Capítulo 64

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Passei as mãos em seu pescoço e o puxei para perto de mim até nossas testas se encontrarem

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Passei as mãos em seu pescoço e o puxei para perto de mim até nossas testas se encontrarem.

— Pare... por favor. Só pare! Pare de falar! — Eu sentia meu coração se despedaçar. Era tão doloroso encarar as sombras que se espreitavam na minha alma.

— Quero que você veja o meu lado mais sombrio. Quero que você veja o quão egoísta eu posso ser. O quão monstruoso e odioso eu posso ser. — Os lábios dele retorceram em um sorriso viperino, hostil. — E quero que mesmo você vendo o meu pior... quero que me escolha, Elizabeth.

— Chega! — Vociferei. Eu não aguentava mais ver o quão horrível eu e Aleksander podíamos ser.

Pressionei meus lábios no dele. E ele se calou. Fechei os olhos e permiti me acalmar sentindo o cheiro de cedro e sal e estrelas de Aleksander. O cheiro dele fazia o meu sangue vibrar... pulsar. Senti um calor no meio das coxas. No meu baixo-ventre.

— Eu sinto o cheiro da sua excitação — sussurrou ele contra a minha boca.

Ele sentir o cheiro da minha excitação não me deixava envergonhada. Na verdade, me fazia arder em chamas.

Aleksander ergueu a mão e afastou uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Eu quero beijar você — ronronou ele.

Essa era uma das coisas que amava tanto nele, a facilidade com que ele confiava o poder da escolha nas minhas mãos. Se eu quisesse eu poderia detê-lo naquele instante. Mas eu não faria isso.

Eu queria ele tanto quanto ele me queria.

— Então me beije — assenti, passando as mãos em seu pescoço.

E então ele me tomou em seus braços. Sua língua no início explorou minha boca com cautela, depois foi ficando cada vez mais intensa. O beijo dele tinha gosto de luxúria e noite. O meu coração se transformou em um tambor, que foi batendo cada vez mais alto e rápido à medida que Aleksander pressionava o corpo contra o meu. Eu conseguia sentir o calor emanando de suas camadas de roupas. Ele era quente demais, ávido demais, selvagem demais. Beijá-lo era como despertar. Como se eu tivesse passado as últimas décadas dormindo até provar o gosto dele e me lembrar de como era a sensação de estar realmente viva.

Fiquei impressionada com a perfeição dele quando tirei a sua túnica. Observei o seu corpo forte, tonificado, esguio em proporções perfeitas. Meus dedos desceram pelas costelas dele. Eu me sentia em brasa e fora de controle percorrendo seus músculos retesados. Quando suas mãos calejadas levantaram o meu vestido e começaram a acariciar minhas coxas, eu congelei.

Ele percebeu e parou na mesma hora de me tocar. Ele se afastou como se eu fosse feita de fogo e o tivesse queimado. Com a voz ofegante, ele perguntou:

— Seu passado com Mikhail está te atrapalhando?

Assenti com a cabeça que sim.

— Eu imaginei que sim.

Eu esperava que ele fosse me repreender, mas ele apenas deu um beijo no topo da minha cabeça e se afastou.

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora