Capítulo 53

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— O que você quer dizer com isso? Eu aprendi esses golpes com Dietr

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— O que você quer dizer com isso? Eu aprendi esses golpes com Dietr... — Parei de falar por um momento quando percebi o que tinha acontecido. — Aquele maldito traidor... depois de terminar com você irei acabar com ele.

Avancei de novo para cima dele. O bosque foi tomado pelos sons das nossas espadas tilintando sob a luz prateada do luar. Movemos como sombras na escuridão. Foi quando Aleksander atravessou usando as sombras e apareceu atrás de mim. Surpresa, me desequilibrei e caí no chão com um estampido. Ele aproveitou a oportunidade e chutou minha espada para longe e rapidamente colocou sua lâmina em minha garganta me bloqueando de qualquer reação. Engoli em seco com a sensação do aço frio contra a minha pele.

— Acabou, princesa — disse ele com a voz tão gélida quanto o vento noturno do início da primavera.

— Só vai acabar quando um de nós morrer — cuspi as palavras entre os dentes.

— Você não me dá escolha, Elizabeth. — Aleksander empunhou a espada em riste.

Fechei os olhos esperando o impacto da lâmina. Uma eternidade parecia ter passado quando minhas pálpebras se ergueram. Para a minha surpresa ele tinha embainhando a espada. Ele agachou até nossos olhos ficarem na mesma altura.

— Não quer mais me machucar, lobinha? — provocou o Príncipe Wallachiano. Então esticou o dedo e passou bem de leve na minha armadura... na minha clavícula, fazendo a tatuagem pegar fogo. — Você pode pegar a espada a qualquer momento. Não vou impedi-la.

Quando eu fiz menção de pegar a espada, Dietrich apareceu. Mas ele não estava sozinho. Cerca de dez guardas, mortais e imortais, o flanqueavam.

— Levem ela para o calabouço — ordenou Aleksander.

— Olá, Eliz — disse Dietrich, timidamente fazendo um aceno.

Lancei um olhar de reprovação.

— É para sua segurança, princesa. Queria te dar um quarto no castelo, mas vejo que vai tentar fugir e me esfaquear na primeira oportunidade. Você é um perigo para você mesma e meus subordinados — disse Aleksander.

— Covarde — vociferei.

— Se você prometer não tentar fugir e não atirar adagas no meu peito e dos meus guardas, então eu te dou um quarto... Promete?

— Eu prometo, príncipe.

— Tem certeza?

Assenti, nada convincente.

Ele deu uma risada tão estranha quanto a sombra do sorriso que em seguida se formou em seu rosto.

— Vejo que certos aspectos seus não mudaram mesmo depois de quatorze anos — disse ele, me analisando. — Continua mentindo horrivelmente mal.

Por fim, verbalizei minhas verdadeiras intenções quando disse:

— Não vou perder nenhuma oportunidade de enterrar a minha lâmina em seu coração... se é que você tem um.

Trono de Sangue e RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora