Capítulo 25

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Quando os raios solares invadiram o quarto, machucando meus olhos, me xinguei por não ter fechado as cortinas

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Quando os raios solares invadiram o quarto, machucando meus olhos, me xinguei por não ter fechado as cortinas. Inclinei a cabeça para o lado e vi Mikhail dormindo, sereno. Acariciei o seu contorno perfeito do maxilar de maneira preguiçosa quando seus espessos cílios dourados se ergueram. Ele me fitou com seus belos olhos azuis, quando seu rosto franziu como se algo estivesse errado.

— Onde está Lenore? — perguntou ele apreensivo.

— O quê? No mesmo lugar de antes... dormindo — falei sonolenta enquanto virava na direção da cama.

Mikhail levantou.

— Pelos deuses — xinguei baixinho quando vi a cama vazia.

O caos se instalou na minha cabeça quando levantei de supetão. Onde ela poderia estar? Por que não esperou eu acordar? Será que ela foi atrás do Duque Grayson? 

— Calma. Vamos encontrá-la — assegurou Mikhail conforme observava eu vestir rapidamente uma capa escura com capuz que tirei da bolsa de couro.

Terminamos de nos arrumar e nos dirigimos ao balcão da estalagem. A moça de rosto alegre e rechonchudo que estava trabalhando na recepção nos contou que Lenore morava no início da cidade perto da floresta. Agradecemos a moça e nos dirigimos ao estábulo. Montamos no Pegasus e fomos para a casa de Lenore. 

Quando avistamos uma casa feita de pedras cinzentas cobertas de musgos e um telhado de palha em péssima condição, compatível com a descrição da moça da estalagem, desmontamos do cavalo.  

— Vou encontrar algum lugar para amarrar Pegasus — disse Mikhail puxando o cavalo de pelos negros como a noite pela rua lamacenta. 

Assenti e caminhei em direção a casa. Quando parei em frente a porta de madeira, forcei o ar em meus pulmões e bati com cuidado na porta que parecia que iria se desfazer sob as minhas mãos. Uma mulher magra de cabelos grisalhos entreabriu a porta.

— Quem é? — perguntou ela de maneira ríspida olhando pela fresta.

Ela tinha os mesmos olhos verdes ferozes de Lenore. 

— Vim pagar o que devo a Lenore — respondi mostrando um colar de rubis em minha mão.

A mulher arregalou os olhos e soltou a porta que abriu um pouco. Com capuz a minha beleza imortal estava escondida, mas a quietude sobrenatural... pude ver seu rosto empalidecer e seu coração bater acelerado quando ela notou meu rosto. 

— Lenore não está aqui. Ela morreu — disse a mulher com a voz rouca enquanto fechava bruscamente a porta em minha cara.

Antes que ela batesse a porta, segurei-a com meu pé que coloquei na soleira.

— Eu insisto — falei com a voz firme e empurrei a porta contra ela usando o mínimo possível de força.

Eu era muito forte e a mulher magra demais. Ela desabou no chão de pedra. 

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora