Sunset - (T3ddy)

Capitulo 39

Se passaram uns 2 dias.

Eram quase 21:00 da noite. Eu estava voltando da academia.

Estava andando em direção ao meu carro, até ver a Manu andando do outro lado da rua. Ela parecia estar chorando.

Eu atravessei a rua e cheguei nela.

- Manu?

- Ah.. Oi Lucas. - Ela coçou os olhos e me olhou.

- O que aconteceu? - Questionei.

- Eu briguei com a minha mãe. - Ela disse fingindo não se importar.

- Mas tá tudo bem? - Perguntei e ela ficou em silêncio por alguns segundos.

A Manu pode brigar com o mundo inteiro, mas nunca vai ser pior que brigar com a mãe. Eu sei disso, ela já me disse isso, ela já demonstrou isso.

- Não, mas eu preciso voltar pra casa. - Ela disse e abaixou a cabeça.

- Agora, sozinha e andando?

- É. Machista. - Ela disse e eu ri fraco.

- Mas é sério. Não quer que eu te leve?

Aut: luquinhas cavalheiro 💪

- Quero. - Ela disse assentindo com a cabeça.

Nós entramos no carro e ela me contou o motivo da briga com a sua mãe. Não demorou muito até chegarmos em sua casa.

- Eu odeio quando ela faz isso, mas ela é minha mãe e eu tenho que me acostumar! Agora tenho medo de que ela fique de frescura e espere eu ir pedir desculpas - Ela disse destrancando a porta da sua casa.

- Vocês vão se resolver. Sempre se resolvem! - Eu disse e ela virou de frente para mim.

- Talvez. Valeu ex. - Ela disse e eu ri fraco.

A Manuela ama deixar bem claro como as coisas são estranhas.

- Por nada. - Disse e ela se aproximou para me abraçar. - Não chega perto.

- Ué. Por quê?

- Porque eu estava na academia. Tô suado.

- Ah, foda-se. - Ela disse e me abraçou, mas logo depois, se afastou. - Quer dizer, foda-se nada. Vai tomar um banho. - ela disse me fazendo rir. - Mas mudando de assunto, e a Lu?

- Ainda está no hospital. Não sai de lá. - Disse sentando num banquinho que tinha no pátio da casa.

- Eu tô preocupada com as duas.

- Eu também, mas acho que vai ficar tudo bem.

- A Luana não.

- Não mesmo. - Disse negando com a cabeça.

- As vezes eu me chamo de dramática, porque a Lu já passou por tanta coisa, e eu nunca vi ela chorar, mas eu que só briguei com a minha mãe, chorei até no meio da rua. - Ela disse rindo.

- Cada um com suas dores ué.

- É. Tá bom. - Ela disse ainda em meio a risos e entrou na sua casa, mas deixou a porta aberta. Logo voltou, mas com uma garrafa de Vodka na mão.

- Vai beber do nada, Manuela? - Perguntei rindo.

- Vou. Você quer? - Ela sentou no chão, e eu saí do banquinho e sentei ao seu lado.

- Quero. - Disse e ela me entregou a garrafa.

- Você já viu esse vídeo? - Ela me mostrou um vídeo em que eu fazia chifres em sua cabeça, a Lu gravava prendendo o riso e a dona Elisa brigava conosco.

- Eu lembro disso! - Disse rindo e dei tomei um gole da bebida.

- Eu também. - ela disse sem vontade. - Mas essa bagunça eram quase todos os dias. Já sinto falta.

- A gente faz outro quando a dona Elisa se recuperar. - Lhe entreguei a garrafa.

- Para de falar "dona" Lucas!

- Ué. Quer que eu fale como então?

- Vó. Eu chamo assim, porque a vó que escolheu. Ou a dona Elisa como você diz.

- Você se incomoda até como eu chamo os outros. - Reclamei.

- Óbvio. Não pode perder o costume. - Ela bebeu da vodka.

- Você é a garota mais chata que eu já conheci. - Disse rindo.

- E você é o mais idiota.

- E é assim que se fortalece uma amizade. Se xingando.

- A vó no hospital e a gente rindo aqui. - Ela disse.

- Mas a gente tá falando dela, né?

- É, mas agora sem falar dela; Senti falta de estar com você só por estar com você, Lucas. - Ela me olhou sorrindo.

- Eu também, Manu. - Disse olhando em seus olhos.

Ela estendeu sua mão, e eu bati, relembrando um toque de mãos que fizemos há um ano atrás. Lembro que passamos duas horas treinando isso.

A Manu é alguém ainda importante pra mim. Querendo ou não ela passou um bom tempo da minha vida comigo. É legal ainda ser seu amigo. Sei que sentiria falta se não fosse, por isso eu agradeço por ela ser alguém tão legal ao ponto de me ajudar a namorar com a amiga dela, e não se incomodar ao saber que eu gosto da amiga dela.

A amiga da minha ex.

Não sei onde eu me meti foi bom, ou foi louco.

Ou foi os dois ao mesmo tempo.

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