Capítulo 61

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Ionuţ baixou o olhar e encolheu os ombros

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Ionuţ baixou o olhar e encolheu os ombros.

— Não, meu príncipe — murmurou Ionuţ.

— Muito bem... então estão todos liberados — proferiu o príncipe Wallachiano.

Quando os conselheiros se levantaram e deixaram a sala, Aleksander disse:

— Eu sei que tudo está acontecendo rápido demais. Mas a cada minuto que passa Mikhail está mais perto do castelo de Crișana. Não posso deixá-la sem proteção. Com meu nome e o exército Wallachiano que virá com ele, os rebeldes não poderão tocá-la. Nem Mikhail poderá tocá-la.

— Você fala como se não estivesse aqui. Como se não estivesse vivo. — Meu coração se afundava em um poço de desespero. — Podemos encontrar uma solução.

— A única solução seria você morrer. E eu não suportaria viver em um mundo sem você.

— Não sabia que se importava tanto comigo. — Eu pisquei. Encolhi meus ombros. — Eu achei que o voto de sangue era para me proteger... para, principalmente, eu cuidar da sua Wallachia. 

— Elizabeth... — Ele suspirou.

Aleksander ficou tanto tempo em silêncio que senti vontade de morder a minha língua.

— Eu me importo com você, mais do que já me importei com qualquer um. — Ele tocou o meu rosto. E foi como se raios dançassem na minha pele. Era assustador o poder que um simples toque dele tinha em mim. — A dor de um amor não correspondido me consumiu durante anos. Eu procurei, mas não encontrei conforto em nenhuma cama. Em nenhum sangue. Em nenhum lugar. Porque quem eu sempre procurei foi você. 

Estremeci com o toque e as palavras dele. 

Eu nunca tinha sentido nada igual.

— Você é meu par. É minha companheira predestinada. O meu destino. Quando eu a vi depois de catorze malditos anos eu queria me certificar que meu coração não reagiria ao ver você. Eu precisava continuar fingindo ser um traidor. Mas eu não consegui. Eu estava enganado. Eu não estava livre. O meu coração não era meu... era seu. — Ele sorriu. E era como se estrelas iluminassem seu rosto. — Eu nunca assumi a coroa dos reinos unidos da Wallachia, Moldavia e Transylvania, porque eu não tinha uma rainha. Mas agora eu tenho você. E eu quero você. Deuses... eu quero tanto, tanto, tanto você. Eu nunca quis nada nessa vida tanto quanto você. E eu quero você aqui, ao meu lado pelo tempo que nos foi permitido, como minha rainha.

Encarei as presas afiadas dele e fiquei sem fôlego. As palavras fugiram dos meus pensamentos e dos meus lábios. Senti-me desesperada para dizer alguma coisa, mas não falei nada. Eu também queria dizer que eu desejava ele. Que eu queria ele. Que eu amava ele. Que meu coração estava prestes a explodir no peito. Ele se aproximou e quando a ponta de suas presas roçou na parte inferior do meu maxilar e todos os músculos do meu corpo pareceram se contrair, ele disse:

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora