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𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝟐.
➻Segundo livro da obra "Princesa Vermelha", recomendo ler o primeiro antes.
Boa leitura☙
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O amor pode ser a razão de viver de muitos.
Enquanto para outros, é o motivo para querer morrer.
Essa é a...
Me vejo no chuveiro de um assassino, limpando o sangue que ele respingou em meu rosto pálido de horror.
Ele me pegou, e bem no fundo, eu sei que não vou ter salvação.
Más não importa. Eu apenas quero que Dylan fique bem, e tenho certeza que se eu desafiar Michael agora, ele estará morto na minha frente. E isso é a última coisa que eu quero.
Eu quero que ele venha, e me salve desse pesadelo como prometeu!
Depois de me banhar, me enxuguei o mais rápido que pude.
Tentei dar um jeito na aparência do meu rosto, porém, as lágrimas não paravam.
Eu já me sentia quebrada, horrível, um lixo. E esse era apenas o começo.
Depois de encarar o espelho por alguns minutos, estremessi ao ouvir a vós do demônio atrás da porta.
-Está pronta, meu amor?
-Quase.- respondi, tremendo.
Deixei para navegar em meus pensamentos depois. Então, peguei a camisola branca que ele havia deixado para mim.
Eu parecia mais uma louca que veio de um hospício.
Más eu estava em um lugar pior que isso.
Abri a porta, e lá estava ele.
Michel permaneceu com seu moletom preto, porém sem o capuz. Seus cabelos castanhos estavam impecáveis.
E percebi que ele limpou o sangue que tinha em suas mãos nojentas.
-Você está linda. Como sempre.
Não sei como ele me acharia linda naquele estado, más me recuso á negar ele depois daqueles tapas.
-Obrigada.- digo, sem graça.
Ele se aproximou, e como um choque, minhas mãos estavam em forma de defesa, na frente do meu rosto.
Percebendo o que fiz, os abaixei, e pude ver a expressão zangada de Michael, que estava sereno segundos atrás.
Ele se aproximou mais de meu rosto, e engoli um seco.
-Você não pode ter medo de mim. Não me tema, não levante suas mãos para mim, não se proteja de mim!- ele diz, quase gritando.
-A-ah.. O-ok.. Eu não vou. Desculpa...- respondo, sem pensar direito nas palavras.
Rapidamente, recebi um soco no estômago. Caí no chão mole.
Poderia apenas ver seus pés.
Poderia ver o verdeiro pé que o Diabo se exista ao ser adorado.
Fiquei ali, com dor e humilhada. Más não soltei nenhum gemido de dor.
Depois de alguns segundos, a única coisa que pude ouvir, foi sua risada avaçaladora.
-Você irá aprender o seu lugar.- foram suas últimas palavras, antes do verdadeiro inferno que me aguardava.
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Quando eu pensei que não poderia piorar, o universo simplesmente deu as costas para mim.
Depois daquela cena, Michael agarrou meus cabelos, e se divertindo com meus gritos de dor e desespero, me levou até seu quarto.
Ele me jogou no chão sujo, e trancou a porta atrás dele.
Seu sorriso era sujo, cruel e maligno.
Esse é o pior ser humano que já conheci.
Como ele sempre disse, a morte é um presente para qualquer um que cruza seu caminho com ele.
Permaneci novamente no chão, apenas o observando.
Más meu suor e minhas lágrimas aumentaram rapidamente no minuto em que ele se virou para mim, com uma corda em suas mãos.
Eu ia correr, eu queria correr. Más meu corpo estava doendo muito.
E eu mal sabia o que esperava.
Primeiro, ele colocou uma venda cobrindo meus olhos, e depois cobriu minha boca com uma fita.
Sentindo o chão frio em baixo de mim, senti minhas roupas sendo retiradas, e meus pulços sendo amarrados com algo forte, assim como minhas pernas.
Eu lutei para me libertar, más isso só fazia doer mais. Não adiantava nada.
Novamente, me vejo sendo apenas uma bebezinha chorona que depende dos outros para ser salva.
Enquanto chorava agoniada, eu ouvia sua risada prazerosa.
Depois de alguns minutos, eu senti a verdadeira dor que me aguardava.
Ele começou á me chicotear.
A dor estava infernal, eu me sentia no limite. Más toda vez que eu achei ser meu fim, a dor almentava cada vez mais.
Não importa o quanto eu lutava, ele apenas ria da minha tentativa de ser livre.
Quanto tempo se passou desde que ele começou? Talvez horas?
Más foi o suficiente para me sentir o pior ser humano do mundo. Por que eu tenho que passar por isso!?
Me senti humilhada, podre, um pedaço de merda pagando pelos erros.
Eu não deveria ter aparecido naquele dia, naquele chuva. Naquela vida. Eu não devia.
Tudo o que eu senti, foi dor, agonia e as lágrimas que molhavam todo o meu rosto.
