura e um outro pote com moqueca.

Nina: Leva mais rapadura fiz bastante.

Teto: Vó pelo amor de Deus chega!

Nina: Tô falando com a minha neta Rubi - gargalho da cara de tacho de Cleriton.

Rubi: Olha aqui minha mais nova vó Cleriton - mando beijinho no ombro e ele mostra o dedo.

Adriana: Não mostra o dedo pra Rubi - ela me abraça de lado.

Teto: Que isso? Vou trazer Rubi aqui mais não.

Rubi: Perdeu otário - ele nega com a cabeça.

[...]

Se um dia alguém me perguntar se eu quero ser mãe ou se eu já sou eu vou mostrar Cleriton pra essa pessoa. Ele literalmente parecia um filho, só da trabalho.

Inventou que queria escorregar no chão do corredor, aí tacou sabão e foi brincar, só que ele acabou indo longe demais e bateu a cara na porta. Agora tá aí parecendo que nasceu no Ceará por conta do tamanho da cabeça.

Teto: Não tem graça - ele diz e aí sim que eu rio mais ainda.

Rubi: Foi engraçado demais o barulho - digo entrando no quarto com a compressa de gelo. Olho pra Cleriton que me encarava com o um bico enorme - O benzinho vem cá deita no meu colo Rubizinha vai fazer um curativo em você.

Me sento na cama e após ele resmungar bastante deita no meu colo.

Teto: AHHHHH - ele grita e eu olho pra ele assustada.

Rubi: O que foi homem?

Teto: Doeu.

Rubi: Mais eu nem coloquei ainda - digo rindo da cara dele e coloco a compressa - Calma aguenta firme, você vai sarar tá bom? - ele assente.

Ficamos em silêncio por um tempo até o maritaca voltar a falar:

Teto: O que cê achou da minha família?

Rubi: Eu amei eles! Me trataram super bem, principalmente sua mãe mais a sua vó - ele sorri de lado.

Teto: Rubi canta pra mim?

Rubi: Cara tu pode me pedir um boquete, mas não me pede pra cantar pra você não - ele ri.

Teto: Tava conversando ontem com o Tuê e ele falou que ocê canta bem demais.

Rubi: Se eu cantar você deixa eu te maquiar depois?

Teto: Que papo é esse boy?

Rubi: Por favor?

Teto: Só por que eu tô doido pra ouvir sua voz - sorrio animada.

Rubi: Qual música?

Teto: A que vier no momento na sua cabeça - assento e após pensar um pouco começo a cantar:

Rubi: Eu poderia acordar sem teu olhar de sono
Sem teu lábio que é dono
Mas eu não quero
Eu não quero
Eu poderia encantar qualquer outro par de ouvidos
Não te ter mais aqui comigo
Mas eu não quero não
Eu não quero
Poderia imaginar
Ou até acostumar
O meu querer noutro lugar
Tanta coisa em que aqui cabe um sim
Mas não
Porque eu te amo
E não consigo me ver sem ser o teu amor por anos
Não é acaso, é só amor
Não existe engano
Que me carregue pra longe
Que te faça outros planos, meu bem
Teu cheiro só tu tem
Tua boca só tu tem, me tem...

Teto: Caraí! Quer casar comigo? - rio da cara de surpreso dele - Que voz foda! Nunca pensou em ser cantora não?

Rubi: Era meu sonho quando criança ir no The Voice mais depois com o tempo passou - ele assente - Tá melhor? - ele assente - Então vamos lá pra eu te maquiar.

Teto: Não ó tô com dor aqui - aponta pra testa e eu olho com deboche pra ele.

•••

+ 50 comentários pra eu liberar o próximo capítulo que já tá pronto.

𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora