Rubi
Rubi: Mãe? - chamo a mais velha após entrar em casa.
Roberta: Rubi Fernandes lembrou que tem mãe? - diz sarcástica e eu reviro os olhos.
Rubi: Mãe eu te vi tem três dias deixa de drama.
Roberta: Sinto sua falta filha - abraço ela mais forte e ela me puxa pra cozinha - Senta aí, tô terminando de fazer o almoço.
Rubi: Então a bonita voltou a cozinhar - ela mostra o dedo - O que foi? Decidiu finalmente largar o marmitex?
Roberta: Deixa de ser sem tipo garota - rio e reparo em sua mão direita que tinha uma aliança prata.
Rubi: Ainda usa aliança prata pra fingir pros velhos na rua que namora? - ela me olha assutada e passa a mão no pescoço.
Mainha me teve na adolescência e como sempre gostou de sair de casa pra curtir punha uma aliança pra fingir que namorava.
Roberta: Aham... é que tinha um cara insuportável atrás de mim - assento meio desconfiada ainda.
Rubi: Tem certeza que é isso?
Roberta: Claro né Rubi? O que mais poderia ser?
Rubi: Sei lá...- me levanto e começo a caminhar pela cozinha - Vai que a senhora encontrou seu Romeu - ela começa a tossir do nada - Oxi! Encontrou?
Roberta: Só me engasguei garota - ela bebe um gole de sua cerveja - Rubi já cansei de te falar que as mulheres da família Fernandes não namoram por que o amor é coisa de gente... - interrompo ela continuando a frase.
Rubi: Fraca, o amor é uma mentira, assim que você se apaixona por alguém entra em um caminhão de ilusões - reviro os olhos - Eu sei mãe! Já estou cansada de saber e pode ter certeza que eu não vou me apaixonar por mais ninguém - ela sorri orgulhosa - Tem nem como depois do que aconteceu.
Roberta: Se você tivesse seguido essa frase que acabamos de falar não teria dado errado ou pelo menos você não teria saído toda machucada - respiro fundo tentando - Você é idêntica ao traste do seu pai, procura amor nas pessoas e sempre aceita o mínimo. Rubi o amor nos torna fracos, você só é imbatível quando não ama alguém.
Rubi: Chega mãe! - ela levanta as mãos em forma de rendimento - Tô saindo.
Roberta: Justo agora que eu ia te chamar pra almoçar aqui comigo?
Rubi: Chama esse tal de Rogério que não para de te ligar - aponto pro telefone dela e saio da cozinha.
[...]
Luisa: Vamos fazer alguma coisa amanhã Rubi? - pergunta enquanto encara o teto do meu apê.
Rubi: Esqueceu que é aniversário do Tuê?
Luisa: Nossa! Divera - rio da cara dela - Então eu venho prá cá mais cedo? - assento saindo da cozinha e coloco ração pro Gucci.
Rubi: Gucci? - chamo meu cachorro mais fico no vacoo por que nem sinal dele.
Luisa: Ué o cachorro parece que passa fome aí quando você da comida pra ele o bicho nem aparece?
Entro no corredor dos quartos e começo a procurar ele.
Rubi: Gucci? Amor? - chamo já preocupada.
Luisa: Já procurei na lavanderia e nada. Achou? - nego - Pergunta pro gostoso da fumaça.
Rubi: Quem é gostoso da fumaça Luisa?
Luisa: O seu vizinho.
Rubi: Nem sonhando que eu vou falar com ele denovo.
Luisa: Por que não?
Rubi: O cara me chamou de bonequinha Luisa.
Luisa: Idai? Mostra que você é a própria Anabelle - mostro o dedo e saio do meu apartamento.
Não queria ter que falar com ele mas se eu já rodei a casa inteira e não achei o Gucci eu preciso falar com o único vizinho que eu tenho.
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𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈
FanfictionSeu olho é tão cristalino, tipo água do mar Hipnotiza com o verde, do beck, do olhar.