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𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝟐.
➻Segundo livro da obra "Princesa Vermelha", recomendo ler o primeiro antes.
Boa leitura☙
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O amor pode ser a razão de viver de muitos.
Enquanto para outros, é o motivo para querer morrer.
Essa é a...
Enquanto minha mãe tentava acalmar a si mesma, mil e uma coisa se passaram pela minha cabeça.
Se Tobias não saír vivo dessa, eu nunca vou descobrir o que ele queria dizer. E como assim Michael está vivo!? Como ele sabe disso?
Quantas mentiras eu aínda não descobri, e quantas vão ficar quando eu descobrir mais?
Ás vezes parece que tudo sempre foi uma grande mentira. Gostaria que a minha existência também fosse.
Demorou um pouco, más recebemos a notícia de que Tobias sobreviveu, porém, gravemente ferido. Ele irá ficar por alguns dias no hospital, até se recuparar um pouco.
Minha mãe resolveu voltar para casa comigo, e fiquei com uma pulga atrás da orelha.
Quando chegamos, ela chamou a polícia, e arrumamos toda a bagunça. Aquele cheiro de sangue era horrível!
E depois, finalmente consegui um tempo só pra mim.
Fechei a porta do quarto e me joguei na cama.
Eu sinto como se a minha alma quisesse saír do meu corpo por vontade própria. Más algo aínda me diz que não é minha hora.
Me sinto extremamente exausta, de tudo, de todos.
Cansada das pessoas e das mentiras delas.
Más apenas irei fechar meus olhos, só por algum tempo...
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Tirei um belo cochilo, não sei de quanto tempo. Más acordei com as notificações do meu celular.
Suspirando, peguei ele em mãos. Eram mensagens de Mell.
-Oii, amiga. Você tá melhor?
Abro um sorriso. Eu a amo.
-Tudo sim, e aí??
-Tudoo. Lembra que hoje a escola nos daria os figurinos da pessa?
Eu esqueci completamente disso! Dentre todos os meus problemas, eu esqueci.
-Ah, sim!! Vou ir pra escola daqui a pouco.
A minha sorte, é que a escola se fechou por um tempinho para reformas, principalmente para o palco do teatro. Caso contrário, certamente eu reprovaria por faltas.
Me vesti com algo simples, e dei uma arrumadinha no cabelo. Certamente Dylan vai estar lá e falar comigo, más não tenho mais tantas expectativas.
Tomei meu caminho para a escola, e quase todos já estavam lá. Me senti envergonhada por ser a última a chegar.
Mell me recebeu com um abraço.
-Oiie!! Eu vi seu figurino, vai ficar linda!!- ela disse, animada.
-Aee!! Você também.- não estava tão animada desde então, mas a alegria de Mell me contagia.
De um lado da sala, estava Jerad, maravilhado com seu figurino. O papél de Erick certamente caiu bem para ele.
Logo ao lado, estava Anne. Ela conversava animadamente com um garoto que desconheço, más deve fazer o papél de Jonathan.
E finalmente, do outro lado, estava Dylan. Ele segurava um palitó impecável, parecia perfeito para ele.
Fiquei imaginando o quão maravilhoso ele ficaria, más o olhar dele parou em mim, e com vergonha, desviei.
De repente, o professor que está organizando o teatro veio até mim.
-Oi Rochelle.
-Oi.- respondi, olhando para a sacola em suas mãos.
-Aqui seu figurino. Vai ficar lindo em você. - ele disse, abrindo um sorriso caloroso.
-Obrigada. Estou ansiosa. - disse, pegando a sacola.
Assim, ele se afastou para resolver outras coisas, e peguei o que tinha dentro da sacola. Parecia ser macio.
E em minhas mãos, lá estava um maravilhoso vestido vermelho.
Se eu me sentia uma dama apenas ensaiando no palco, como eu me sentiria usando isso na frente de muitas pessoas?
Esse pensamento me deixa entusiasmada. Fiquei conversando com Mell, até que meu olhar se cruza com o de Dylan novamente.
Mell deu uma desculpa esfarrapada para saír, me deixando constragida no compo de visão daqueles olhos.
Dylan veio até mim.
-Isso vai ficar bem em você. - ele disse, sorrindo.
-Obrigada.- respondi, com vergonha pelo o que aconteceu mais cedo.
Um momento de silêncio se passou.
-Bem.. eu te perdoo.- ele disse, quebrando o silêncio.
Meus olhos brilham. Más eu tinha que conter minha empolgação.
-Sabe, Dylan.. será que seria pedir muito.. se pudessemos voltar á como éramos antes?
-Se você não desconfiar mais de mim, seria um prazer.- ele disse, sereno, e segurou minha mão.
Queria não soltá-lo nunca mais.
Aproveitei o momento caloroso, até quando chegou a hora da escola fechar os portões.
Eu senti falta de caminhar com ele para casa. Senti falta do seu afeto, seu toque, seus elogios.. nem parece que até agora pouco eu estava sofrendo miserávelmente.
No caminho para casa, acabei desabafando sobre tudo o que senti, e o que aconteceu.
Contei sobre quando vi o corpo de Michael. Eu fiquei simplesmente irracional, e até agora, parecia que uma parte de mim tinha ido junto com ele.
Quando falei sobre isso, ele pareceu se irritar, más continuou me ouvindo atentamente.
Contei sobre Michael na verdade estar vivo, e ele ficou surpreso, assim como eu. Más ele jurou que iria me proteger das garras dele.
