capitulo 7. [2 temp.]

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Priscila esperava tudo dessa noite, menos Carol a trazendo para uma casa abandonada e a beijando lentamente, como se o tempo não fosse acabar nunca. Priscila sentia como se todos os relógios tivessem parados, e se esse fosse o caso, aquele beijo seria eterno, e ambas sentiram tanta falta disso. Priscila mantinha uma mão nos fios lisos do cabelo de Carol e Carol mantinha suas duas mãos na cintura de Caliari. Mas tudo que ela precisava era explorar cada parte do corpo da garota.

Malu e Lisa haviam ligado para Carol ontem à noite, assim que Priscila chegou em casa provavelmente bêbada, então Carol xingou as amigas. Ela realmente se sentiu um lixo por ter tratado Malu e lisa mal, quando elas estavam só tentando ajudar. Ela ligou para as amigas ainda de manhã e pediu desculpas até em alemão, Malu já havia falado do pub, e então ela deu a brilhante ideia da casa abandonada. Carol e Priscila precisavam ter uma conversa sozinhas, uma conversa de verdade, e não tinha melhor oportunidade do que essa. Carol não queria beijar a garota, mas ela estava tão bonita que ela não conseguiu se controlar.

- Eu espero que não se arrependa disso amanhã - Priscila disse sorrindo e Carol até podia manter a fama de durona, mas ela não precisa disso, não agora.

- Eu já me arrependi. Prica, nós precisamos conversar. - Então ela afastou seu corpo e acendeu uma única luz que tinha na casa, se perguntando como poderia ter energia em um lugar abandonado. A casa também tinha um sofá médio, uma tv antiga de caixa, e uma cozinha com uma geladeira vazia. Carol sentou no sofá e Priscila logo sentou ao seu lado.

- Precisamos. - ela foi breve, sem saber o que falar apenas ficou olhando Carol que ainda estava formulando palavras.

- Olha, eu estava tão bem com Amber e então você apareceu do nada e bagunçou tudo, me deixou completamente confusa...

- Confusa? - Ela interrompeu a garota. Claro que Amber teria que entrar na história.

- Eu gosto tanto dela e ela é uma pessoa incrível...

- Você me trouxe para esse lugar secreto para que? Pra me falar sobre sua namorada perfeita, sério Carol? - Priscila interrompeu de novo.

- Não Priscila, eu trouxe você aqui para você me explicar porque você voltou.

- Eu voltei porque eu acho que temos que tentar de novo, pensei que fosse óbvio Carol.

- Simplesmente isso? você sai da minha vida e volta porque quer tentar de novo?

- Não, não é assim, porque você tem que pensar só em você eim? - Carol tem essa mania, ela realmente tem, ela só se importa se ela está bem com a situação, se ela não está o resto é o resto. Mas apesar de saber desse problema, ela odeia que fiquem tocando na cara dela.

- Ótimo, mais uma para me chamar de egoísta, mas de você eu não aceito isso, porque você é acha que pode acabar comigo e aparecer na minha vida quando quer, mas não é assim que funciona Priscila. Eu sinceramente pensei que você tivesse crescido.

- Olha Carolyna, a única que esqueceu de amadurecer aqui é você. E quem você pensa que é? A pessoa mais certa do mundo? Eu era obrigada a aceitar seu pedido? A não, eu já sei qual é o problema, eu tinha que ficar vendo você me trair com vários, mas eu não podia fazer o mesmo. É bem ruim quando os papéis invertem, não é Carol?

- Não, você não era obrigada, mas você não precisava fugir de mim. E qual é? Vai ficar lembrando da época de faculdade? - Dessa vez Carol falou um pouco mais baixo. - Mas quer saber? Esquece, eu não sei porque eu tentei isso, quando com você não da para estabilizar uma conversa. - Ela disse já se levantando.

- Você faz isso tudo mas você não sabe como eu me sinto e você nem ao menos procura saber. Você não procurou saber quando eu vi você se agarrando com outro na festa da faculdade, não procurou saber quando você beijou o mesmo na pizarria e não procurou saber quando fez mil vezes a mesma coisa, enquanto eu chorava no dormitório, você transava com outros, então você pode pelo menos uma vez parar de pensar só em você e tentar entender como eu realmente me sinto? - E dessa vez Carol parou, olhou Priscila nos olhos e viu todos os momentos que ela foi filha da puta com a garota, mas a mesma sempre continuava com um sorriso no rosto dizendo que tudo estava bem, claro que não estava nada bem. Na época de faculdade, Carol ficava com muitas garotas e muitas vezes garotos também, mas ela não se importava muito, pois ela e Priscila não tinham nada sério. Ela pensou que Priscila não dava a minima, até ela ver a garota com Adam no dia da pizzaria, ali Carol teve certeza de que Priscila realmente se importava. Entretanto, Priscila não quis nada sério com Carol, optando por um relacionamento aberto, como Carol pôde ser tão estúpida? Ela escolheu isso para não ter que ver Carol com outras e ficar se sentindo mal, mas Carol nunca mais traiu Priscila.

Amiga da minha exOnde histórias criam vida. Descubra agora