Capítulo 26-Flashback

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{Rochelle}

Eu não sou a Lauren.
Eu não sou a Lauren.
Eu não sou a Lauren.
Eu me recuso á ser a Lauren.
Eu me recuso á ser a garotinha inocente que morreu em nome do amor, depois de sofrer uma longa e miserável vida.

Assim como Natan faria, Michael me enganou, me humilhou e pisou em mim.

Como eu posso ser tão burra e ingênua? Como eu pude pensar que poderia bater de frente com esse monstro, quando tudo o que consigo fazer é chorar como um bebê?

Enquanto Michael arrumava nossas malas, fiquei entre lágrimas no meu quarto.

Enquanto deixava as lágrimas escorrendo, fiquei abraçada com o travesseiro.

Assim como faço todas as noites.

Todas as vezes em que Dylan dormia em minha casa, e eu tinha algum pesadelo, ele estava ali para me abraçar.

{Flashback on}

-Tem certeza que sua mãe não vai ficar brava?- perguntei á ele, preocupada.

-Ela fica brava por qualquer coisa.- Dylan responde revirando os olhos, e não pude deixar de sorrir.- Más depois que nos casarmos, vamos ficar longe de todo mundo que nos encomoda.

-É mesmo, eu tenho medo da sua mãe.- digo rindo.

A Sra.Margaret sempre me olhou torto, por alguma razão. Más isso rende muito humor.

-Podemos parar de falar da minha mãe?- ele diz, e acarecia meu rosto.

Eu adoro quando ele faz isso. Suas mãos macias tocando meu rosto...

-Sim senhor.- respondo, e entrelaço nossos dedos em sua mão que não está acupada.

Enquanto sinto sua mão macia acariciando meu rosto, fiquei encarando seus lindos olhos cor-de-limão. Eles eram tão lindos quanto todo o seu ser.

Nos aproximamos, colando nossos corpos. Quando estávamos próximos assim, eu sentia várias linhas de energia passando por todo o meu corpo.

Se o nosso amor é errado, por que aínda é tão intenso? Por que tenho vontade de lutar por isso?

São perguntas sem respostas, más mesmo sem saber, eu amo esse sentimento.

Aproximando nossos rostos, nossos olhos continuavam colados.

Ele se aproximou do meu ouvido, me causando arrepios.

-Eu te amo, princesa.- ele diz com sua vós sentilante e rouca, me causando arrepios.

Eu adoro quando ele diz isso, e a forma que prova essas palavras que tanto amo. Isso me traz a sensação de conforto mais gostosa que já senti.

-Eu também te amo, meu principe.- sussurro de volta para ele, e fecho meus olhos, apenas aproveitando os bons sentimentos que testar essas palavras em meus lábios me fazem ter.

No fim.. Talvez Mell estivesse certa. Quando estou nos braços dele, sinto que podemos fazer o impossível. Que podemos ir juntos contra o mundo e o universo.

Talvez nosso amor não seja errado.. Talvez...

Sinto Dylan abraçando minha cintura, e agarro seu pescoço.

Formo um sorriso em meus lábios, e abro meus olhos lentamente.

Nossos lábios se chocam, e os fecho novamente.

Eu adoro quando estamos juntos, eu me sinto uma verdadeira princesa. Uma dama.

Depois de um longo de caloroso beijo, nos separamos pela falta de ar. Deito minha cabeça em seu peito, desejando ficar assim, com ele, para sempre.

-Vamos ficar juntos para sempre?- pergunto, como uma criança pedindo doces.

-Eu prometo.

{Fim do Flashback}

-Está pronta?- escuto a vós de Michael vindo da porta, e volto para a realidade.

-Uhum.- respondo, desviando do olhar dele.

Michael se aproxima, e cubro meu rosto com o travesseiro.

Eu poderia muito bem abafar um grito ali, más já estou sendo criança o suficiente.

-No que estava pensando?

Mordo a língua. O que eu digo!?

-Ah.. Hmm..-rapidamente, uma idéia surgiu na ponta da língua.-Naquele álbum.- respondo, tirando o travesseiro do rosto.

Michael senta na cama, com olhar de derrota.

-Eu já disse para não falarmos sobre isso.- ele diz, sério e frio.

-Você acha que eu não ficaria curiosa ao ver um álbum com milhões de fotos da minha mãe? E aínda com um cara que nunca vi na vida?

-Você tem um ponto.. Más por enquanto, é melhor não saber.

Solto um gemido derrotada, e cubro meu rosto com o travesseiro de novo.

-Vamos, Rochelle. Não podemos enrolar mais.- ele diz, parecendo mais um pai.

-Vamos, Rochelle. Não podemos enrolar mais.- respondo, em tom de deboche.

Tiro o travesseiro do rosto, e consequentemente, o sigo até a garagem, o ajudando com as malas.

𝐏𝐫í𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞 𝐕𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora