Capitulo 13

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- Onde você quer ir?

- Sei lá. Eu só não quero passar perto de casa. - Ela respondeu.

- Tudo bem.

Começamos a caminhar, e ela mal olhava para frente, só para baixo, para a rua. Não parecia nenhum pouco bem.

- Lucas. - Ela parou seu caminho.

- Que foi? - Questionei olhando para ela e parei de caminhar também.

- A gente tem que ir embora.

- Por quê?

- Porque além do Arthur estar no restaurante, ele também veio pra cá. - Ela apontou rapido para um carro, de onde ele saiu também junto com a garota.

- Espera. É... - Tentei pensar em algo, mas ela me puxou para dentro de uma balada que estava bem perto de onde estavamos.

Ela soltou o meu braço e começou a correr até algum lugar ali. Eu perdi ela de vista. Tinham tantas pessoas pulando e dançando, musica alta e em poucos segundos ela já não estava mais ao meu lado. Eu comecei a procura-la. A multidão de pessoas dificultava tudo. De tanto olhar em cada canto daquele lugar eu avistei ela de longe. Ela estava sentada no chão com as mãos na cabeça. Não tinha muita gente naquele canto, então rapidamente fui até ela.

- Luana! Você suimiu!

- Me deixa Lucas. - Ela disse e eu percebi uma garrafa de cerveja ao seu lado, que parecia estar vazia.

- Vem, eu vou te levar pra casa. - Estendi minha mão para ela.

- Eu disse pra me deixar!

- Nesse estado? Não. - Me abaixei para falar melhor com ela.

- Por que você se importa comigo? - Ela me olhou.

- Porque... - Não sabia o que responder. - Eu me importaria se fosse outra pessoa também.

- Mas comigo não precisa.

- Precisa sim! Me fala, o que eu posso fazer pra te ajudar?

- Faz com que ele volte a me tratar com antes.

- Ele é um babaca.

- Não, a culpa é minha.

- Olha, eu não sei o que acontece entre vocês, mas eu sei que a culpa não é sua.

- É sim!

- Então o que você fez?

- Eu... Ah merda! Só sai daqui, Lucas!

- Vem comigo, você vai ficar pior aqui. - Pedi.

- Ele me comparava com ela, e agora está me traindo com ela provavelmente.

- Você não merece chorar por ele. - Disse olhando bem em seus olhos.

- Não sei.

- Você não merece!

- As vezes eu fico pensando e... realmente. Ela é bem melhor que eu. Mais magra, morena, mais bonita...

- Você é bonita.

- Não como ela.

- Isso é verdade. Se fosse como ela, não teria graça nenhuma. - Sentei ao seu lado. - Pra mim você é mais que ela.

- Você só diz isso por pena.

- Não digo não. Juro que é o que eu realmente penso.

Ela limpou os olhos e deu um suspiro. Ficou em silencio, mas dessa vez, com a cabeça reta, mas o olhar um pouco para baixo.

- Você não merece ele. Você é tão legal, gentil, talentosa e bonita. Ele é só um otário. Eu não sei tudo o que aconteceu entre vocês, mas tenho certeza que você não é a culpada.

- Talvez. - ela disse.

- Eu sei que não é.

- Acho que agora eu quero ir embora. - Ela levantou do chão e eu também.

Saimos da balada e eu senti que ela ainda estava mal, mas pelo menos não chorava mais.

- Luana! - Ouvimos alguém gritar. Olhamos para trás e... era ele.

- Puta merda Lucas!

- Você quer falar com ele? - Perguntei.

- Sei lá. Eu...

- Você com esse cara de novo né - Arthur chegou até nós.

- Arthur, vai embora. - Ela disse.

- Você tá me traindo?

- Não! Vai embora!

- Então o que tava fazendo com ele?

- Ela tá pedindo pra ir. - Entrei na conversa.

- Tem como parar de ir atrás da minha namorada? - Ele se aproximou de mim.

- É melhor a gente ir, Lu. - Disse ainda olhando para ele.

- Você não vai embora com ela. - Ele disse antes que eu desse um passo.

- Muito menos você.

- Eu sou namorado dela, eu posso.

- Se ela quiser. Mas já está bem claro que não.

- Você me traiu com ela né? - Lu questionou com a voz trêmula.

- Idai? Você só vive com esse cara agora!

- Quê?

- Pode ficar com ele então. Já que é isso que você quer. Mas já pode ficar sabendo que quando vier atras de mim de joelhos, já vai ser tarde. - Ele foi se afastando.

Meu Deus! Que cara idiota!
Tenho uma pequena vontade de quebrar a boca dele.
Aut: eu sou assim.

- Vem Lu. - Segurei na mão dela e voltamos a caminhar.

Entrei no carro e ela também. Seus olhos estavam molhados.

- Me desculpa. - Pedi.

- Você não fez nada de errado. - Ela disse com a voz trêmula.

...

Deixei ela na frente da casa da Manu. Ela disse que não queria que a dona Elisa visse ela naquele estado.

Ela bateu na porta, mas a Manu não atendeu. Ela bateu mais uma, duas, três e quatro vezes, mas nada da Manu.

- Acho que ela não tá ai. - a Lu disse.

- Ou ela já tá dormindo. Está tarde.

A Manuela tem um sono muito pesado, acho que ela não ia ouvir as batidas na porta agora.

- Você se importa se eu...

- Dormir na minha casa? - Questionei e ela afirmou com a cabeça. - Não tem problema. - Disse ela entrou no carro novamente.

- A sua vó não sabe dos seus... problemas? - Perguntei.

- Não. Ela ama o Arthur, nem imagina o tanto que a gente briga... ou brigava. Eu só tenho um pouco de medo da reação dela.

- Vai ficar tudo bem. - Disse e ela me olhou com um sorriso fraco.

Sunset - (T3ddy)Onde histórias criam vida. Descubra agora