Capítulo 02

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Terminei de gravar e logo em seguida, ouvi a campainha tocar.

- Oi amor! - A Manu me abraçou, o que me deixou melhor ainda.

- Oi, tudo bem? - Perguntei com um sorriso e olhei em seus olhos.

- Sim! Agora eu já posso me mudar! - Ela disse animada.

A Manu mora com a mãe, e agora vai se mudar. Ela está feliz com isso e vê-la feliz também me deixa assim. Mesmo que eu não sinta mais o mesmo, o carinho que tenho por ela nunca vai mudar.

- E quando vai ser a mudança? - Perguntei e sentamos no sofá.

- Isso ai eu ainda não vi, mas está bem perto.

- A sua mãe está como com tudo isso?

- Ela está bem. A Carol mora do lado dela então está tudo ótimo. - Ela disse e fez cara de nojo.

Carol é a prima da Manu, mas elas são como irmãs. A Manu sempre reclamou que a sua mãe prefere a Carol a ela.

- Ah, hoje á noite eu vou num bar onde uma amiga minha trabalha. Você vai comigo?

- Vou. Acho que pode ser. - Respondi.

- Ótimo. - Ela disse e começou a fazer carinho no Johny que estava deitado no sofá ao seu lado.

(...)

A Manu já tinha bebido, dançado, cantado, ela realmente parece que não cansa.

- Acho que a gente já pode ir. - Sugeri.

- Já? - Ela questionou.

- Já era pra ter ido no caso né. Vai dar quatro e meia da manhã. - Disse olhando a hora no celular.

- Ah, tudo bem. - Ela disse e levantou da cadeira.

Nos despedimos de sua amiga que tinha nos convidado e saimos do bar.

Antes de entrarmos no carro, vimos uma moça sentada na calçada, ela estava encolida ali, com sua cabeça baixa. Ela não parecia muito bem.

- Vixe Maria, mais uma bêbada. - A Manu disse a camimhou até ela.

- O que cê vai fazer? - Perguntei e puxei o seu braço.

- Ver a menina ué. Vai que ela precisa de ajuda. - Ela disse e eu caminhei até a garota junto com ela.

- Está tudo bem? - A Manu se abaixou e perguntou a moça.

- Ah, tá, tá tudo bem sim. Eu só estou... pensando um pouco. - A moça respondeu e levantou a cabeça. Ela tinha o cabelo liso e curto, um pouquinho acima do ombro, era loiro. Tinha a pele branca e os olhos claros. Estava escuro então seu rosto não era tão valorizado.

- Não quer uma carona pra casa? - A Manu perguntou e eu lhe olhei surpreso.

- Ah, não...não precisa. - Ela levantou do chão.

- Claro que precisa menina! Você parece estar sozinha por aqui, está nesse estado. Tá amanhecendo já. - A Manu dizia e eu apenas observava situação.

- Tá bem, obrigada.

- E pode ficar tranquila que ninguém vai te sequestrar, a gente é muito de boa. - A Manu disse e eu ri baixinho.

Nós entramos no carro. A menina parecia bem cansada ou triste. Não sei dizer.

- Qual é o seu nome? Não quero ficar te chamando de menina o tempo inteiro. - Manu.

- Me chamo Luana. Você é...?

- Manuela, prazer. Esse é o meu namorado, Lucas que não sei por que ainda não disse uma palavra. - Ela disse enquanto eu dirigia.

- Porque cê não para de falar né. - Eu disse e a Luana riu.

Ela explicou o caminho até a sua casa, quer dizer, a casa do namorado.

- Tchau tchau Lu! - Manu disse assim que ela desceu do carro.

- Tchau, e muito obrigada mesmo pela carona. - Ela fechou a porta do carro.

- Não precisa agradecer. - Eu disse.

A garota caminhou até a porta da casa, bateu na porta e alguém abriu, então rla entrou na casa.

- Se despediu dela sorrindo por quê? - Manu me olhava do retrovisor do carro.

- Só fui legal como você ué.

- Acho bom. - Ela disse e eu suspirei.

Hoje foi melhor. Sem brigas ou um clima desagradável. Espero que continue assim.

Sunset - (T3ddy)Onde histórias criam vida. Descubra agora