𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝖱𝗎𝖻𝗂 | 𝖳𝖾𝗍𝗈

capítulo-20

Rubi

Assim que piso no backstage de volta, sinto uma câmera na minha cara e uma mulher quase voando em mim.

- RUBI, RUBI, RUBI - ela grita me fazendo arregalar os olhos - Você pode responder algumas perguntas? - antes mesmo deu responder, ela já volta a falar - Você e Teto estão namorando? Pensam em casar?

Rubi: Olha...eu não sei.

- Como não sabe? Você apareceu em vários sites de fofoca, virou top1 no twitter quando saiu de mãos dadas com o Teto e agora teve aquele beijão ali no palco.

Rubi: Ainda não definimos o que nós temos - sorrio fraco.

Eu não poderia falar que não temos nada, isso atrapalharia toda a questão do marketing.

- Mais você acha que vai pra frente? Pensam em ter filhos? A família dele já te conhece? Como você acha que os fãs da Marcela vão lidar com isso?

Rubi: Fãs da Marcela? Quem é Marcela?

- Você já teve um namorado? Se sim, ele é famoso?-  olho pra Clara e com apenas um olhar peço socorro.

Clara: Oi com licença, Rubi precisamos ir - diz chegando do meu lado.

- Mais já? Nem comecei a entrevista direito.

Como não? A mulher fez nove perguntas em dois minutos pra mim.

Rubi: Uma pena, a gente marca uma entrevista depois, pode ser?

- Não por favor, só um pouquinho Rubi - ela tenta vir pra mais perto de mim, mais os seguranças chegam e a levem lá pra fora.

Luisa: É cada uma - rio assentindo indo em direção ao camarim.

Os meninos já haviam acabado a apresentação, acabei nem vendo eles saindo por causa do ocorrido lá fora, e nem tive tempo pra pensar no que aconteceu direito. Eu beijei o Teto, o Teto...o Teto? O mesmo que eu disse que era igual banheiro público. Eu literalmente não sei o que me deu, eu podia ter me afastado mais eu não quis na hora.

Deixo esses pensamentos de lado ao entrar no camarim e ver os meninos resenhando com o Djonga. Além dele Gabigol também tava ali com uma cara de bêbedo.

Rubi: Eu tô morta! - digo me jogando em cima do sofá enorme que tinha ali.

Luisa: Nós vamos embora ou vamos ficar?

Clara: Os meninos vão gravar aqui no camarim com o Djonga e com o Gabigol, vocês querem ir ou esperar eles?

Rubi: Vamos esperar, chegar no hotel tem nada pra fazer.

Clara: Você sozinha lá no quarto não tem mesmo não - ela sorri maliciosa e senta perto de mim junto com a Luisa.

Luisa: Vamos aproveitar que os meninos estão distraídos conversando e gravando, e vamos comentar sobre o acontecimento do dia. Meus amores que beijo foi aquele? - reviro os olhos.

Rubi: Marketing - elas me olham com deboche.

Clara: Conta outra Rubi, que essa não cola.

Rubi: Sei lá gente, só sei que eu paguei com a língua bonito - elas assentem.

Luisa: Pois é, você podia ter se afastado, mais não se afastou...por que?

Rubi: Não sei o que aconteceu direito, foi tudo tão rápido que quando eu me toquei agente já tava beijando.

Clara: Por que eu tô sentindo que ela tá falando isso com voz de apaixonada?

Rubi: Aí, começou a fanfiqueira.

Luisa: Por que você falou que foi marketing?

Rubi: Por que eu acho que pra ele foi, ele não ia me beijar assim do nada.

Luisa: Não foi do nada Rubi.

Clara: Não mesmo, todo mundo tava sentindo a tensão sexual de vocês - Luisa assente.

Luisa: Ela colocou na cabeça dela que foi marketing, por que o celebro pequeno dela, não consegue aceitar que ela e ele tem uma puta conexão, e que esse beijo foi a prova disso.

Rubi: Sei nem por que eu ainda escuto vocês - digo e sinto meu telefone vibrar, pego ele e vejo o nome da minha madrinha na tela indicando uma ligação de vídeo - É a sua sogra Clara - a loira se levanta na hora da posição de dar dinheiro (😏) que ela tava e se ajeita sentando com as pernas cruzadas.

Luisa: Ala a outra querendo mostrar bonito pra sogra, quem te viu quem te vê Clara - a loira mostra a língua e eu atendo a ligação.

Rubi: Oi madrinha - sorrio.

Matilde: Oi minha pedra preciosa, como você tá linda Rubi!

Rubi: Eu sei né madrinha? Quando eu tive uma fase ruim?

Luisa: Posso citar várias aqui se quiser.

Rubi: Não é necessário - forço um sorriso.

Matilde: É a Luisa? - assento e mostro a cacheada e em seguida a Clara - Oi meninas, cadê Matheus?

Rubi: Tá ali no canto, ele tava gravando umas cenas pro clipe do Teto.

Matilde: Teto seria o da Bahia? - assento - Ai adoro ele! Matheus o trouxe aqui em casa esses dias, um amor de pessoa, bixo gato da peste! - reviro os olhos e as meninas prendem o riso - Vou fingir que não fiquei sabendo do beijão de vocês aí no Rio viu? Quando você voltar pra Fortaleza a gente fofoca sobre isso.

Rubi: Vamo deixa baixo? Deixa baixo, deixa baixo - ela ri.

Matilde: Mudando de assunto meu amor, tem como passar o telefone pra Matheus? Liguei diversas vezes pra lhe dar os parabéns pela apresentação mais só cai na caixa postal.

Clara: Ele só anda com o telefone desligado ou no mudo - assento e vou caminhando até um canto do camarim onde Teto, Gabigol, Wiu e Matuê conversavam enquanto bebiam e fumavam, porém o assunto morre quando chego.

Rubi: Pararam de conversar por que? O assunto chegou?

Teto: Deixa de ser convencida - mostro o dedo.

Rubi: Sua mãe Matheus - entrego o telefone pro rapper que se afasta pra falar com minha madrinha.

Gabigol: E você eu não conheço - ele diz e eu sorrio envergonhada.

Rubi: Rubi, mais se você quiser pode ser amor da sua vida - ele ri alto enquanto Wiu sai correndo e Teto me olha com a cara fechada - Brincadeira...ou não também - ele assente rindo.

Gabigol: Você é alguma coisa dos meninos aqui?

Rubi: Sou prima do Tuê e amiga do resto da turma - vejo Teto sair de perto de nós dois, quando eu ia atrás dele Gabriel segura no meu braço me impedindo.

Gabigol: Fica aqui, vamos trocar uma idéia, ou você tá com pressa?

Rubi: Eu tinha que ir ali.

Gabigol: Tinha nada, tá me dando caô.

Rubi: Quem teria coragem de fazer isso com um cara gato igual a você - digo baixo mais pelo o sorriso dele percebo que ele ouviu.

Gabigol: Pô tu também é mó gata, tem quantos anos? 17? - gargalho negando com a cabeça em seguida.

Rubi: 20.

Gabigol: Caô, mó cara de novinha - rio - Aí Chefin vai entrar daqui a pouco, bora ali ver ele um pouco? - assento e caminho até às minhas amigas indo avisá-las.