Capítulo 41-Visitas

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{Rochelle}

Tudo é escuro.
A escuridão tomou conta de mim.
Só existe escuridão.
Sempre existiu apenas escuridão.

E eu estou caíndo desconfortávelmente na escuridão.

Más de repente, meus olhos abriram, e não existiu apenas escuridão.

Aos poucos, todos os meus sentidos que tanto desejei perder, estavam voltando.

Meus olhos molhados se abriram lentamente, me revelando uma visão embaçada. Eu poderia não saber onde estava, más eu não me importava mais.

Senti minha cabeça doendo como nunca. Parece que levei uma bela pancada!

Lentamente, minhas memórias voltaram.

Minha briga com Mell.
A traição de Dylan.
O corpo morto de Michael.
Meu desejo de morrer.

Tudo estava voltando, tudo o que eu só queria que saísse da minha cabeça. Más era inevitável.

Minha visão voltou ao normal também, e tudo o que eu vi, foi uma parade branca. Más não só isso.

Com um tanto de dor, virei um pouco a cabeça. Do outro lado, havia uma cortina na cor branca também. Porém, o sol atravessava ela com facilidade, quebrando a atmosfera branca.

De repente, os sons voltaram também. Pude ouvir a vós da mamãe.

-Rochelle!! Você acordou!!.

Ouvi os passos dela até mim, com sua vós rouca.

Ela me abraçou, com cuidado.

Embora meu corpo doesse, eu sabia que não estava machucada. Então, conti meu gemido de dor.

Ao invés disso, envolvi meus braços ao redor dela também. E senti algo que nunca senti antes.

-E-eu.. fiquei tão preocupada.- ela disse, e senti as lágrimas dela molhando meu pescoço.

-M-mãe..- eu queria pedir desculpas por fazer ela se preocupar comigo, por ter feito um vexame. Más eu não consegui. Eu mal lembro o que estava fazendo antes de ficar inconsciente.

Se passaram alguns minutos, e continuamos abraçadas. Ela parecia tensa e nervosa, e como não conseguia dizer nenhuma palavra-caso contrário choraria junto com ela- fiquei passando minha mão pelos cabelos dela, no intuito de acalma-la.

Depois de um tempo, ela demonuiu o aperto, até que o abraço se rompeu.

-Mamãe, o que eu estava..fazendo antes de ficar inconciente?- perguntei, com a vós rouca.

-Na verdade..- ela disse, e soltou um breve suspiro.- Dylan quem encontrou você. Ele disse que quando te achou, você estava gritando desesperada que queria morrer, e para que algo saísse da sua cabeça. Assim que ele conseguiu te tranquilizar, você desmaiou nos braços dele.- ela diz, com os olhos baixos.- Más o importante, é que você está viva.

Dylan..

Olho ao redor do quarto, procurando pelo par de olhos verdes. Ao invés disso, encontro um homem de cabelos castanhos.

Ele estava encontado na parede, imóvel e em silêncio. Vestia roupas pretas, e mantia uma expressão vazia.

De repente, foi como se ele percebesse que eu percebi sua presença, e veio até mim.

Eu..lembro..! Tobias! Meu..pai.

Ele chegou perto do ouvido da mamãe, e sussurrou:

-Pode nos deixar um pouco sozinhos, querida?- ele perguntou, más eu ouvi.

Ela olhou para ele com uma careta, más logo ficou séria de novo.

-Certo.- ela respondeu, e olhou para mim de novo.- Eu te amo, filha.- ela diz, e da um beijo na minha testa.- Vejo você depois.- ela disse por fim, e saiu do quarto, me deixando com Tobias.

É tão estranho.. esse é o cara que era obssecado pela minha mãe, e escondeu que era meu pai biológico até um tempinho atrás.

Ele soltou um breve suspiro, e se sentou na ponta da cama, sem tirar os olhos azulados e belos de mim.

-Eu..quero pedir desculpas.- ele disse, porém, mantendo o queixo erguido.

-Por que?- perguntei, porém, já sabendo a resposta.

-Sabe, Rochelle. Tem muita coisa que você não sabe, aínda hoje.- ele respondeu, assustador. Porém, nada claro.- Eu fiz muita coisa errada, e estou disposto a abrir o jogo com você, assim que estiver melhor.

-Se não houver mais pessoas gastando seu tempo comigo, esperando para me visitar, pode falar agora.- respondi na lata.

-O problema, é que tem. Parece que o seu namorado, e sua amiga vieram.

Meu..namorado? Dylan aínda tem a cara de pal de vir aqui, depois de tudo!?

-Ok. Depois que eles forem embora, você volta.- eu disse, como se fosse uma ordem.

-Sim senhora.- ele disse, por fim, saíndo do quarto.

Depois de alguns minutos olhando para a porta, pude ver a figura de Mell entrando por ela, de cabeça baixa.

Ela veio até a cama, e me sentei para olhar para ela.

-Não vai dizer?- perguntei.

-O que?- ela disse, levantando uma sombrancelha.

-Que avisou.- disse, brincando.

-Incrível como você brinca em uma hora dessas..- ela disse, e se sentou ao meu lado.- Más eu gosto disso em você. Está melhor?

-Acho que sim.- respondi, embora aínda esteja completamente cansada.

-Que bom.- ela respondeu, dando uma pausa.- Desculpa por ter brigado com você. - ela disse, sinceramente.

-Amiga, você estava certa. Me desculpa também.- respondi, sorrindo.

Ela retribui o sorriso.

-Eu queria ficar, más tenho que correr pra casa. - ela disse, dando um beijo rápido na minha bochecha.- se cuida. Trocamos mensagens depois.- ela disse, dando uma piscadela.

Pisco de volta para ela, rindo.

Ela vai embora, e logo depois, ele veio.

𝐏𝐫í𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞 𝐕𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora