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𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝟐.
➻Segundo livro da obra "Princesa Vermelha", recomendo ler o primeiro antes.
Boa leitura☙
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O amor pode ser a razão de viver de muitos.
Enquanto para outros, é o motivo para querer morrer.
Essa é a...
-Se esse bastardo pensar em colocar suas mãos em você de novo, eu mesma sequestro ele.- Mell disse, enquanto eu dava risada do ponto em que chegamos, depois de uma conversa séria.
Dylan e o Sr.Tobias me levaram para casa de novo. Chegando lá, fui recebida por um longo e caloroso abraço da minha mãe, que chorava do outro lado da linha, pelas ligações que pareciam não ter fim.
Mell também estava me aguardando. Más parecia mais zangada do que emocionada.
Não digo comigo-más com Michael.
Não tive mais nenhuma notícia dele, Dylan apenas me disse que a polícia está atrás dele. Mesmo agora estando "segura", ele me traumatizou o suficiente para que eu fique em alerta enquanto ele estiver vivo.
Infelizmente, a história de Natan e Lauren parece se repetir. Más, com personagens diferentes.
Más não é só isso que me intristesse. Desde que cheguei, também não tive mais nenhuma notícia do meu pai. Ele nem tantou ao menos ligar para mim.
Más agora, estando junto com minha mãe, Dylan e Mell, eu estou satisfeita. Eles são a única família de quem preciso.
-Bem, é melhor eu voltar. Ou minha mãe vai vir me puxar pelos cabelos.- Dylan disse, más sem o tom de humor que normalmente usavamos para falar de sua mãe.
Ele me da outro longo abraço, e eu retribuo no mesmo momento.
-Eu te amo, pequena.- ele disse baixinho, acariciando meus cabelos.
Como eu senti falta disso!
-Eu também te amo.- respondi entre sussurros.
Me despedi dele e de Mell, assim ficando apenas com minha mãe.
Eu olhei para ela, e dessa vez, fui surpreendida pelas suas lágrimas.
Eu sempre imaginei que minha mãe tivesse uma vida difícil. Ela sempre foi sobrecarregada pelos pais, e por isso, fugiu de casa com meu pai.
Ela sempre seu duro para me criar, mesmo meu pai sendo dono de uma empresa grande. Sinceramente, meu pai sempre foi uma figura misteriosa para mim.
Ele sempre esteve trabalhando, nunca havia tempo para mim e minha mãe.
Pelo outro lado, minha mãe também é presa em um trabalho quase abusador. Más ela dava seu jeito para tentar me dar atenção.
Mesmo que nenhum dos dois fosse tão presente, eu não consigo desgostar deles, até nos dias de hoje. E agora, vendo minha mãe chorando, eu sinto que meu coração foi despedaçado.
-Mãe?- digo, me aproximando dela.
Ela não responde. Ao invés disso, me encontrei em seus braços acolhedores novamente.
-Desculpa..- ela disse, entre lágrimas.
-O que?- perguntei, retribuindo seu aperto.
-Por não ser uma boa mãe. O trabalho me sufoca muito, e eu não tenho tempo para cuidar da pessoa mais preciosa da minha vida.
Me encontro entre lágrimas, junto com ela.
-Mãe..todos os dias, quando você sai cedo para dar o seu melhor, você está cuidando de mim. É por sua causa que eu tenho comida, roupas...
-Não, Rochelle. Esse é o mínimo que cada mãe deveria dar. Eu sou uma péssima mãe, por que não tenho tempo para te dar amor.
Isso simplesmente me quebrou.
-Não, mãe. E o papai? Ele nem está aqui agora!
-Querida.. A culpa é minha.
Ela disse, e fiquei sem ter o que dizer.
Ela limpou as lágrimas do meu rosto, e um minuto de silêncio se passou.
-Desculpe se descarreguei minha culpa em você. Vamos dormir.- ela disse, soluçando.
-Tudo bem, mamãe.- respondi, e ela beijou minha testa.
Eu poderia ficar ali o tempo que ela precisasse. Más seus braços me soltaram, e eu fui de volta para o quarto, onde tive pesadelos até enlouquecer.
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A noite foi longa. Fiquei pensando no que minha mãe disse, até conseguir dormir.
Acordei com o barulho da chuva. Olhei para o relógio, eram 05:00.
Eu lembro de quando Lauren acordava.. E tinha uma família feliz.
Ela acordava com o cheiro de waffles, e pulava da cama. Corria até a cozinha, e era acolhida nos braços de pais maravilhosos.
Más nada mais disso existe para mim. O sentindo da minha vida não era ser feliz, era a missão. Era para mim ser apenas uma personagem secundária, más tudo se distorceu rapidamente.
A vida de Lauren era para ser uma vida feliz. Porém, tudo também se distorceu quando ela encontrou aquele garotinho triste, que transformou uma noite chuvosa para um inferno.
Tudo por que para ele, eu deveria ser apenas outra pessoa inferior, que não chegaria nem ao valor da sola do seu sapato.
Os sentimentos de quando estamos apaixonados são tão bons, más por que eles fazem tudo ficar tão difícil?
