capítulo-31

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Rubi

Observo o Gucci correr da Luisa que queria apertar ele, enquanto isso tomo uma taça de vinho junto com a Clara.

Minha mente tava longe, tava na minha mãe e no Marcos. Passei praticamente a tarde inteira com eles lá, bebemos uma cerveja, ajudei Marcos a preparar o tal da Abará que por sinal é uma delícia, e depois tomamos açaí enquanto assistíamos tv, tava o típico programa em família.

Tava na cara que aquilo ali era bem mais que uma amizade. Não me importo de minha mãe está se relacionando com alguém, aliás eu já estou acostumada, mainha nunca se privou de nada depois do meu abandono paterno. Ia em festas, bebia dançava até chão e sempre me contava tudo sobre os caras com quem ela saia.

O diferente de agora é que foi a primeira vez que eu conheci um "ficante" dela e tem outra, ela nunca deixa homem nenhum dormir na casa dela, por isso acho que se o Marcos dormiu é por que eles tem algo sério.

Logo minha mãe que dizia que o amor nos deixa fracos...

Clara: Rubi mulher tá me ouvindo? - ela me balança e eu olho pra ela sem entender.

Rubi: Desculpa tava com a cabeça longe.

Luisa: No Teto pra ser mais clara né? - reviro os olhos - Ixi! Que virada de olho foi essa?

Clara: Esse é o motivo de estarmos aqui - ela levanta e começa a andar pela sala - Acredita que ele deu a entender que só beijou a Rubi por marketing? - na hora Luisa que estava em pé balançando o Gucci cai no chão.

Rubi: Meu filho Luisa - pego ele e coloco na caminha dele.

Luisa: Pois eu vou lá falar um monte pra ele. Quem ele pensa que é? - ela calça o chinelo e sai correndo.

Rubi: Luisa não! - corro a tempo de impedir ela de abrir a porta.

Luisa: Me deixa passar Rubi, eu vou mostrar pra esse macho que não é assim que a gente fala com uma garota depois de foder com ela a noite inteira.

Rubi: Como você sabe?

Luisa: Pelo amor né Rubi? Meu quarto era praticamente do seu lado e tente usar uma base mais do seu tom quando for esconder um chupão - bufo - Ai amiga se você quiser eu te ajudo a chutar as bolas dele.

Clara: Luisa a gente tá aqui pra ajudar a Rubi, não pra piorar a situação...se bem que chutar as bolas dele não seria uma má idéia.

Rubi: Vou pegar um salto grande e fino pra doer mais.

Clara: Eu tava brincando Rubi - reviro os olhos e deito no chão.

Luisa: Logo agora que você tava finalmente se apaixonando.

Rubi: Quem disse que eu tava me apaixonando?

Luisa: Rubi você chorou quando ele cantou pra você.

Rubi: Eu tava sensível e achei bonitinho.

Clara: Ele não te beijou sozinho, por que você retribuiu o beijo?

Rubi: Já estava lá, não tinha mais o que fazer.

Luisa: Tinha sim! Você poderia ter tomado o microfone da mão dele e falado assim "sai sua chaminé ambulante, privada, banheiro público" - Clara começa a rir após essa péssima imitação  e eu faço uma careta.

Clara: Rubi você continuou o beijo por que era algo que você queria.

Rubi: Tá gente, eu quis sim na hora, mais se eu soubesse que depois eu ia tá assim eu nunca teria beijado ele.

Luisa: Teria sim, por que você gostou, gostou tanto do mel que quis experimentar do chá - não aguento e começo a rir.

Rubi: O tesão falou mais alto.

Clara: Não foi o tesão que falou mais alto, quando Teto disse aquilo lá na van.

Rubi: Lógico que não foi, quando ele falou que só me beijou por que conta do marketing meu ego foi ferido. Ele age como se eu que fosse a pegadora que estava doidinha pra sentar nele.

Luisa: Se foi só ego ferido por que você tá com esse bico na boca? - elas riem e eu mostro o dedo.

Clara: Tá aí a pergunta que não quer calar, rolaria replay?

Rubi: Vamos pedir uma pizza? - me levanto e corro até o meu quarto pegando o meu celular.

Luisa: Ô mulher, como é sínica desviando do assunto - escuto ela falando e rio.

𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora