Capítulo 42

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Incapaz de raciocinar ao ver aquele homem odioso na minha frente, atirei a adaga que ficava contra a minha coxa em seu rosto cruel que estampava um sorriso que me irritava

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Incapaz de raciocinar ao ver aquele homem odioso na minha frente, atirei a adaga que ficava contra a minha coxa em seu rosto cruel que estampava um sorriso que me irritava. Ele esquivou da adaga, o que já era esperado dele.

— Eu provavelmente merecia isso — disse ele passando as mãos em seus cabelos tão escuros que tinham um reflexo azulado sob a luz do sol. 

— Só estou começando — respondi em Wallachiano antigo.

Com os olhos negros como o céu noturno de inverno sem estrelas ele diminuiu a distância que nos separava enquanto fazia um som de desaprovação com a boca.

— Não posso dizer que não esperava esse tipo de recepção.

Ele riu com escárnio.

— Acho que você não vai rir quando eu decepar sua cabeça. — Apertei o punho da minha espada até os nós dos meus dedos doerem. 

— Tenho que concordar.

Um segundo que pisquei ele estava na minha frente. Ele se movia muito rápido e de uma maneira que eu nunca vi nenhum imortal se mover. O cheiro amadeirado de Aleksander queimou minhas narinas e meu estômago embrulhou. 

Ele estava muito próximo.

Aproveitei a proximidade e dei um chute na perna dele. Quando ele caiu ajoelhado na grama, ele soltou um grunhido e depois riu como se estivesse se divertindo. O desgraçado estava me provocando. Mas eu me recusava a deixar ele controlar os meus sentimentos... mais do que ele já controlava. 

— Essa posição é perfeita para você, regicida. 

— É perfeita para muitas coisas, princesa. — Chamas pareciam dançar em seus olhos escuros. — Eu não vou pegar leve com você, Elizabeth.

— E nem eu com você, Aleksander — vociferei desembainhando a minha espada.

Em uma fração de segundos ele se levantou. Seu olhar intenso estava fixo em mim quando ele desembainhou sua espada. Avancei para cima dele. Ele segurou o meu golpe com a espada. Rapidamente viramos um turbilhão de aço tilintando e sombras na entrada do bosque.

— A loba afiou as garras — disse ele quando se afastou para tomar um fôlego.

O príncipe da Wallachia tinha um sorriso presunçoso no rosto. Ele parecia impressionado com minhas habilidades de combate adquiridas lutando durante anos nas guerras humanas. Segundos se passaram quando Aleksander avançou para cima de mim. 

Espada contra espada.

Aço contra aço.

Imortal contra imortal. 

Quando eu comecei a ficar cansada defendendo de seus ataques fortes e precisos, e ágeis, ele começou a explorar minhas aberturas. Eu sabia que não venceria aquela batalha se ela se estendesse e ele também parecia estar ciente disso. Respirei fundo e parti com agressividade para cima dele para acabar logo com a disputa. Foquei em atingir o ponto fraco da armadura. Usei tudo o que aprendi com Dietrich até que eu não soubesse nada além de girar e golpear com a espada.

Enfiei a espada na lateral de seu corpo e acertei no ponto onde as placas da armadura se encontravam. A armadura amorteceu a maior parte do golpe, mas ainda assim Aleksander urrou quando minha lâmina encontrou a lateral de seu abdômen. Ele rugiu tão alto que os pássaros saíram das copas das árvores. E quando o príncipe da Wallachia foi tomado pela dor... ele se descuidou e baixou as barreiras mentais.

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora