Capítulo 35-Segredos

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{Rochelle}

"Quanto tempo, não é, Lauren?"

Foram as palavras frias que me fizeram tremer dos pés á cabeça.

E da escuridão, Michael saiu de trás do palco, com seu sorriso insano e malígno em sua face.

Dylan rapidamente se levantou, e entrou em minha frente.

-Eu vou chamar a polícia.- ele disse, com a raiva visível em seus olhos.

-Do que adianta contar com a polícia, se manda os podres atrás de mim? Quer dizer, dês do momento em que precisou de outras pessoas, nunca se garantiu contra mim.- Michael cospe as palavras, más não havia raiva nelas.

Eu diria que um tom irônico e assustador.

Dylan partiu pra cima dele como um raio, e acertou um soco no estômago de Michael, que gemeu de dor.

Fiquei assustada, Dylan não se envolvia muito em brigas, más nunca imaginei que seria tão bom!

Porém, Michael logo se reconpôs, e os dois começaram á trocar socos.

Fiquei sem saber o que fazer, então corri para a porta. Eu tinha que chamar a polícia, não importa se Dylan ganhe essa luta, Michael está aqui!

Más a droga da porta estava trancada, e Dylan havia me convencido á deixar meu celular em casa.

Me virei para os garotos por um instante.

Más Dylan não se parecia com Dylan.

Ele estava pisando na cabeça de Michael, que apenas gritava de dor. Eu nunca havia visto ele nesse estado, tão.. Fraco.

-Você.. Você é minha.- ele disse, com dificuldade.

-Cale a boca, miserável.- Dylan disse, dando um último chute em sua barriga, o apagando completamente.

Havia.. Havia sangue nos sapatos de Dylan.

A respiração dele estava ofegante, e ele olhava para Michael de uma forma assustadora.

-D-dylan?- eu gaguejei, assustada.

Dylan virou seu rosto para mim, com seu olhar de irritação.

Más ele sorriu.

-Desculpe se exagerei. Eu queria te proteger.- ele disse, em um tom inocente.

Um minuto de silêncio se passou.

Dylan não parecia o mesmo que eu via minutos atrás.

E eu não conseguia falar mais nada. Não havia o que dizer.

Dylan se aproximou de mim, e eu tentei me manter firme. Eu me recuso á ter medo dele!

Ele segura minhas mãos com as dele, me fazendo quase congelar.

-Você não está com medo de mim. Está?

Esse.. É o Dylan? É o Dylan brincalhão e incrível que estava comigo até agora?

-Eu nunca teria medo de você.- respondi, tentando fazer meu corpo acreditar nas minhas palavras.

Más eu estava com medo. A porta estava trancada, e Dylan havia acabado de pisotear um assassino na minha frente. Eu não deveria estar com medo?

-Aínda bem. Você sabe que eu não seria capaz de tocar nenhum dedo em você.

-O que está dizendo, Dylan!? Vamos chamar a polícia, antes que Michael acorde.

-Tudo bem.- ele disse, soltando minhas mãos.

Dylan deu um jeito de arrombar a porta na força bruta, e mais uma vez, me surpreendi com sua força.

A polícia veio, e claro, teve um belo alvoroço. Más no fim, todos ficaram aliviados que Dylan deu um jeito, e o palco ficou á salvo.

Porém, depois desse dia, minha preocupação virou outra.

-O que!? O Dylan!?- Mell disse, chocada, depois da minha confissão do que realmente aconteceu na noite anterior

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-O que!? O Dylan!?- Mell disse, chocada, depois da minha confissão do que realmente aconteceu na noite anterior.

Depois de tudo se resolver e Michael voltar para a cadeia, tive de convencer Dylan que eu voltaria para casa sã e salva. Estava muito nervosa, e por um momento, me senti culpada por ficar com medo dele.

-Sim. Nem mesmo eu sabia que ele era tão forte.

-Isso é estranho.- ela disse, levantando uma sombrancelha.- Más.. Esse jeito dele não te lembra alguém?

Natan.

Isso é totalmente fora da realidade, más eu pude ver o rosto de Natan em Dylan. O seu sorriso, o seu olhar assustador..

-Dylan sempre foi um amorzinho, e eu devia estar grata por ele ter me protegido de novo, más eu fiquei com medo ao invés disso. Talvez isso seja apenas comigo.- desabafei.

-Não, amiga. Isso tudo foi muito repentino.- ela disse, pensando.- Tem tanta coisa dando errado entre vocês.. Talvez, seja por que vocês realmente não são almas gêmeas, Rochelle. Como já conversamos.

É mesmo.

-Então.. Eu deveria.. Parar de lutar por esse amor? Se for para sofrer, eu prefiro sofrer por não ter ninguém, ao invés de sofrer junto dele por que não podemos ficar juntos.

Quando penso nisso, de que não fomos feitos um para o outro, que nossos destinos não eram para ser traçados, uma vontade avassaladora de chorar me percorre.

-Rochelle, nem mesmo eu tenho todas as respostas. Más eu diria que sim, é a coisa certa á se fazer.- ela disse, suspirando.-Dylan é um bom menino, talvez isso tudo esteja fazendo mal á ele, por isso está um pouco alterado.

Ela tem um ponto. Quem não ficaria maluco com isso tudo?

-É mesmo.- respondi.- Só preciso de um tempo para colocar a cabeça no lugar. Obrigada, Mell.- disse, e a dou um grande abraço.

𝐏𝐫í𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞 𝐕𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora