Capítulo 60

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A sala do conselho tinha uma decoração simples se comparada com os outros cômodos do castelo

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A sala do conselho tinha uma decoração simples se comparada com os outros cômodos do castelo. Candelabros com velas grossas e janelas grandes iluminavam o ambiente. Uma enorme mesa de mogno estava no meio da sala. Sentados em frente à mesa estavam Dietrich e duas mulheres que eu não conhecia. Aleksander entrou na sala rapidamente e se sentou. Ionuţ se sentou logo em seguida.

— Me desculpe, príncipe. Meu filho, Cristian, por motivos de saúde não comparecerá à reunião — disse Ionuţ. — Mas irei passar para ele tudo o que discutirmos.

Aleksander assentiu.

Eu não me sentei. Contornei a mesa até estar a poucos centímetros de Dietrich. Em um piscar de olhos, agarrei a túnica dele e ergui ele da poltrona, desembainhei a faca contra a minha coxa e cravei a lâmina em seu ombro.

Ele urrou.

Eu sorri.

— Por que? — Os olhos de Dietrich arregalaram mais que a lua que lançava sua luz prateada na sala do conselho.

Senti o cabo da faca em minha mão, o metal liso e leve. A arma era como uma extensão do meu corpo. Não me assustava, mas me confortava. E ver quem me traiu, me enganou, me usou sentindo dor... me confortava mais ainda.

— Porque eu deveria ter feito isso há muito tempo. Se você mentir de novo para mim... me enganar... me usar como isca. Essa faca não vai perfurar o seu coração. Pois, sua morte seria uma libertação. Seria fácil demais. — Girei a faca até sentir ossos quebrarem e tecidos romperem. Dietrich arfou. O peito subia e descia violentamente. Ele apertou os lábios em uma linha fina. Vi labaredas dançarem em seus olhos amarelos. Não me deixei intimidar quando eu disse: — Próxima vez, irei fazer você rezar para ter morrido nas mãos de Grayson. Não me traia... nunca mais! Não permita que tenha uma próxima vez, Dietrich. Porque a próxima vez será a última!

— Tudo bem... você está certa. Eu admito que errei — disse ele com a voz trêmula. — Nunca mais irei mentir para você.  

— Nunca mais?

Ele engoliu em seco e assentiu. 

Puxei a faca de supetão do ombro dele. Sangue gorgolejou da ferida. Limpei a lâmina prateada como mercúrio na túnica dele e a embainhei contra a minha coxa. Calmamente, me sentei ao lado de Aleksander como sua igual. Todos me encaravam espantados, surpresos, desconfiados.

Dietrich se acomodou na poltrona com dificuldade.

Eu dei de ombros.

Que servisse como aviso de que eu não iria tolerar mentiras... traições. Eu estava cansada de ser traída. Enganada. De me sentir burra. Idiota.

— Elizabeth, quero que conheça as minhas primas. Elas são como minhas irmãs — disse Aleksander apontando para duas imortais que observavam cada movimento que eu fazia. — Arina e Irina são comandantes do exército Wallachiano.

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora