Capítulo 43

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Meu sangue virou ácido nas minhas veias

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Meu sangue virou ácido nas minhas veias. Meu estômago se revirou. Engoli a bile que subia a minha garganta. 

Pensei em Nadia, Ionuţ e Cristian e nos outros moradores do reino - se é que eles estavam vivos. Nos encaramos enquanto parecia que uma eternidade tinha passado entre nós. Um vento frio soprou que me trouxe de volta para a amarga realidade que estava diante de mim.

— Você é um maldito! — vociferei.

— Obrigado. É mais uma qualidade da minha longa lista de qualidades.

— Não foi um elogio.

— Isso depende do ponto de vista. Você acha que é uma nobre heroína, mas não passa de uma assassina assim como eu. Qual a diferença entre um herói e um assassino?

Encarei ele com um olhar confuso.

— A diferença está em quem está contando a história.

Ele apertou meu pulso até que eu soltasse a faca e ele a pegasse, depois soltou minhas mãos e se afastou.

— Por que você precisa de mim?

— Eu conheço o meu prim... — ele fez uma pausa. — Eu conheço Mikhail. Sei que ele não vai deixar eu passar nem pelo batente da porta do Castelo de Alnwick antes de me atacar.

— Está com medo de Mika?

— Não quero colocar a vida dos meus subordinados que vieram de tão longe em risco.

— Que benevolente você é. — Revirei meus olhos.

— Eu posso ser... às vezes. Você não me conhece, princesa — disse ele com um tom sério.

— Eu o conheço o suficiente para saber que é um desgraçado mentiroso.

Aleksander recuou como se eu tivesse esfaqueado o seu coração.

Se é que ele tem um. Eu podia jurar pelos deuses que um bloco de gelo estava no lugar do coração do príncipe da Wallachia.

Ele se calou por um momento e depois perguntou:

— Vai me ajudar?

— Quero ouvir a proposta.

— E dar a chance de você me recusar? Só vou falar a proposta quando você e Mikhail estiverem juntos.

— Não conte com minha ajuda.

— Confie em mim, princesa.

— Impossível.

— Então confie que vou massacrar os residentes do reino.

— Você não pode estar falando sério...

— Estou. — Ele limpou o sangue da faca no couro de sua armadura.

As palavras de Aleksander eram ríspidas e sem vida. Eu não poderia duvidar de um homem que assassinou a própria família... minha familia e roubou o trono para si. Por mais que eu não confiasse nele, essa única coisa eu poderia confiar: ele faria o que fosse preciso para ter o que desejava, nem que ele machucasse todos em volta. Mas eu também faria.

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora