capítulo-63

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Teto

Encaro sem entender a morena sentada do meu lado.

Teto: Acabar Rubi? Como assim?

Rubi: Eu e você - ela aponta pra nós dois - Não vai dar certo.

Teto: Eu não tô te entendendo. Juro! - ela respira fundo.

Rubi: Acabou eu e você Cleriton! - arregalo os olhos.

Teto: Como assim Rubi? Do nada?

Rubi: O contrato 30 encerra hoje.

Teto: Foda-se o contrato Rubi! Acha que eu depois de falar que te amo tô ligando pra contrato? Pra mim a gente tava bem mais além que isso.

Rubi: Por isso eu tô acabando tudo. Você já está começando a ter sentimentos.

Teto: E você não? - ela fica calada - Eu curto o que a gente tem, só que se um não tá disposto, não tem como o outro continuar sozinho.

Rubi: Você fala como se eu quisesse que isso acabasse.

Teto: É o que parece com essas atitudes suas - pela primeira vez ela me olha e eu percebo a vontade dela de chorar.

Rubi: Eu não acredito no amor Cleriton! Você sim! Somos pessoas totalmente diferente e você sempre soube disso, envolveu por que quis.

Teto: Quis sim! Por que eu acho que desde a primeira vez que eu te beijei, lá na Rio na frente daquele tantão de gente eu já sentia algo por tu e não sei por que...achava que você também.

Essa seria a hora dela admitir que sente, porém ela ficou calada.

Rubi: Eu não quero que a gente acabe brigado, gosto da pessoa que você é, e se quiser eu posso te oferecer a minha amizade - rio fraco e sarcástico e me levanto.

Teto: Eu amo você mas, também tenho amor próprio e orgulho, e sei que mereço bem mais que isso - digo e saio do quarto batendo a porta e dando de cara com o Tuê.

Matuê: Quebra!

Teto: Não enche porra! - desço as escadas e saio de casa pra esvaziar a mente.

Como alguém pode ser tão egoísta ao ponto de esconder o que sente por medo? Eu sei que ela me ama, eu sinto isso, ela não tava comigo só pelo contrato 30 ou o marketing e ela sabe disso só que o medo toma conta dela.

Não vou ficar quebrando cabeça com isso não, sei que logo logo ela percebe o erro. Só espero que não seja tarde.

[...]

Entro em casa de volta vendo todo mundo com as malas exceto as meninas, já esperando a van que vai vir nos buscar.

Observo Tuê fumando em um canto enquanto me observa, me aproximo e paro na sua frente.

Teto: Posso trocar uma idéia com ocê? - ele assente se levantando e indo pra fora da casa.

Matuê: Não sou psicólogo mais desabafa, só não chora que se não eu choro junto - rio fraco.

Teto: Rubi acabou com tudo.

Matuê: Imaginei mesmo, já tava na hora né?

Teto: Acho que todo mundo já tinha se tocado que tava na hora, só eu e ela que não.

Matuê: Acho que ninguém falou justamente por vocês estarem tão bem um com o outro. No fundo eu sabia que isso uma hora já acontecer.

Teto: Por que?

Matuê: A Rubi gosta pra caralho de tu irmão, só que por conta do pensamento da mãe dela ela sempre quis ser livre. Minha tia sofreu muito e acho que ela colocou isso de nunca se relacionar demais com um cara na cabeça da Rubi com o intuito de proteger a filha dela, por isso que qualquer um que se aproxima ela afasta.

Teto: Por que eu sinto que aquela diaba me ama então?

Matuê: Por que ela pode sim te amar, porém é orgulhosa e não vai admitir isso se você não ajudar ela. O melhor que cê faz agora é deixar ela sozinha um tempo, trata ela normal mas tenta seguir a sua vida também, se ela realmente gostar de tu irmão vocês vão ficar juntos - assento.

•••

Cheirinho de reta final 🥺

𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora